AMIGO DE ESCOLA

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Lembro exatamente o dia em que o vi pela primeira vez, estava com treze para quatorze anos, com os hormônios explodindo à flor da pele como em qualquer adolescente, logo no início das aulas. Esse poderia ser um conto gay clichê do menino tímido que se apaixona pelo garoto mais gato e popular da escola, ou o amigo supostamente hétero que se apaixona pelo cara mais pegador da escola. Mas não, eu não era e nem sou tímido, e o carinha gato e popular era meu amigo, e eu nunca fui realmente apaixonado por ele, foi só uma daquelas paixonites adolescentes, e que sempre sentir por Mateus era atração física, desejo carnal e só. E nunca passou disso, um desejo adolescente não concretizado, eu não sabia ainda minhas preferências sexuais na época, mas o desejo de conhecer e tocar os corpos de ambos os sexos era equivalente em mim, e claro tive minhas experiências com outros garotos. Para manter à fachada de garoto normal para minha família e amigos, tive que me interessar por coisas de rapazes normais, óbvio que peguei mulher, aliás peguei muitas, cheguei até a namorar uma por longos dois anos, mas no fim não daria certo de qualquer jeito.

Os anos foram se passando e o último ano do ensino médio chegou e passou, cada um dos meus amigos de escola seguiram seus próprios caminhos, inclusive Mateus que se mudou para outro Estado pra fazer faculdade. Nossa amizade ficou estremecida pela distância e logo após caiu no esquecimento da rotina, perdi contato com ele já faz uns dez anos. Hoje sou resolvido e dono da minha vida, quando me assumir claro tive minhas rusgas com meus familiares, porém com o tempo tudo se aquietou, não rótulo minha sexualidade, mas não posso negar que prefiro ser passivo, sentir um pau grande e quente atolado no rabo, abrindo meu íntimo, nossa, sempre me deu muito mais prazer, não que hora ou outra não tenha vontade de esfolar um cuzinho. Às vezes ficava fuçando nesses sites de relacionamentos para ver se encontrava alguém interessante.

Conheci através de um deles, um tal de Leo, que segundo o que dizia no perfil, não morava na cidade e estava atrás somente de uma foda casual. Resolvi puxar assunto com ele e depois de algumas mensagens trocamos uma foto de rosto. Quando abri o arquivo da foto levei um susto misturado com surpresa, não poderia ser verdade, aquilo era brincadeira, só pode, era Mateus na foto bem diante dos meus olhos, a pele morena bronzeada, os mesmos cabelos negros que formavam volumosos cachos, e os belos olhos castanhos de um tom muito claro, aquela boca carnuda que por diversas vezes desejei beijar. Jamais me esqueci dele, de sua aparência, pelo visto ele não mudou quase nada fisicamente. Digitei apressadamente uma mensagem para ele, lhe perguntando como estava, o que fazia da vida, falar da nossa amizade dos tempos de escola. Contudo quando uma mensagem dele chegou dizendo que eu era muito bonito, uma delícia e que queria marcar um encontro comigo para o dia seguinte, desistir de enviar à mensagem, ao que parece ele não se lembrava de mim, como assim? Eu mudei tanto assim, claro que não, foi ele que esqueceu da minha existência. Não nego que fiquei frustrado, mas o cara táva ali pedindo para dar uma trepada gostosa comigo, retomei minha consciência e marquei com ele, trocamos número de contato e combinamos tudo certinho, ele me enviou vários áudios cheios de palavras sujas e putarias do que faria comigo, pelo Whatsapp, adorei ouvir sua voz novamente. Marcamos de nos encontrar num ponto perto de um motel que eu sabia muito bem onde ficava, me sentia bastante ansioso para (re)vê-lo.

Na tarde seguinte pequei um taxi e fui pro local combinado, em frente desse motel há uma pracinha desértica onde fiquei esperando-o, quando avistei um homem bastante alto e mesmo de longe notei claramente seu corpo muito musculoso, com algumas tatuagens no antebraço, me sentir totalmente atraído por ele na hora, torcendo para que fosse o Leo(Mateus), pois não conseguia ver seu rosto por causa de um boné de aba reta que o mesmo usava. De repente, meu celular toca, e é ele me ligando, nos falamos e realmente, aquele cara que tanto desejei quando era mais novo estava ali comigo na frente do motel. Fiquei com um sorriso de canto a canto na boca, tentei puxar conversa com ele, mas fiquei meio ressabiado ou sei lá, nos cumprimentamos e entramos no motel. Ele pediu uma suíte, pegou as chaves e subimos para o quarto, de elevador, ele ficou totalmente calado enquanto subiamos, acabei ficando calado também. Quando o elevador chegou ao andar da nossa suíte, e a porta do mesmo se abriu, ele me permitiu sair primeiro, quando passei por ele notei sua grande e forte mão, apertando minha nádega esquerda, por cima da calça jeans, eu já um pouco espantado e ansioso sem esperar por aquilo, falei.

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