Coração amolecendo

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Isis não parava de falar sobre a liquidação da Guess, e não era segredo para ela que nenhuma das amigas estava prestando atenção no que ela dizia. Quando a loira disse decidida que daria uma passada lá, antes da aula de física, Max e Sarah se levantaram imediatamente, dando a desculpa que tinham algo para fazer. Elas realmente não tinham paciência para aquilo.

Karin foi à única que sobrou, e tudo isso porque estava avoada demais para inventar uma desculpa como Sarah e Maxine. Então a ruiva foi obrigada a ir com Isis até a loja, duas quadras depois do colégio. Elas voltariam a tempo da sineta tocar.

Maxine e Sarah caminharam até o pátio, e sentaram-se no quiosque. Holly ainda não havia voltado.

― Sabe, eu queria realmente saber como você decidiu aceitar Holly para andar com a gente. ― Disse Max curiosa. Desde segunda elas ainda não haviam tocado nesse assunto. E não era novidade para ninguém que eram raras as pessoas que Sarah deixava andar junto com elas.

Sarah ficou em silêncio por um tempo. Ela não sabia como responder exatamente aquela pergunta. De início ela havia se aproximado de Holly para vigiá-la, de deixá-la longe de Norman. Mas então de repente tudo mudou. Ela gostava da companhia de Holly. Mas ela não podia negar que havia algo estranho entre ela e Norman. Sarah ficaria de olho nisso, mas não era sua prioridade.

― Só achei ela digna. ― Sarah deu de ombros, lembrando-se da noite na festa. Holly havia a ajudado, e de uma forma ou de outra aquilo havia tocado o coração de Sarah.

― Mas ela é prima do Noah. ― Maxine questionou. Não que tivesse algo contra Holly, pelo contrário. Max adorava pessoas de poucas palavras, mas o fato de ela dividir o mesmo DNA que a pessoa que Max mais repudiava no mundo, deixava-a inquieta. ― Nosso inimigo mortal. ― A morena completou.

― Seu inimigo mortal. ― Sarah ergueu o cenho. ― Tudo bem que eu o acho um babaca, mas Noah não é significante para mim o suficiente para que eu o considere meu inimigo. E você deveria ser assim também.

― Seria fácil se o idiota não estivesse perturbando o professor para que ele me tire do posto de treinadora. ― Maxine resmungou, controlando-se por dentro. ― Eu não acredito que ele realmente está fazendo isso.

― Você sabe como os garotos são... Eles odeiam se imaginar inferiores em algo. ― Sarah Inclinou-se sobre o banco, encarando o teto. ― Mas não perca seu tempo se irritando com ele, sabe que é isso o que ele quer.

― Então ele teve êxito. ― Max suspirou frustrada. ― E o pior é que os outros babacas do time vão apoiar ele.

― Lógico, ele é o capitão.

― Infelizmente. ― Max se queixou. ― Mas isso não importa, porque eu não vou desistir de treinar o time. Meu pai já ficou furioso quando eu disse que não terminaria meus estudos naquele internato idiota, e que viria para cá, e faria algo que eu gosto.

― Vocês ainda estão brigados? ― Sarah perguntou.

― Não... Quer dizer... ― Max hesitou. ― Ele está decepcionado, disso eu tenho certeza. Mas não é como se ele estivesse sem falar comigo ou algo do tipo.

― Ele vai entender uma hora. ― Sarah tentou consolá-la. ― Ele não pode ficar com raiva de você por fazer o que gosta.

― Talvez. ―Max  disse descrente. ― Talvez.

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