Ferrou BONITO!!

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     Podia ser coisa da sua cabeça, mas jurava que o Sol brilhava mais intensamente naquela segunda.

     Guardou a carta com cuidado na pasta. Foi toda saltitante para a escola.

— Oi, Branch! — saldou, virando sobre a cadeira para olhar atrás — Me encontra na saída da escola? Eu quero falar com você ...

— Combinado.

     No recreio, praticamente saltitava e cantarolava alguma canção que gostava.

— Por que essa animação toda? — perguntou Nina, preocupada.

— Resolvi me declarar hoje. — contou, apoiando a cabeça sobre a palma da mão, sorrindo com um ar sonhador — Sabe, acho que vai dar tudo certo!

— Eu tenho um mau pressentimento sobre isso ... — sussurrou Suki.

     E as coisas ficaram meio esquisitas. Creek voltou curiosamente feliz para a sala depois do lanche ... e Branch muito desanimado.

— O que aconteceu, Bran? — perguntou a rosada, uma sobrancelha levantada.

     O garoto não respondeu nada, levantando o livro de maneira que seu rosto fosse coberto totalmente.

     A garota estranhou isso.

     O restante da aula passou tão rápido quanto uma lesma carregaria um elefante nas costas do Brasil até a China se não fosse esmagada pelo peso do animal. Fazia um grande esforço para manter-se acordada. Realmente, ciências tinha pegado raiva de si.

     Tamborilava os dedos sobre a mesa, ansiosa. Justamente naquele dia o maldito sinal se recusava a bater!? Universo, o que havia feito de errado!?!

Suspirou, aliviada, ao ouvir o "suave e melodioso" soar do sinal que liberava-os até às sete horas do dia seguinte.

Acontece que Branch socou tudo dentro do mochila e saiu da sala na velocidade da luz. A rosada não teve outra senão guardar o material de qualquer jeito e tentar alcançá-lo.

— Poppy, eu preciso falar com você.

— Depois. — respondeu, logo sentindo como seguravam seu braço fortemente — Me solta, Creek!

— Não! Me escut- ...

— Me SOLTA!

Puxou o braço com mais força ainda, atropelando meia dúzia de colegas que estavam no caminho para tentar alcançar o moreno. Os passos do mesmo eram firmes e largos, e considerando que ele tinha as pernas consideravelmente maiores do que as dela ...

— PERA AÍ, BRAN!! — pediu, vendo como ele caminhava mais rápido.

— Me deixa falar com você, caçamba! — pedia Creek logo atrás da mais jovem Oliveira.

— Branch, por favor.

— Não dá. Tenho compromisso agora. — respondeu, seco.

— Vai demorar um minuto! É muito importante!

— Desde quando você se importa com coisas importantes, Papoula!?

Até hoje, a rosada não faz a menor ideia do motivo pelo qual reagiu daquela maneira – suspeita que fosse por raiva ou ressentimento. Mas, com toda a certeza, foi uma das duas pessoas que mais sentiram o impacto de sua fala.

— Por que está sendo grosso comigo de novo!!? — praticamente gritou, no entanto, o outro não deteve sua marcha — Por um acaso você não se importa comigo!!? Essa frieza tem alguma coisa a ver com o fato de você ter a porcaria de um P.C.R.C. nesse seu peito!!?!

     Foram apenas três segundos para dar-se conta do que havia acabado de fazer.

     Literalmente todos ao redor deles pararam, confusos. Gatti finalmente parou de andar, apertando os punhos. Poppy realmente desejou morrer naquele instante.

— ... Você não é diferente da Marília, no final das contas ...

É, realmente. Se não fosse o fato de que não conseguia nem fazer o movimento de respiração corretamente, teria subido para a laje da escola e pulado. Sentia-se a pior escória humana que já andara pela superfície terrestre.

"Eu estraguei tudo", pensou, segurando as lágrimas. "Eu machuquei o Branch, e quase do mesmo jeito que a Marília". Nina apareceu do além mundo, perguntando se estava bem — e, pelas pernas bambas e por hiperventilar, claramente não estava. "Eu ... eu ... sou uma idiota estúpida e egoísta".

Sentiu uma leve e esquisita pressão no queixo, e correu para o banheiro. Mal chegou, vomitou tudo o que restava em seu estômago. Estava pálida, desesperada. E, enfim, as lágrimas rolaram.

— O que aconteceu, Poppy!? — perguntou Suki, pegando papel para limpar a boca da amiga.

— Eu estraguei tudo ... — balbuciou, escondendo o rosto entre as mãos — ... Eu machuquei ele de novo ...

     Houve um alvoroço. A rosada foi para a sala do diretor e pediu que lhe desse alguma punição – mas não recebeu. A mãe dela teve que ir buscá-la, pois não parava de chorar e resmungar.

     Poppy sabia que tinha ferrado bonito com tudo o que construiu, mas não ia ter o pouco caso e empatia de deixar o entulho atrapalhar quem amava.

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Palavrinhas rápidas:

     Feroooooooooooooooou bonito!!

     'Tá curtinho porque era só isso que precisava no cap, mas o próximo já é maiorzinho. Aceito teorias sobre como tudo vai acabar. Escrevam aqui se quiserem —>

     A fic 'tá no final, então ... aproveitem bem os quatro ou cinco capítulos que restam ... vou sentir saudades dela ...

Beijos e roteiros,
                       Aliindaa.

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