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Capítulo 62

Tony p.o.v

-Tony,onde você está indo?-minha mãe pergunta cruzando os braços e fechando o seu roupão.- São quatro da manhã.

-Preciso ir pro hospital.-falo colocando uma blusa branca.-Melanie me ligou,ela precisa que eu vá.

-Mas você não está namorando a...loirinha...aquela...-minha mãe diz olhando colocar minha jaqueta jeans.

-Sophia.-respondo a encarando sem acreditar que ela esqueceu mesmo o nome da minha namorada e mãe da minha filha.

-Isso,Sophia.

-E estou,ela está no hospital justamente por causa da Sophia.-afirmo colocando meu tênis preto.-Me deseje sorte.

-Tony,espera.-manda me puxando pelo braço e eu estava pronto para ouvir seus pedidos de desculpa.-Você ainda está com a calça do pijama.

-Droga.-indago ao ver que ela está certa.

-Espero que esteja tudo bem.-minha mãe fala e em seguida saí do meu quarto.

-Eu também.-murmuro baixinho.

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Cheguei na ala de espera e Jeff,Lívia,Dylan,o sr Evans e até o Josh estava lá.

-Melanie está com ela?-pergunto me sentado do lado de Jeff.

-Sim.-responde.-Você está bem?

-Não.- respondo sinceramente.-Estou completamente apavorado.

-Vai ficar tudo bem.-Josh afirma e eu só o encaro sem responder. O que ele está fazendo aqui?

A porta se abriu e as três saíram de cabeça baixa,Sophia está de pijama e seus olhos estão vermelhos e inchados. Melanie olhou para nós e fez que não com a cabeça.

Lívia se contorceu no peito de Jeff,que a abraçava, O sr Evans tampou seu rosto com suas mãos e enquanto Dylan tentava respirar fundo com os olhos fechados eu ia em direção a Sophia,mas no mesmo instante Melanie me parou.

-Melanie,licença...

-Eu sinto muito.-diz me interrompendo e ainda me impedindo de ir em frente.

-Eu só preciso conversar com ela.

-Ela prefere que não.

-O que?-pergunto irritado.-Melanie,agora não é hora dos seus shows.

-Me desculpe,Tony.-Melanie fala ainda em minha frente.

-Melanie,saí da minha frente.-mando já nervoso e Josh e Jeff ficam do lado de Melanie.

-Cara,eu sei que é difícil...

-SOPHIA,ESPERA.-grito interrompendo Josh e com a esperança que ela me ouvisse.

-Tony,é a decisão dela...

-SOPHIA.-grito novamente.

-Tony,é difícil para ela.-Melanie afirma e agora que olhei nos seus olhos vi que também estão vermelhos.

-Ah,e pra mim tá sendo um paraíso,certo?-pergunto retoricamente.- Quer saber? Se ela quer passar por tudo isso sozinha,ótimo. É escolha dela,mas não era a minha. Eu também tenho direito de querer passar um dos momentos mais difíceis da minha vida junto com minha namorada.

-Tony...-Lívia me chama dando um passa em minha direção,mas eu dou um passo para trás.

-Vou deixar ela em paz,porque eu respeito a decisão dela.-afirmo.-um dos dois tem que respeitar,né?

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Já na garagem,sem me importar se alguém tinha me seguido,bato na primeira coluna que vejo. Dou uns três socos até escuto uma voz me chamar.

-Tony.-Josh me chama mas eu só olho para minha mão direita que está toda vermelha.-O que você está fazendo?

-Não importa o quanto você queira um final feliz,você não pode ter isso.-afirmo.

-Tony,você só está nervoso. Vai ficar tudo bem.-"garantiu".

-Tentei escrever um, mas é impossível.-falo o ignorando por completo.-Eu reescrevi e reescrevi,mas as coisas continuam mudando.-digo com um sorriso amargo.-e eu machuquei pessoas e eu...eu sabia que eles estavam sofrendo.-Josh não está entendendo,mas não preciso que entenda,eu só preciso desabafar.-mas eu não parei,porque nossa mente está sob um truque. Isso é um truque em que você para e pensa que as coisas estão bem. Nada está bem.

-Tony.-me chama e eu sinto minhas lágrimas molharem minha camisa.

-ESTÁ TUDO ERRADO.-finalmente solto um grito que estava preso desda notícia revelada.-está tudo errado.

-Tony,me escuta...

-É isso...-falo indo em direção ao meu carro.-não há um final feliz.

Após a minha afirmação eu entro no carro o ligo,ignoro as batidas que Josh dá na minha janela e vou embora daquele lugar.

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Chego em casa,entro no meu quarto tranco a porta. Ao perceber que estou sozinho,começo a gritar e quebrar tudo o que via pela frente,sendo de vidro ou não.

Percebi que não havai mais na pra quebrar,então parei e comecei a observar meu quarto todo revirando com cacos de vidro e vasos entre outras coisa destruídas no chão.

Joguei os cacos para o outro lado e me sentei no chão.

-Tony,eu ouvi gritos.-meu pai fala empurrando a porta e ao ver a situação do meu quarto fica perplexo.-Puta merda.

Ele ainda estava de terno,sinal que foi a mais uma daquelas reuniões que parecem nunca acabar.

-Espero que quando sua filha te irritar você não a jogue no chão e a encha de porrada.-afirma olhando pra mim.- Porque é isso que eu quero fazer com você agora,Anthony.

-Que filha?Eu não tenho uma filha.-afirmo com lágrimas que eu pensei que nem tinha mais saindo pelos meus olhos.-Nem namorada,nem nada.

Meu pai pareceu entender a situação de primeira. Tirou seu paletó,sua gravata e se aproximou de mim sentando do meu lado.

-O que aconteceu?

-Eu não sei.-respondo.- Um dia minha vida estava perfeita e no outro eu nem quero mais tê-la.

-Ela...

-Perdeu o bebê.-completo sua frase.-e aparentemente também não me quer por perto.

Meu pai passa seu braço pelo meu ombro e eu deito no seu. Ficamos assim por um bom tempo,meu pai não sabia o que dizer e eu não queria falar nada.

-Não se proculpe,tudo tem um propósito.-afirmou.-talvez isso sirva pra unir mais vocês dois.

-Ou para nos separar de vez.

-Em qualquer um dos dois casos,no fim tudo acaba bem.-afirma.-se não está bem,é porque não é o fim.

-Obrigado,pai.

-Vejo você amanhã? -diz após se levantar.

Dizer "eu te amo" não fazia o gênero do meu pai, "Vejo você amanhã" queria dizer que ele iria voltar pra casa. Voltar para casa era o jeito dele dizer "eu te amo".

-Sim