Sophia p.o.v
Estamos no carro,eu estou tentando respirar fundo para me alcamar mas até agora a tentativa era falha.
-Falta muito?-pergunto mas não recebo resposta,só olhares de preocupação.
-Ouça,eu sei que está com medo.-minha mãe diz se virando pra mim.-mas tudo bem ter medo,porque ninguém nunca te disse que o medo é um superpoder
Eu apertava sua mão e as lágrimas não paravam de rolar.
-O medo pode te fazer mais rápida e mais forte. E um dia você vai ficar com muito medo,mas tudo bem, porque você é muito esperta e muito forte. O medo não tem que te fazer ser cruel ou covarde,o medo pode te fazer ser gentil.
Dylan não parava de olhar para nós.
-Não importa se não há nada debaixo da cama ou no escuro,contanto que você saiba que não há problema em ter medo disso
-DROGA DE TRÂNSITO.-meu pai grita apertando a buzina e me fazendo me contorcer.
-Então ouça,se você não ouviu nada,escute isso.-mandou com seus olhos grudados nos meus e com sua mão na minha barriga. -Você sempre vai ter medo,mesmo se aprender a escondê-lo.-ela encara minha barriga.-O medo é como um companheiro constante,sempre estará por perto,mas está tudo bem.-volta a olhar nos meus olhos.-porque o medo pode nos unir,o medo pode te levar pra casa
-Chegamos.-meu pai fala e saí do carro rapidamente,igual ao meu irmão.
Antes que minha mãe saía também,eu a puxo pra perto de mim.
-Mãe.-falo a encarando.-obrigada.
Meu pai abre a porta do meu lado do carro coloca sua mão na minha testa e imediatamente me pega no colo.
💸💸💸
Meus pais e Dylan entraram correndo no hospital.
-Precisamos de uma consulta.-minha mãe fala parando a primeira enfermeira que viu.-minha filha está com febre e teve sangramento.
-Ela está grávida.-meu irmão completa.
-Isso,isso,ela ta grávida.-meu pai concorda.
-Gente,o que aconteceu?-Melanie aparece com várias sacolas nas mãos.
-Que bom.-minha mãe afirma ao vê-la.-trouxe as roupas que eu te pedi?
-Sim.-respondeu entregando as sacolas.-chamei o resto do pessoal.
-Ótimo.-minha mãe fala.-vamos trocar de roupa.-afirma olhando pra Dylan.- Tudo bem pra vocês?
-Sim.-meu pai responde e eu concordo com a cabeça.
Minha mãe e Dylan saíram em busca do banheiro,enquanto todos os encaravam por estarem usando pijamas,assim como eu e meu pai.
-O Tony já está chegando.-Melanie afirma mexendo no meu cabelo.
-Mel.-a chamo com a voz baixa.
-O que?
-Me promete uma coisa?
-Claro.
-Caso eu perca esse embrião...
-Você não vai perder...
-Caso eu perca.-a interrompo.- Eu quero que mande Tony voltar para casa.
-O que? Sophia,eu não vou fazer isso.
-Mel,eu vou ter perdido a filha dele.-afirmo quase voltando a chorar.- Você sabe o quanto ele queria isso,e eu não vou suportar olhar pra cara dele depois disso.
-Sophia...
-Mel,me prometa.
-Eu prometo.-afirma com voz baixa.-mas isso não vai acontecer.
-Obrigada.
-Sophia Evans,nessa sala.-meu pai me leva até a sala e lá me encontro com minha mãe e Dylan.
Minha mãe pede para meu pai e Dylan saírem,ficando na sala apenas eu,Mel e Mamãe..
Me deitei na maca e a médica começou a fazer perguntas.
-O que aconteceu?
-Ela acordou no meio da madrugada sangrando e agora está com febre.-minha mãe responde.
Mel segurava minha mão quando minha mãe respondeu.
A médica ouviu atentamente e começou a passar gel no aparelho de ultrassom.
Então ela levou o aparelho até a minha barriga e então sinto o frio do gel.
-Por que não estou ouvindo nada? -pergunto.-Cadê os batimentos? Por que não estou escutando eles?
A médica tirou o aparelho,limpou minha barriga que estava cheia de gel e tirou suas luvas.
Eu apertava mais forte a mão de Melanie.
-Sophia,ja é comprovado cientificamente que gravidez até os 19 anos é considerado gravidez de risco.-afirma e eu aperto ainda mais a mão da Mel.- E temos várias consequências,mas no seu caso foi o descolamento da placenta.
Eu estava tentando ser forte,mas as lágrimas não me obedeciam.
-Você teve um aborto natural quando estava em casa,por issoo sangue.-explicou.- E o motivo da sua febre é porque ele não deve ter sido completo.
Mamãe acarenciava minha cabeça e eu pude ver que eu não estava chorando sozinha.
-Vamos solicitar uma sala de cirurgia para fazermos a curetagem uterina.-diz e escuto Melanie chorar baixo.-Precisamos fazer para tirar o resto do bebê do seu corpo,porque caso contrário os restos podem apodrecer a fazendo passar mais mal,e dependendo da demora pode até te levar a morte.
-Mas ela só tinha três meses...-minha mãe fala.
-A cirurgia precisa ser feita,independente de quantos meses o bebê tem. Vou pedir para prepararem a sala.
💸💸💸
Saímos de dentro da sala e na ala de espera estavam todos,até Josh estava lá.
Mel olhou para todos e fez que não com a cabeça e em seguida a abaixou.
Vi que Tony tentava vir em minha direção,mas Mel o parou e conversou com ele.
-Vamos,você precisa se trocar para a cirurgia.-minha mãe afirma secando as lágrimas e me puxando pelo braço.
Meu pai e Dylan estavam vindo em minha direção,ele também trocou de roupa,sendo assim,só eu ainda estava de pijama.
-SOPHIA,ESPERA.-Tony me gritava.-SOPHIA.
Dylan o olhou e em seguida olhou para mim,me abraçou e seguimos para o quarto que eu passaria a noite.
Me doeu não responder Tony,não o abraçar,mas eu não tenho coragem de o olhor nos olhos dele depois de perder a filha que mesmo sem ver ele tanto amava.
Meu psicológico está arrasado.
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Teen FictionJosh Cooper é um menino com ótimas condições financeiras e socialmente não é diferente. Josh, Jeff, Tony, Melanie, Sophia e Lívia são sempre convidados para as melhores festas, frequentam lugares refinados e tem toda a New Jersey School ao seus pés...