Capítulo 14 - Telefonema mistérioso

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Simón disse que trabalharia até tarde na segunda-feira à noite, por isso, é a oportunidade perfeita para ter com Delfina algum tempo de meninas.


Não me sentia bem falando a ela tudo o que Simón e eu fizemos. Mesmo que eu compartilhasse coisas com a minha melhor amiga, muito abertamente, ele e eu havíamos concordado em não falar sobre o que aconteceu com outras pessoas. Apesar de Delfina saber a essência geral do que está acontecendo entre Simón e eu, escolhi não discutir quaisquer detalhes explícitos com ela, e ela respeita a minha decisão, pelo menos em sua maior parte. Isso não significa que não tente ter informações.

Ela coloca um pouco de vinho para cada uma de nós. “Você tem certeza que não quer falar sobre sábado?”

“Tenho certeza.”

“OK. Mas você está bem? Tudo correu bem?” Ela se aproxima de mim e me entrega uma taça.

“Sim. Foi tudo incrível. Muito surpreendente. A única coisa ruim da noite, foi quando o seu telefone tocou durante o jantar. Ele tinha ido ao banheiro. Não pude deixar de virá-lo e dar uma espiada. Era uma mensagem de texto de Emilia. O ciúme apareceu. E me sentir dessa maneira me fez pensar que realmente estive me enganando, pensando que poderíamos apenas ser amigos.”

“Ok, mas você disse que ambos concordaram em não dormir com outras pessoas enquanto isso estiver acontecendo, certo? Então, com o que você está preocupada?”

“Isso não significa que ele não tenha sentimentos por alguém, ou até mesmo vê-la. Significa apenas nenhum sexo. Enfim, estou com raiva de mim mesma por ficar tão chateada sobre isso. Isso meio que derrota a finalidade do acordo de sexo casual, não é?”

“Bem, esse é o risco que você toma quando concorda com algo como isto. Quero dizer, ele é seu amigo. Você se preocupa com ele. Quando adiciona intimidade física na mistura, esses sentimentos ficarão emaranhados. Você é apenas humana.”

Rodo o meu vinho em torno da taça e olho para ele feita uma estúpida. “Não quero me sentir assim. Quero ser capaz de desfrutar do prazer que estar com ele traz, sem deixar entrar qualquer um dos pensamentos complicados, mas é difícil.”

Delfina toma um gole de vinho e pousa a taça. “Você vai resolver isso. Não invejo você, embora e me preocupo que vá acabar ferida. Mas não vou lhe dizer para parar, porque acho que se fosse você, também não seria capaz de fazer. Você precisa disso. Eu só posso imaginar que o sexo é alucinante.”

Deus, sim, foi. Eu não fui capaz de pensar em mais nada.

“Eu estou praticamente nisso pela experiência, sei que eu provavelmente vou me machucar e corro o risco de qualquer maneira.”

“Muito do que fazemos na vida é assim.”

A porta da frente se abre, nos assustando. Simón chega em casa do trabalho. Ele só deveria voltar muito mais tarde. O meu coração começa a tamborilar. Eu não estou pronta para isso.

Delfina está radiante com a visão dele. É a primeira oportunidade que ela tem de encontrá-lo em pessoa.

“Ei,” ele diz quando entra na sala de estar. Os seus olhos vão para a garrafa de vinho e o prato de bolinhas de queijo na mesa de café.

“Simón, esta é...”

“Delfina.” Ele balança a cabeça, oferecendo-lhe a mão e um sorriso largo. “Eu sei quem você é. Realmente é um prazer conhecê-la.”

“Acho que a minha reputação me precede?” Delfina sorri. Posso dizer que ela está realmente impressionada por ele saber o nome dela.

“Bem, Ámbar a mencionou várias vezes. Sei que você é uma boa amiga.”

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