Worlds Between Us

Up up and Gone Away

- Não se preocupe eu peguei você.

E de repente Lena não está mais caindo para morte, seus gritos cessam quando a respiração é arrancada dela pela força dos braços de Supergirl parando sua descida. Ela está voando, Lena Luthor está voando quando um momento atrás ela estava morrendo. A boca de Supergirl está perto de sua orelha, os braços de Lena de alguma forma estavam ao redor do pescoço da heroína.

- Eu peguei você. – A heroína repete suavemente.

“Ela está aqui”. Lena pensa. “Como? Quando? ”

Nada disso importa agora, Supergirl voa de volta para a varanda de Lena.

- Perderam alguma coisa? – A mulher pergunta maliciosamente, Lena se sente segura e presunçosa de repente como se nada pudesse machucá-la. Como os brutamontes de sua mãe eram tolos por sequer tentar.

******************************

Mais tarde Lena se senta sozinha em seu escritório ela soltou o cabelo e serviu-se de um copo de uísque quando a polícia foi embora, eles levaram os lacaios da Cadmus algemados assim que se recuperaram da ira de Supergirl. Lena achou um pouco de satisfação nisso, eles também tiraram Alana a pequena espiã traiçoeira que a observava há meses em nome de Lillian. Apenas o pensamento fez o uísque no estômago de Lena se agitar.

A televisão estava ligada, mas Lena a ignorou. Um âncora de notícias estava atualmente relatando o último plano anti-alienígena a ser frustrado por Supergirl. Uma gigantesca nave espacial estava estacionada ao acaso no deserto fora da cidade. Policiais e agentes do governo ainda estavam instalando um perímetro, lutando para segurar a impressa. A manchete na parte inferior da tela dizia: Lillian Luthor escapa novamente. Lena suspira profundamente, passando a mão trêmula pelos cabelos.

“Quem poderia confiar em sua mãe à solta? Qualquer um poderia ser um espião ou um assassino. Com quem ela poderia contar? ”

Lena ouve um som na sacada afastando sua atenção da tela abafada, Supergirl está do lado de fora. A loira ergue a mão e dá um olá desajeitado. Lena sorri, apesar de seu estado ainda abalado ela se levanta e sai para a varanda, tentando não pensar sobre sua queda de algumas horas antes.

- Você ainda está aqui. – Supergirl diz olhando para Lena com preocupação. A super-heroína parece exausta o que Lena achava impossível. Ela ficou alta com os punhos nos quadris como sempre, mas havia algo na inclinação de seus ombros do jeito que ela se inclinou ligeiramente contra a parede. Lena tomou outro gole de sua bebida antes de responder.

- Sim, bem, a polícia acabou de sair há pouco tempo, eles tinham muitas.... Perguntas. – Eles passaram a maior parte do tempo assediando Lena sobre a mãe e o irmão, fazendo piadas. Supergirl parece entender a frustração de Lena. Ela relaxa, deixando cair as mãos para os lados e se aproximando de Lena.

- Sinto muito que você teve que lidar com isso. – O rosto de Supergirl é sincero e Lena se vê lidando com seu olhar simpático. Ela dá um passo em direção ao corrimão, mas hesita lembrando-se da sensação do metal pressionando suas costas, depois caindo quando ela se aproxima. Seu coração começa a bater e ela dá um passo para trás. Supergirl percebe e se aproxima de Lena, colocando uma mão reconfortante em seu cotovelo para firmá-la.

- Ei, você está bem? O que você passou hoje.... Qualquer um ficaria abalado.

Lena lhe dá um pequeno sorriso. Ela leva a mão até o peito como se para acalmar a batida do coração.

“Será que Supergirl pode ouvir isso? ” Ela pensa.

- Você deve pensar que eu estou acostumada com as experiências de quase morte até agora, mas honestamente elas não estão ficando menos aterrorizantes. – Lena diz terminando sua bebida, Supergirl sorri com simpatia e deixa a mão dela cair do braço de Lena. Ambas se encostam na janela, lado a lado o mais longe possível do corrimão. – Parece que eu não tenho necessidade de me preocupar, no entanto. – Lena continua virando a cabeça para sorrir para a loira. – De alguma forma, você está sempre lá para me salvar. – Supergirl sorri estranhamente, olhando para a cidade e balançando a cabeça.

- Você não é uma donzela, Srta. Luthor. – A mulher diz com firmeza então com uma risadinha

- Embora você esteja muito angustiada. – Ambas riem então, é leve e casual, e Lena não tem certeza do que está acontecendo entre elas. Ficam em silêncio por um longo momento olhando para a cidade. Lena não consegue ler o rosto da heroína, não pode imaginar o que ela deve estar pensando depois de um dia como hoje.

- Por que você está aqui? – Lena pergunta em voz alta. Ela não tem certeza do que está perguntando.

“Por que você está aqui neste planeta? Por que você está sempre aqui me resgatando, uma Luthor? Por que você está aqui tão perto que eu posso sentir seu calor? ”

Supergirl se vira para encarar Lena, descansando a cabeça no vidro e cruzando os braços.

- Eu queria ver se você estava bem. – É simples e gentil, os olhos azuis da mulher são genuínos, mas Lena desvia os olhos desconfortavelmente. Ela olha para o copo vazio desejando que estivesse cheio.

- Eu nem sei o que essa palavra significa. – Ela diz com tristeza. Supergirl se aproxima colocando um dedo sob o queixo de Lena virando a cabeça para olhá-la.

- Ei – Aqueles olhos azuis perfuraram Lena, brilhantes e ferozes ao luar.

- Isso significa que você ainda está viva. – Supergirl diz com firmeza. – Isso significa que hoje foi difícil, mas você ainda está aqui e você não vai a lugar nenhum. – Sua mão mal toca Lena, mas sua pele ainda parece queimar contra o queixo, Lena está segurando a respiração. O rosto de Supergirl amolece e ela solta seu queixo. Lena sente falta quando ela se afasta.

- Você quer que eu te leve para a casa? – Supergirl pergunta como se fosse a pergunta mais normal do mundo. Lena tenta rir da intensidade do momento anterior.

- Não, não. – Diz ela, voltando para a porta. – Embora agora eu sei que cair é consideravelmente pior, eu ainda não gosto de voar. – Supergirl ri e sorri perversamente quando ela se afasta e paira no ar.

- Você que perde então.

Lena se lembra da sensação dos braços fortes de Supergirl embalando-a, a ascensão e queda, do peito da mulher contra o seu e o sussurro contra seu ouvido: “Eu peguei você”.

- Boa noite, Supergirl. – Lena diz sentindo o calor subir em suas bochechas.

- Boa noite, Srta. Luthor.