Capítulo 13

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Agnelo

Abro meus olhos vagarosamente e sinto um vento frio entrar pelas janelas do quarto, olho para o lado rapidamente procurando o corpo quente no qual dormi abraçado mas não o encontro, levanto-me depressa e a procuro no banheiro quando não a encontro me direciono ao andar de baixo. Nada dela, Olívia foi embora, ela se foi, porra essa foi a nossa última noite e ela já se fora. Não há nenhum vestígio dela, roupas, nada!

Sinto um aperto estranho no peito, algo que nunca senti antes, parece que vou ter um infarto a qualquer momento, merda, está doendo muito dentro do meu peito. Preciso procurar um médico urgentemente.

De repente encontro-me sentado no sofá desolado e sem rumo, como se eu não soubesse mais o que fazer da minha vida. Ela foi embora, porra, ela nem se quer me esperou abrir os olhos para fugir de mim! Olho para baixo e ainda estou nu, lembro-me dos últimos segundos juntos, foi com meu pau enterrado dentro de sua boceta perfeita e ela gozando pela quinta vez. Depois disso eu abriguei-a junto a mim e agora acordo com essa.

Procuro um relógio e vejo as horas, são exatamente cinco da manhã, meu horário de partir para mais um dia de trabalho. Eu deveria me sentir bem, deveria me sentir melhor, fora eu quem quis passar a última noite com ela, ela me causa medo, medo de me apaixonar, sei que seria facilmente atraído por seus encantos, ela é demais, única e eu nunca estive com uma mulher assim. Porém, me sinto estranho, triste, abalado e maluco.

Inferno!

Mas como eu sempre disse, eu não posso trair a mim mesmo, eu fiz essa escolha e ninguém irá desfazê-la, não posso trair a mim mesmo. Jamais! Quando subo as escadas novamente, entro no meu quarto e encontro uma calcinha preta rasgada ao lado da cama, é a dela, a qual eu rasguei com toda minha força. Ela esqueceu-se, ou deixou de propósito. Pego-a e cheiro, rapidamente sinto meu membro dar sinal de vida e eu acho bom ele ficar sossegado por alguns dias, não sei se terei coragem de transar com outra pessoa tão cedo.

É bem capaz de eu ir com esperança em encontrar uma gostosa como Olívia e me decepcionar. Ainda tenho o gosto dela em mim, na minha boca e em meu corpo há marcas de suas unhas.

Ela realmente me marcou.

Olívia

Observei Agnelo dormir profundamente e percebi que era a melhor hora. Não seria necessário uma despedida romântica com beijos e abraços, era aquilo que queríamos, transar pela última vez, e que transa! Quando sai de seu apartamento com meu sobretudo, entrei no carro de João, que agora é quase meu pois eu uso mais do que ele, e respirei, finalmente me permiti desabar.

E eu chorei, eu chorei porque tenho sentimentos, chorei porque me apaixonei, chorei pela saudade que ficaria, chorei pela dor que em meu peito cresceu. Ninguém, nunca, de todos os garotos que eu já gostei, até mesmo Matheus a quem eu cheguei a pensar que amava, despertou em mim o que Agnelo despertou, ninguém nunca me tocou como ele, fez minha pele arder com apenas um beijo. Mas se foi, acabou e agora eu vou seguir a minha vida.

Cheguei em casa de manhã cedo e encontrei meus pais juntamente com João na sala de casa discutindo. Quando todos me viram, olharam-me com surpresa. Merda, era tão cedo e eu precisava dormir o dia todo. Só esperava que não sobrasse para mim, e acabou sobrando.

Agora estou sentada no sofá da sala ouvindo sermões de pessoas que não tem um pingo de moral para me dar.

"O que você está fazendo da sua vida, garota?" Minha mãe exclama andando de um lado para o outro.

"Por favor, diz que você estava com o Doutor Salvatore!" Meu pai exige.

"Já chega! Ela sabe muito bem o que faz da vida dela, já é maior de idade e assim como eu logo logo irá sair dessa casa!" João grita com eles que olham atônitos.

AGNELO (Bônus De Julian - Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora