Um passeio acaba mal

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No domingo da semana seguinte, o senhor Marco ligou para Poppy convidando-a para ir a uma feirinha numa cidade vizinha. Haveriam barraquinhas e muita música. Logicamente aceitou. O maior problema foi irem no mesmo carro ... estava no banco de trás com Branch, e havia uma curiosa espécie de parede separando os assentos posteriores. O silêncio dominava os dois, e era muito constrangedor. Na verdade, a vergonha maior era não saber o que dizer para o outro, mas apenas ela não sabia exatamente o motivo. Suspirando, o garoto quebrou o silêncio:

— Acho que você vai gostar de lá. Tem muita música pop e comida.

— Você vai morrer de fome, então? — perguntou, irônica — Deve ter bastante glúten, gordura e coisas assim na comida de lá.

— Na verdade, não. — endireitou-se no banco para logo dizer — Eu não tenho alergia, mas não posso ficar comendo porcaria. No entanto, agora eu precisando de certos nutrientes. Muitas comidas de lá têm ...

— Então é só por isso que vocês vão lá?

— Também não é assim. Vamos na feira todos os anos sem falta, ter ou não alimentos que eu precise são apenas detalhes.

— ... E por que você não come de tudo e pronto?

— Segredo meu, da minha família e dos médicos.

— Por que não confia em mim!?

— Confio mais do que imagina! — cruzou os braços

— Me conta, então!

— Não confio tanto nas pessoas de cara! — depois de alguns segundos — Não mais. Ou vão me trair e rir da minha cara!

— Fizeram isso com você!?

Passou um minuto inteiro até ele responder:

— Por que você acha que eu mudei de escola?

Por mais que fosse triste, formou um esboço de sorriso. Finalmente uma informação pessoal vinda da própria boca dele. O silêncio continuou a reinar, mas era gostoso dessa vez. Chegaram à feira, os olhos da rosada brilhando. Todas as cores, comidas, até mesmo bijuterias concentradas naquele espaço de parque. Crianças corriam e pediam milhões de doces aos pais, senhoras alimentavam os pombos – Rosiepuff uniu-se a elas –, jovens namorando ou zoando com os amigos e adultos degustando bebidas alcoólicas. Foi o tempo de cinco minutos para o moreno achar seu melhor amigo. Chegou de fininho e pulou em cima do garoto:

— Quer me matar do coração!?!!

— Você acha que EU ia querer matar alguém do CORAÇÃO!?! Meu filho, esqueceu tudo o que eu passei ou o que!!?

, pergunta podre. — depois de uns cinco segundos — Preciso te contar uma coisa.

Foram para um lugar afastado. Suspirou pesarosamente antes de falar:

— Eu sei que você vai negar e vai ficar estranho, mas ... gostando da Poppy, mas não atrapalhar e sei que é passageiro.

— E por que raios você está tão bolado com isso e contando pra mim? — levantou uma sobrancelha intrigado

— Porque eu sei que você gosta dela. — cruzou os braços enquanto admirava a expressão de nervosismo do amigo

— O que!!?!! De que lugar do inferno você tirou essa ideia!!!!?!!

— Não preciso ir na casa da Marília para saber. Te conheço, e vi o efeito que a rosada tem sobre você. — sorriu, maroto

— Quais raios de efeitos, Archer!!!?!

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