Capítulo 3

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                                         Carrossel

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                      Carrossel

Depois de sair da água eu pego uma toalha e começo a secar meu rosto.

--Que preguiça -- relaxo os músculos, a água do meu corpo vai saindo flutuando pelo ar, e formando grandes gotas de água. A água da minha sunga começa a evaporar, aquele vapor era bem quente.

Entro para de volta e subo as escadas para me trocar. Passo perfume e coloco uma roupa um tanto bonita. A campainha toca. Eu sorrio de lado e corro descendo as escadas. Abro a porta dando de cara com o Gabriel.

--Oi! -- disse um pouco vermelho.

--Oi, vamos? -- Ele estava muito bonito Jesus! Foco.

--Vamos.

Eu fecho a porta e vou até o carro do meu pai que estava do lado de fora. Entrei e sentei no banco do motorista e ele no passageiro.

--Bom, vamos a onde? -- Ele pergunta.

--Tem um parque de diversões aqui perto, quer ir?

--Vamos.

Sai acelerando o carro. Não demorou muito até chegar no parque de diversões. Sai do carro e ele também.
 
--Esse parque de diversões é muito legal -- digo me aproximando do caixa -- aqui você compra uma pulseira e com ela pode entrar em todos os "brinquedos".

--Nossa, no Brasil não tinha isso muito.

--Nossa que triste -- sorrio. Pago as pulseiras e entramos no parque -- Vem! Vamos na montanha-russa -- puxei ele pelo braço.

--Não! Tenho medo de altura.

--Relaxa -- sentamos no cart e o moço colocou nosso sinto e a barra de ferro na nossa frente. Senti a tremedeira dele -- Nossa cara, relaxa não vai morrer aqui -- sorrio.

--Fale por você -- o cart começou a andar -- Aí que inferno -- ficou pálido quando estava quase no topo da subida.

Eu senti seus braços segurando no meu, ele estava mais perto de mim, podia sentir sua respiração. Senti um frio na barriga e um calor subir as sobrancelhas. Então a grande descida. Senti sua mão me apertando mais meu braço, não sabia se me divertia ou ficava concentrado naquele aperto quente estranho.

--Jesus! -- ele gritou, sorri com isso.

--Levanta as mãos! -- levantei as minhas e ele se recusou e me abraçou, já que meus braços estavam no alto. Senti aquela energia e calor subir pela minha espinha. Eu sentia o frio no seu corpo e o sangue sair de sua pele. Ele negou com a cabeça, a medida que fazíamos uma volta completa no grande círculo de cabeça para baixo ele me apertou mais.

Quando o cart parou o moço tirou o sinto e a barra de ferro. Levantei na adrenalina.

--Foi incrível! -- sorri de alegria, meu cabelo estava todo bagunçado -- Gabriel? -- Ele sumiu da minha vista, olhei de esguelha atrás de uma barraca e e ele estava lá, vomitando. Sorri alto.

--Achei horrível -- diz ele pálido.

--Você está bem? -- me preocupei.

--Estou melhorando, eu disse que não queria ir. Vamos em outro que fique no chão -- assenti rindo.

Fomos na casa do horror. Chegou nossa vez na fila e pedi para o cara deixar só nos dois ir, além disso, paguei uma grana para ele. Sorri lembrando disso.

--Só vai nós dois -- digo triste, mas isso é só fachada.

--O que? Sério? -- Ele ficou me olhando querendo já correr.

--Vamos, te protejo -- puxei ele.

Estava escuro, quase não via nada. Ainda bem que não tinha água aqui perto, senão algumas pessoas daqui estariam ferradas. Mas por outro lado. Eu controlo o sangue. Eu não uso muito essa prática de controlar sangue, acho muito cruel fazer os outros sofrer, só uso em casos extremos.

Uma névoa branca começa a se espalhar em nossos pés, Gabriel fica mais perto de mim. Confesso que sentia um pouco de medo também, eles sempre mudam as coisas aqui dentro, deixando muito imprevisível. Uma mão agarra meu pé.

--Senhor! -- grito. Puxo com toda a minha força e acabo saindo. Me levanto devagar. Gabriel? Cadê ele? Naquela escuridão não o vi mais. O sangue ficou frio.

--Gabriel!? -- gritei. Sons de gotas por todo lado. Cliques que não sabia de onde vinham.

Ouvi uma voz feminina.

--Por aqui irmão -- olho para o lado e vejo uma freira com a cara negra. Deus pai do céu. Alguém aparece do nada e me empurra para um colchão. A dor na barriga pegou em cheio. Sinto várias mãos me puxar para baixo. Fecho os olhos.

Abro os olhos e estou do lado de fora. Olho debaixo da casa e vejo vários homens e mulheres com as mãos pintadas de preto puxando pessoas para baixo. Acho que peguei um atalho. Dou a volta. Volto para o parque e percebo que o Gabriel ainda não saiu. Tadinho!

--Caramba! -- vejo ele correndo pela porta final da casa do horror -- Você foi por onde? Te perdi -- respirava ofegante e rápido.

--Peguei um atalho -- olho para dentro da casa e vejo um cara de terno preto lá dentro. Estranhei na hora.

--Quem é aquele? -- perguntou Gabriel, como assim? Ele não estava lá dentro?

--Não sei, vamos para outro -- andamos em silêncio sem saber onde ir -- Ei lembra daquele trabalho? -- cortei o silêncio.

--Sim -- olhou para mim.

--É melhor fazer amanhã, não é? Já está escurecendo.

--É mesmo.

--Vamos no carrossel! -- puxei ele.

--O que? Só criança vai nele.

--Sou criança -- sorri.

--Nossa cara -- ele debochou, mas acabou indo depois que puxei mais forte.

Ficamos girando e girando no carrossel, eu fiquei rindo da cara de vergonha dele.

--Vamos ir em bora -- ele disse interrompendo minha crise de risos.

--Tá -- desistir de girar e sai do carrossel com ele. Quando olhei para trás, o mesmo cara de terno estava parado atrás do carrossel me fitando com aqueles óculos negros -- crê deus pai.

Meu celular toca.

--Alô? - perguntei quando atendo perto da saída -- Calma! Já estou indo! -- Entro em choque, fico desesperado.












O Escolhido Da Lua (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora