Dia 6: Deduções e café

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-Acorda!
Ainda estava tentando me localizar quando sinto alguém me puxando pelo braço. Novamente.
- Essa noite você teve sorte. E é Anderson.
- Obrigada tenente Anderson.
- Você disse que tinha algo importante para nos contar.
Esse era o Connor. Como ele lembrou disso depois da confusão da noite passada. Ah, ok. Coisa de androide.
- Acho que vocês conhecem as leis de Asimov.
- O que ?
- As leis da robótica. - Connor, com seu led amarelo. - Literatura de ficção que menciona a existência de princípios na programação que os impedem os robôs de ferir humanos.
- Exatamente! Isso torna impossível um androide ferir um humano, mesmo que este seja divergente. É a segunda lei. Nem para se defender.
- Tá! E o que isso quer dizer? - Tenente com cara de que precisa de café.
- Que a divergência dos andróides não é um erro no sistema. Quando um programa adquire consciência própria quer dizer...
- Que deixou de ser um programa. Que se tornou humano? - O perspicaz Connor.
- E como você sabe disso?

'Por que eu escrevi essas linhas no programa!'

- Dedução.

Posso sentir o frio?Onde histórias criam vida. Descubra agora