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Eles voltaram para casa, Baekhyun ainda estava muito assustado e Chanyeol tentava acalma-lo.

Após chegarem, Baekhyun foi se deitar, ele não estava se sentindo muito bem.

- Amor? Podemos conversar?- Chanyeol apareceu na porta com um prato de waffles e suco.

- Claro, o que foi?- O menor se sentou um pouco desajeitado por conta da barriga e o olha.

- É sobre o que aquele estranho disse.- Ele se aproximou e colocou o prato sobre o colo de Baekhyun, e permaneceu segurando o copo.- Você está assustado não é?

- O que você acha?- O outro olha com sarcasmo.- É claro Chanyeol, um cara que eu nunca vi na vida vem me dizer que algo ruim vai nos acontecer e eu vou super de boa.

- Sabe, você deveria ficar assim, eu estou aqui com você! Eu vou proteger vocês dois de qualquer um ou qualquer coisa que tente lhes fazer mal.- Os dois se calaram, mas Baekhyun pode se sentir seguro e então deu um pequeno selar nos lábios do mais velho.

- Eu amo você.- Eles sorriram e se beijaram novamente.

- Eu também te amo.- Chanyeol sorriu e entregou o suco ao pequeno.

[...]

Três meses depois

Era uma sexta-feira e os garotos seriam dispensados mais cedo por conta do tempo que não estava um dos melhores.

Chanyeol segurava a mão do menor e caminhava pelos corredores da escola. Eles estavam sorridentes e a cada um minuto eram parados por alguém que queria alisar a barriga do pequeno. Estava tudo correndo bem, eles até tinham esquecido o que aquele estranho tinha dito a alguns meses.

- Hyung, vamos ao cinema amanhã?- Baekhyun perguntou enquanto sentia o vento gelado bater contra seu rosto e sentir seu corpo arrepiar.

- Claro pequeno!- Ele sorriu e lhe deu um selar.

Eles caminhavam calmamente e estavam prestes a atravessar a rua. Baekhyun viu Min-chae se aproximar de si e logo se encolheu. O garoto não falava mais diretamente com o menor, mas vivia deixando recados em seu armário. Os recados eram na verdade ameaças, mandava o garoto ter cuidado se não perderia essa criança.

Chanyeol se distraiu conversando com Suho e não havia visto Baekhyun sair correndo para a rua. O menor não viu que um carro se aproximava em uma velocidade considerável.

- BAEKHYUN CUIDADO!- Chanyeol gritou correndo para tentar salva-lo, mas ele não foi rápido o suficiente.

Todos ficaram paralisados, o motorista do carro estava mascarado e ria descontrolado enquanto fugia.

No chão, o corpo do pequeno Baekhyun todo ensanguentado e desacordado.

- B-b-baek! BAEK!- Chanyeol tentava acorda-lo enquanto as lágrimas insistiam em rolar.- Por favor Baek, resista.

- Eu acabei de ligar para a ambulância, eles estão a caminho.- Suho tentava dizer sem gaguejar entre um soluço e outro.

- Aquele filho da puta fez isso de propósito... Espera...- Chanyeol tentava raciocinar.- Aquele estranho avisou... Ele sabia que isso aconteceria... Foi a 3 meses mas ele avisou! Eu vou descobrir quem fez isso! Eu vou matar esse desgraçado!

- Chanyeol... Eu te ajudo.- Lay disse tentando acalmar os dois mais próximos.- Mas agora precisamos cuidar do Baekhyun.

Não demora muito e a ambulância chega, eles levam Baekhyun rapidamente para o hospital. O estado dele era grave e o bebê também corria perigo.

- Ele vai ficar bem.- Minseok um amigo deles diz tentando confortar Chanyeol.

- Senhor Park Chanyeol?- O doutor aparece com uma cara nada boa, parecia que tinha uma das piores notícias para dar.

- Sim doutor? Me diz, como ele está? Ele tá bem? Minha filha tá bem?- O alfa estava desesperado e não aguentava mais a angústia.

- Infelizmente, não tenho notícias boas.- O médico fez uma longa pausa.- Tivemos que fazer uma cirurgia urgente e o parto da criança também, o útero foi comprometido. Sua filha sobrevirá.

- E-e o Baekhyun doutor? Ele tá bem?- Todos estavam aflitos esperando o doutor responder, mas ele apenas abaixou o olhar e suspirou.

- Eu sinto muito!- Ao dizer isso, o médico entregou uma pulseira que estava no pulso de Baekhyun, nela estava escrito o nome dos dois.

- N-n-não!- Chanyeol caiu de joelhos e se debruçou em lágrimas. Os outros choravam descontroladamente imersos na tristeza profunda de perder alguém.

- O senhor quer ir vê-lo?- O médico ajudou Chanyeol a se levantar.

- Q-quero.- Chanyeol ainda chorava e logo acompanhou o doutor até o quarto onde o corpo de Baekhyun residia.

- Vou deixa-lo a só.- Ele saiu e deixou Chanyeol sozinho.

- Obrigado.- Chanyeol sussurrou, logo olhou o corpo pálido do menor e se aproximou.- M-meu pequeno! Você ainda tinha tanto pra viver, nós tínhamos tantos planos, tantas coisas para fazer, nossa pequena para criar.- Ele tentava não soluçar em meio as palavras.- Eu tinha tanto amor para te dar, tantos dias de carinhos e até de perturbação... Mas agora, tudo está perdido... Você se foi mas deixou comigo o melhor presente e lembrança que um homem iria querer.- Ele segura a mão dele e a acaricia.- Nossa pequena SunHee... Eu vou cuidar dela amor e vou vingar sua morte...- Chanyeol se inclinou e deu um último selar no garoto.

Após algumas horas lá dentro, tentando se conformar com a notícia, Chanyeol saiu do quarto pois tinham que levar o corpo de Baekhyun ao necrotério para começarem o processo de higienização para o velório.

- Eu... Eu posso ir ver minha filha?- O garoto pergunta ao médico que afirma e o leva até o berçário.

Chanyeol entra no lugar e vê a pequena olhando para si. Ele sorri ao ver que a garota possuía os olhos, nariz e boca de Baekhyun.

Num pequeno ato, o alfa pega a pequena no colo e acaricia sua bochecha.

- Oi minha princesa, sabe quem eu sou? Eu sou o seu papai!- Ele deixa algumas lágrimas rolarem.- Você é o meu maior bem nesse mundo.

O momento trazia uma mistura de sentimentos, tanto felicidade quanto tristeza. Dor e alegria, angústia e tranquilidade. Chanyeol sentia uma dor inexplicável de ter perdido o amor de sua vida, mas se sentia feliz por ter sua pequena nos braços.

- O papai te ama!- Ele deu um selar na menina que sorriu sonolenta...- E nunca vou deixar nada te acontecer... Eu prometo!

My Ômega!Onde histórias criam vida. Descubra agora