Capítulo 23

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    Tão invisível quanto o vento

Fico um tempo dentro do quarto quando Raven abre a porta e entra no meu quarto.

--Você está bem? -- ela se senta na cama e solto o ar dos meus pulmões me jogo deitado na cama e abro os braços.

--Estou, aquele garoto não encostou um dedo em mim.

--Sorte a sua, o que aconteceu? -- olho para ela e depois para o teto hesitando por um tempo.

--Tentou... com o Gabriel -- ela entendeu a mensagem e olhou em volta.

--Por que ele faria isso? -- homofobia talvez? Não respondo e ela se levanta e me puxa pelos braços -- papai fez a janta, ele prometeu não fazer aquelas perguntas chatas -- me levantei pela força do ódio e soltei um sorriso falso que ela logo riu e me empurrou para fora do quarto.

Fui até uma grande mesa no meio da cozinha e me sentei, todos olharam para mim e depois para Raven que sentou ao meu lado o silêncio logo reinou naquele lugar, tirando Freya que ria com minha prima mais nova. Needham estava de olho roxo e me orgulho por causa disso, pus meu prato e comi devagar, depois que alguns terminaram Gabriel se levantou e colocou o prato na pia vindo até mim.

--Precisamos conversar -- ele cochichou no meu ouvido. E eu apenas assenti. Terminei minha comida e fui até seu quarto, quando entrei ele estava deitado na sua cama, deitei ao sei lado e logo cortou o silêncio.

--Gostei do que fez, com ele, mas violência nunca é a resposta, e você sabe disso...

--Ele mereceu -- sussurrando.

--Obrigado... por tudo. O clima está tenso entre todos daqui, meus pais estão querendo voltar.

--Eu não quero que você vá -- sento na cama dele e fico em cima dele, com uma perna de cada lado senti seu sangue subir a cabeça rapidamente e quente, sussurrei em seu ouvido -- bom não sou a Elsa, mas... você quer brincar na neve? -- ele riu e eu também.

--Sério isso? -- colocou a mão na boca para segurar a risada alta. Assenti com a cabeça e beijei seu pescoço sentindo cada nervo gritar, fiquei super arrepiado e vi ele ficar vermelhinho. Beijei sua boca e parando um instante para respirar. Ele me beijou e logo senti o gosto doce de morango de sua boca e sua língua dançava na minha, ele colocou suas mãos quentes por debaixo da minha camisa e puxou para cima, apenas dei liberdade e puxei a sua livremente, mas quando fui abrir o zíper de sua calça ele pediu para parar.

--O que foi?

--Não estou pronto ainda, me desculpe -- ele me empurrou e saiu debaixo de mim, pegou sua camisa -- Só não ainda tá, espero que entenda.

--Eu entendo -- suspiro e visto minha camisa. Ele sai do seu quarto me deixando no escuro. Até que escuto uma voz.

-- gente ele é tão fofo agora sei por que xonado -- olho em volta e vejo um garoto de jaqueta que possui desenhos de estrelas, era azul e parecia o céu estrelado, e quanto ele se mexia as estrelas se mexiam, e ele tinha um colar de meia lua.

--Quem é você?

--Pobre Thomas, como vou explicar, eu sou você, bem... o espírito da lua em você, como um conselheiro, todo escolhido tem, e você precisa de mim -- estou alucinado pode. Peguei um travesseiro e joguei nele que logo atravessou -- Eu estou aqui e não ao mesmo tempo, você me . Acompanhei a gestação da sua mãe dia após dia, e agora acompanho você até a morte -- estava chocado -- Tipo o Asher ele tem um e está conversando com ele agora, que seu pai acordou no hospital -- Seu cabelo era castanho e seus olhos eram azuis bem escuro.

Fico confuso e saiu de quarto as pressas quando ele surgi do nada no minha frente, já que ele não está aqui tento atravessar mas não passo.

--Você pode me tocar, gênio, com um tempo você vai entender -- ele some do nada, acho que estou ficando maluco.

--Se você sou eu, por que só apareceu agora? -- Meu pai surge do corredor só de pijama.

--Está falando com quem? -- prendo o ar.

--Ninguém -- ele me olha confuso.

--Sobrenaturais e suas loucuras -- disse e entra no seu quarto.

Na manhã seguinte, acordo com Gabriel deitado do meu lado, beijo a bochecha dele que sorri e me abraça.

--Bom dia -- ele disse e logo abre seus lindos olhos verdes.

--Bom dia -- digo e ele logo se afasta tampando o nariz.

--Meu Deus, escova os dentes -- se levantou e saiu do quarto e fiquei rindo sozinho.

--Respondendo a sua pergunta eu apareço pela primeira vez quando está em um momento difícil,  depois apareço quando você bom... precisa de mim -- Aquele garoto apareceu de novo sentado em um sofá dentro do meu quarto, reviro os olhos e vou ao banheiro fazer minhas higienes. Quando voltei para o quarto ele não estava mais lá. Sai do quarto e fui para o lago perto da casa e fiquei jogado pedrinhas.

--Você está bem? -- Meu pai chegou por trás com as mãos no bolso, já enjoei dessa pergunta.

--Estou sim, só pensando aqui -- mais uma pedrinha que dessa vez deu a volta no lago e voltou para a minha mão.

--Uau, isso é muito estranho -- respirei fundo e joguei de novo, e novamente voltou para a minha mão -- bom, vou deixar você sozinho, se quiser estarei aqui caso precise -- Não digo nada, ele apenas  sai e me deixa no silencio.

--Sério Harlequin? Ele queria ajudar tadinho -- contei até dez.

--Sabia que você é irritante? -- a Lua, aquele garoto de jaqueta estrelada olhou no fundo dos meus olhos e sumiu de vista. Revirei os olhos e voltei para a casa.






O Escolhido Da Lua (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora