Dia 7: Solidão minha amiga

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Naquela cela pequena eu estranhamente me sentia em casa.
Passei a noite naquele local sem que ninguém viesse falar comigo. Não entendi a reação exagerada do Anderson.
Um policial uniformizado se aproxima.
- Olá. Pode me acompanhar? - diz abrindo a cela.
- Estamos indo pra onde?
O policial não respondeu. Comecei a me sentir nervosa. Ele me escoltou até uma porta. Entrei na sala que obviamente era de interrogatório. Uma mesa e duas cadeiras, um espelho e câmeras. Fico bem além do nervosa.
O policial me apontou para a mesa. Apenas caminhei e me sentei. E ali fiquei, nervosa, as vezes olhava para o espelho que ocupava a parede toda. Aposto que estão ali me olhando...
O tempo passava e eu comecei a achar que haviam esquecido de mim.
- Hey tá não tem graça! - falei ja com lágrimas nos olhos.
Aquele silêncio estava me matando. Já havia perdido a noção do tempo. Queria poder caminhar pela sala mas estava algemada à mesa.
Estou certa que algumas horas que eu estava naquela sala.
- Preciso ir ao banheiro! Droga! Isso é abuso de autoridade!
Baixei minha cabeça entre os braços e desabei. As lágrimas desciam incessantemente e estava soluçando quando ouço a porta abrindo. Meu coração quase parou nesse momento.
Era Connor, parecia muito aflito.
- Precisamos ser rápidos! - disse isso enquanto soltava as algemas.
Me dei conta que estava com a cara vermelha, inchada e totalmente descabelada.
- O que? O que está acontecendo?
Ele segurou meu pulso e me puxou para próximo dele. O tecido do seu terno era macio.
- Estou trancada naquela sala a horas! Agora você me arrasta e não me diz nada!
Ele não para de me puxar, seu passo é rápido. O led esta amarelo. Sem se virar ele diz:
- Preciso de você!

Posso sentir o frio?Onde histórias criam vida. Descubra agora