Posso sentir o frio?

Dia 10: O desconhecido

Uma manhã fria. Ocorrera uma nevasca durante a noite.
Já era umas dez horas. Sai da cama a força.
- Ai! Acho que bebi demais...
Sai do quarto e esbarro em Connor. Estranhamente parado em pé em frente à porta.
- Ha. Connor? O que está fazendo?
Estava com uma terrível dor de cabeça.
- Podemos conversar?
Como recusar?
- Claro...
Ele me olhava atentamente. Estava me analisando.
- Você está bem Lindy? - atento e olhos brilhantes.
- Hum, não é nada. Só bebi demais, ontem... Vou fazer um café.
Ele sentou-se à mesa e ficou me observando. Comecei a me sentir desconfortável.
- Fala, Connor! O que foi?
- Como você sabia o que fazer quando me desliguei?
Não esperava por essa! Nem estava pronta para responder.
- Café...
Peguei a xícara e sentei. Ele continuava me fitando atentamente.
- Bom, eu ja tive um androide antes...
- Mentira!
Assim, na lata!
- Ai, Connor, serio! Não podemos ter essa conversa depois?
- Você conhecia o código, seu acesso é RA9, você nos procurou de propósito...
- Sim! Tá bom, você está me interrogando? Eu escrevi parte do código! Trabalhei com Elijah Kamski a alguns anos atrás. Para mim era só um jogo!

Ele parou perplexo. O led de amarelo foi para vermelho. 
- Olha, eu tinha 14 anos e estava na deep web quando alguém me chamou para um chat privado. Me disse que estava trabalhando em um programa de inteligência artificial e que não encontrava um erro. Me desafiou a encontrar o tal erro. E assim o fiz. Nos encontramos apenas algumas vezes. Apenas isso.

O led voltou a cor amarela. Logo após ao azul. Estava com a expressão atenta.
'Nossa, confessei sem um tapa na mesa!'
- Então, você me conhece melhor que eu mesmo!