Capítulo 15

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Olívia 

Após eu ter que pedir comida para nós jantarmos, pois sou um desastre cozinhando, contei tudo a Eloíse sobre minha relação com Agnelo, nossa última noite e o doutor querer me empregar, ela com certeza me apoiou e disse não ser errado eu aceitar o emprego se eu terei de passar por um entrevista. Disse também que apoiará qualquer decisão minha sobre Agnelo, já que ela também o considera um idiota por tudo que falei dele para ela.

Estou lavando as vasilhas quando ouço um barulho estranho do lado de fora, olho pela janela da cozinha e vejo um carro velho e todo sujo, com dois homens saindo dele, Julian e Agnelo. Enquanto um mexe em alguma coisa no pneu, o outro pega uma caixa preta no porta malas, logo deduzo que Agnelo não vai entrar, só veio trazer Julian. Ufa!

Seco minhas mãos e vou até o andar de cima, onde encontro Eloíse amamentando a bebê.

"Você está bem?" Pergunto a ela e vejo ela guardar o seio.

"Estou sim, só com saudades de Julian." Ela fala e eu estendo os braços para pegar Julie em seu colo.

"Vocês não conseguem ficar um minuto se quer longe um do outro não é?" Brinco e sorrio.

"Nem um segundo!" Ela exclama e sorri.

"Meu amor! Oi, me desculpa... A porra do carro de Agnelo deu problema no meio da ponte, se eu soubesse teria indo com o meu." Julian entra eufórico dentro do quarto e vai até Eloíse. "Ah, desculpe Olívia, olá." E eu apenas sorrio e brinco com a bebê.

"Tudo bem amor, depois conversamos sobre isso. Pedimos comida, está dentro do forno." Ela fala.

"Que saudade eu fiquei de você filha." Julian exclama e me pede com os olhos a filha e eu o entrego.

"Bom, agora que você já chegou para ficar com ela, eu tenho que ir. Amanhã é um dia cheio para mim..." Falo e me despeço.

"Muito obrigado por ter ficado com ela por algumas horas." Julian agradece.

"Não precisa agradecer. É um prazer." Falo e sorrio.

"Obrigada, Liv." Eloíse fala e retribui um sorriso.

"Até mais!" Aceno e desço com pressa, não vejo a hora de cair na minha cama nova e dormir até a noite do dia seguinte.

Do lado de fora, entro no carro e dou partida. Mas antes de chegar no próximo quarteirão, vejo pelo retrovisor um carro com farol alto atrás de mim buzinando sem parar.

"Droga! O que será?" Murmuro impaciente e encosto o carro e desço.

"Eu sabia que era você!" Merda, o que Agnelo está fazendo aqui?

"Agnelo?" Pergunto estranhando o carro, mas logo ele abaixa o farol e eu reconheço a lata velha que levou Julian agora pouco.

"Preciso falar com você." Ele fala e desce do carro cambaleando.

"Primeiramente, você está bêbado? Como Julian deixou você dirigir assim?" Pergunto franzindo o cenho.

"Eu vim embora sem ele saber, ele queria que eu ficasse lá essa noite, mas eu não podia perder a oportunidade de te seguir, preciso conseguir seu telefone." Ele vem até mim mas eu afasto-me.

"Para que você quer meu telefone?"

"Não precisamos ser inimigos, podemos conversar as vezes..." Ele balbucia.

"Odeio quando você bebe, você fala muita merda." Confesso.

"Dizer que quero você, é dizer merda? Porra Olívia? Você é uma feiticeira não é? Pode confessar, não é possível alguém ficar viciado em outro alguém como eu em você." Engulo em seco.

AGNELO (Bônus De Julian - Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora