Trolls|||| Chave para o amor

Jogo de queimada QUASE MATA BRANCH!!

     Mais um jogo de queimada numa aula de educação física na terça. Branch observava todos jogando com vontade de participar, mas tinha medo do que poderia acontecer. Ele realmente tinha coisas a perder se o fizesse.

— Cara, certeza que não quer tentar só hoje? — perguntou o professor, que apesar de ser gordo era muito resistente, sentando ao seu lado

— Mas e se acontecer alguma coisa?

— Não vai. Eu dou um jeito.

— ... Ok. — levantou, decidido — Mas só HOJE.

— Perfeito, rapaz. — sorriu para logo apitar — BEBER ÁGUA RAPIDINHO PARA OUTRA PARTIDA, GALERA!!

     Foi o que fizeram. Poppy viu como os dois conversaram e ficou animada ao deduzir o final.

— Vamos ver se ele é bom ...

— GALERA, FAZ RODA! — obedeceram — Vamos reformar o time. Gostaria de pedir encarecidamente para, quem tiver mais força braçal, tomar mais cuidado com as meninas e com o colega de vocês, o Branch- ...

— É de cristal, por um acaso? — brincou Dudu de maneira maldosa, e quase todos riram

— Não, Eduardo, é um problema.

— Qual?

— Um que não te interessa! — responderam professor, Branch e Archer em uníssono, parecendo até ensaiado

— Richard e Creek, escolham os times.

— Dudu.

— Suki.

     Foi assim que iam escolhendo. A rosada logo percebeu um detalhe ... estavam tentando evitar o moreno a qualquer custo. Mesmo depois de Archer também falar insistentemente para escolher ele, o garoto loiro nem ouvia. Até que sobrou apenas ele:

— Merd@ ... — sussurrou — ... Branch.

     Tão ligeiramente chateado que ninguém percebeu, foi até seu time. O jogo começou. Focaram muito no rapaz, mas desviava de todas as bolas. Ficaram chocados com a habilidade deste cara que, aparentemente, nunca jogava. Creek estava de paciência cheia:

— COMO CONSEGUE DESVIAR!!?!!

— Treinando. — respondeu cruzando os braços

— Eu vou te queimar até ficar em carne viva!!! — ameaçou

— Mas o que raios eu fiz pra vo- ...

     Um estalo de borracha batendo com força em metal cortou o ar. A quadra ficou em silêncio absoluto. Creek havia acertado em cheio o tórax de Branch. Archer e o professor entraram em completo desespero e pânico. O sorriso de vitória não durou nem um minuto. O garoto começou a ofegar e tossir. Seu amigo correu acudi-lo bem quando deu um tossido tão forte que saiu um pouco de sangue:

— Para a enfermeira, já! — gritou o homem, nervoso de tudo — ALGUÉM CHAME A AMBULÂNCIA, AGORA MESMO!!!

     As coisas aconteceram rápido. Branch foi da enfermaria para a ambulância, a toda velocidade para o hospital. Poppy se desesperou, com medo e confusa. Nunca ouviu alguma coisa parecida antes. Quando seu pai finalmente deixou, correu como se sua vida dependesse disso para o hospital. Pediu para saber qual o quarto do colega com a respiração muito pesada. A moça não deixou:

— Me desculpe, mas amigos entrando assi- ...

— Cadê o meu filho!!? — a voz do Senhor Marco cortou o ar da mesma forma que o som da bolada na quadra