Provas e aproximações

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À sua maneira, Poppy batalhou MUITO para que o moreno fosse seu amigo. Convidava-o para todas as festas que ia, fazia colagens, tentava lanchar junto, era amigável e gentil ... virou quase uma fã, praticamente. Branch, por sua parte, não se deixava levar. Tinha marcas, e não queria abrir suas cicatrizes. Passava praticamente todo o tempo com Archer, que era o único que realmente conseguia conversar com ele. Melhores amigos de longa data, supôs a rosada. Percebeu mais duas coisas estranhas nele. Um, não participava na educação física e seu professor não brigava; dois, havia praticamente horários restritos para entrar no banheiro. Um garoto jurou que ouviu um barulho de alguém dando corda em alguma coisa numa daquelas ocasiões. Estranho demais.

— Poppy, foi só ele entrar na escola que você ficou estranha! — disse Nina pegando um balde de pipocas

— É que ... eu acho que alguém precisa ter mais de um amigo. — tomou um gole do suco caseiro da amiga, omitindo a verdade muito bem

— Tem sempre os cara que têm dificuldade em se socializar com uma galera de boa. — disse Suki — Melhor poucas de qualidade do que milhares de interesseiros covardes.

O filme parou e começaram propagandas:

— A fila de espera para transplante de corações está grande? A ciência inventou o futuro da medicina! — disse o homem do comercial — O coração digital! — as imagens seguiam a explicação do moço — Com alta tecnologia, o coração digital bombeia o sangue para todas as partes do corpo, exatamente como um de carne! Você carrega as baterias de noite e pode viver normalmente, como uma pessoa normal! Compre já o seu!

— Coisa louca. — comentou Cetim

— MUITO louca. — concordou Chenile

— Se resolver os problemas de alguém ... — disse a rosada dando de ombros — Só me pergunto o que aconteceria se molhasse esse treco.

     Continuaram com o filme. No dia seguinte, ela se deu conta de um detalhe:

— Como dois meses passam voando ... — comentou enquanto olhava o calendário de provas — Eu vou bombar nelas!

— Só estude, amiga. — aconselhou Suki — Se você ficar de recuperação, pra tudo tem um jeitinho.

— Você não está entendendo ... se eu reprovar, meus pais não vão mais me deixar fazer trabalho voluntário!

     Geralmente ficava tranquila quanto a essa questão, mas a matéria era realmente difícil. Passou todo o seu tempo livre estudando, mas praticamente nada entrava em sua cabeça (quem nunca, né). Ela pensava insistentemente "para que RAIOS eu vou ter que saber sobre os insetos se eu não for nem zoóloga, bióloga ou exterminadora de pragas!?!". No sábado, transpareceu preocupação logo de cara:

— Tudo bem, querida? — perguntou Rosiepuff, preocupada

— Provas. Não consigo estudar.

— BRANCH, VEM AQUI!!

     O adolescente desceu mais rápido que o Flash com uma vassoura em mãos, alerta e agitado:

— ALGUÉM MORRENDO!? CADÊ O BANDIDO!!?! EU VOU MATAR ESSA BARATA!!!! CHAMEM OS BOMBEI- ...

— Calma, cara!! — gritou a rosada, assustada

— Pode me fazer um favor?

— Depende. — respondeu, respirando com certa dificuldade

— Poppy precisa de ajuda para estudar. Pode ajudá-la?

— Mas eu tenho- ...

Depois do seu compromisso semanal. Você ainda pode estudar mais, querido.

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