Capítulo 7

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As letras dos livros tremem a medida que estudo mais. O trabalho estava acabando e isso é uma maravilha. Depois do ocorrido Gabriel me olha como se nada tivesse acontecido, como se a gente não se desejasse e eu não gosto de estar nessa condição. Levanto a cabeça depois de bater várias vezes no livro de tanto tédio. Alguém bate a porta.

-Entra -respondo morto de sono. Ainda estava de tarde. Raven surgi na porta sorrindo de lado. Ela entra, fecha a porta e se joga de barriga na minha cama.

-Aí Thomas! Está se esforçando demais, abaixa o livro venha... - diz batendo a mão na cama enquanto fica de barriga para baixo se acomodando na maciez do tecido. Saio da cadeira em silêncio e sento na cama. Raven me puxa pelos ombros sorrindo como sempre, me fazendo cair deitado na cama - Então... como vai aquele seu "amigo" - fez aspas com os dedos, estranhei mas logo entendi, queria me enfiar em um buraco. Corei.

-O que tem?

-Eu vi vocês dois na piscina - sussurra no meu ouvido, logo minha cabeça queima de tanto sangue. Sento as pressas olhando ela sem saber o que fazer - Olha tá vermelho! E suas marquinhas entregam tudo.

-Olha... eu juro... foi... foi - ela coloca a mão na minha boca enquanto gaguejo, estou com uma vergonha!

-Tudo bem, não falo nada - da uma piscadinha - além disso eu já sabia né. Toda vez que vocês se olham eu me sinto como uma vela. Além disso...

-O que?

-O que houve entre vocês?  Esfriaram?

-Olha - olho para outro lado menos seus olhos - eu não sei bem - digo baixo.

-Não vou me meter - se levanta e vai em direção a porta mas antes para - vai ter um jantar hoje aqui em casa... chama ele, Theo também vai vir.

-Tá, vou tentar - fecha a porta indo em bora.

Caminho até a janela, a chuva cai calma pingando pela janela de vidro. Olho para a casa a frente. Gabriel sai caminhando rápido com uma jaqueta para evitar se molhar. Ele e Freya. Desço as pressas as escadas indo até a porta e saindo de casa. A chuva fria toca minha pele me arrepiando. Sigo eles até uma cafeteria próxima. Não sou um perseguidor mas fiquei com um pouco curioso. Eles se sentam sorridentes. Olho para a praça que fica quase de frente. Tem um cara sentado perto no balanço. Alto, moreno com expressão séria. Ele olha para mim e acena com a cabeça, lobisomem. Me aproximo em passos rápidos e sento no balanço ao lado. A chuva para de repente, não sinto mas nenhuma gota.

-O que foi dessa vez?

-Os originais - Olha para mim - vieram para a cidade e souberam da Freya - olho para as mãos em cima das pernas - ela tem sorte de estar com bruxas, pois ela pode ser protegida antes mesmo de um vampiro pensar. Bruxas são poderosas - acrescenta.

-Estou achando que você quer dizer algo mais.

-Os ataques vampiros caíram muito, creio que é a chegada de outro escolhido o senhor do sol - olho para ele rapidamente estrelando o pescoço, ou escolhido, não para mais - os vampiros protegem ele porque os vampiros são inimigos do sol então se essa pessoa ficar sobre nossas mãos... Eles serão devastados - onde será que essa pessoas está?  Homem ou mulher.

-Continue a procura dele, podemos nos ajudar - me levanto.

-Sim, meu rei - rei? Sou rei de nada querido. Mas quem dera.

-Rei?

-Você foi considerado rei dos lobisomens, Freya rainha das bruxas e assim vai - ele revira os olhos - fomos obrigados a isso.

-Eu não fiz nada.

-Isso não é comigo - sai andando. Eu faço o mesmo. Sinto as gotículas pingar em mim de novo.

Olho para cafeteria e vejo Gabriel sozinho. Aproveito e vou até lá. Eles me viu e sorrio sem mostrar dentes. Aqueles olhos que brilham.

-Oi, estava dando uma volta?

-Sim - sorrio de volta.

-Quer alguma coisa?

-Não, não.

Seu celular vibra no bolso. Ele atende e eu fico como sempre fico em modo planta olhando seus olhos e lábios esculturais.

-Preciso ir - antes de levantar ele me olha de novo - vai ter um baile na escola, ficou sabendo?

-Não - incrível estou lá a mais tempo e sempre esqueço das coisas. Ele rir.

-Já tem par? - sua pergunta é seca e sem sentimento como se ele se arrependesse.

-Não, eu nem sábia - ele puxa os lábios em um sorriso cínico.

-Bom... quer ir ... comigo? - A rocha cai na minha barriga tirando meu ar, nem sei se pode isso lá. Coro e fico muito nervoso, nunca fui com um garoto.

-Não sei... preciso pensar - me levanto depressa engolindo em seco. Ele fica vermelho de vergonha. Ele engoli em seco.

-Bom... caso queira fala comigo tá. Ou vai com a Bianca? - Aquela garota que não desgruda já estou me arrependendo de beija-lá, já tenho ranço dela.

-Tá... eu falo - saio depressa.

Quando chego em casa corro para a cama meu único conforto agora. Caio nela afundado a cara no travesseiro. E agora?


O Escolhido Da Lua (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora