Hoje é o aniversário da morte de Lionel Luthor. Lena havia tirado a manhã como fazia todos os anos para visitar seu túmulo. Afinal de contas, ele era o pai dela, o verdadeiro pai dela. Ela ainda estava tendo dificuldade em entender o fato.
Lena não tinha nenhuma crença forte sobre a vida após a morte. Os Luthors não eram uma família particularmente religiosa e como cientista, Lena sentiu-se bastante segura em sua suposição de que nada estava além da morte. Nada além de seu legado. Todos os anos ela visita o túmulo de Lionel e se pergunta o que ele pensaria sobre o que aconteceu com seu legado. Não sobrou muito. Um filho desonrado, uma esposa enlouquecida e uma decepção por uma filha.
O tempo estava triste o que parecia apropriado para Lena. Lionel foi enterrado no mesmo terreno que seus pais, os avós de Lena e ao lado dele havia um lugar reservado para Lillian. Lena pagou para manter as flores então todas as três sepulturas estavam adornadas com cravos brancos e frescos. A lápide de Lionel é de longe a maior com a escultura mais elaborada. Uma intrincada representação da Ouroboros (a cobra que come sua própria cauda) é esculpida acima de seu nome. E abaixo "Marido amoroso e pai dedicado", seu epitáfio dizia: "Você não pode ensinar grandeza, apenas inspirá-la".
Lionel inspirou Lena. Sua indiferença inspirou Lena à grandeza mais do que a desaprovação de Lillian jamais poderia.
“Eu só queria que você me notasse”. Lena pensa amargamente. “Patético”.
Ela sempre supôs que ele tinha sido desinteressado, porque ela não era filha dele. Mas agora ela sabia a verdade. Lionel tinha vergonha dela, de sua própria fraqueza.
Lena notou um homem andando entre as lápides, ela puxou a jaqueta mais firmemente em torno dela. Ela não tinha nada a temer. Dois de seus guarda-costas Sam e Frank, estavam lá com ela. Frank esperando no carro e Sam a poucos passos atrás de Lena, em pé em silêncio. Ela assumiu que o homem simplesmente caminharia por ela a caminho do carro, mas ele para a cerca de três metros de distância, olhando de perto para o guarda-costas. Ele usava um casaco pesado preto com o colarinho puxado contra o vento.
- Senhorita Luthor? – Ele disse com cuidado. Lena olhou de volta para Sam nervosamente. Seu guarda-costas se adiantou entre ela e o estranho, uma mão em sua arma e a outra estendida para afastar o homem.
- Volte, senhor. – Sam disse, sua voz firme. O homem não se moveu ignorando Sam completamente, ele olhou de volta para Lena.
- Senhorita Luthor, eu não estou aqui para te machucar. – O homem disse. Lena endireitou a coluna e colocou seu melhor tom autoritário.
- Se você quiser falar comigo terá que marcar uma hora no meu escritório, este é o túmulo do meu pai e eu gostaria de ficar sozinha.
- Eu tenho algo para você. – O homem disse ainda imóvel.
- Você precisa ir. – Sam disse tentando tirar a atenção do homem de Lena. Lena se virou aborrecida, sua visita teria que ser interrompida, voltando para o carro.
- Seu irmão me enviou! – O homem grita. Lena para em suas trilhas. Seu coração bate mais rápido e suas mãos começam a tremer com a menção de Lex. Sam também reage ao nome do irmão dela. Ele sacou a arma e apontou para o estranho.
- É o bastante fique no chão! Agora! Fique de joelhos! – O estranho suspira irritado, mas ergue as mãos de qualquer maneira.
- Isso não é necessário, senhorita Luthor eu estou desarmado. – O homem cai de joelhos de qualquer maneira, as mãos levantadas acima da cabeça quando Sam se aproxima dele. Lena respira fundo e se vira para encará-lo, não se aproximando mais.
- Meu irmão te mandou aqui? – Ela pergunta desejando que sua voz não tremesse. Sam verifica o homem em busca de armas, não encontrando nada.
- Sou mensageiro senhorita Luthor não um assassino. – Lena e Sam fazem contato visual enquanto Sam se afasta do estranho, arma ainda levantada.
- Ele está limpo senhorita, mas eu acho que devemos ir. – Lena hesita, seu coração batendo em seus ouvidos.
- Há um envelope no bolso da minha jaqueta é do seu irmão. – O homem diz ficando de pé lentamente as mãos ainda no ar. Sam olha para Lena que dá um breve aceno de cabeça. Sam dá um passo à frente, tirando um grande envelope pardo do bolso interno da jaqueta do homem. Sam olha o pacote com curiosidade.
- Isso é apenas para os olhos da senhorita Luthor. – O homem diz, uma sugestão de um aviso em sua voz. Sam zomba, recuando.
- Pode estar envenenado ou algo assim senhorita Luthor, Lex é um filho da puta complicado. – Sam a avisa.
- Como você conseguiu isso? – Lena pergunta pegando o envelope de Sam. Se Lex queria que esse homem a matasse, certamente ela estaria morta agora. Ele poderia ter atirado nela com um rifle ou algo assim. O homem começa a recuar na direção de onde ele veio, mais para o cemitério.
- Os advogados do seu irmão me contrataram.
Lena acena com a cabeça. Claro, os advogados não gostariam de estar diretamente envolvidos em dar algo ilegal a Lena. Ela virou o envelope em suas mãos com cuidado.
- Eu não quero ver você de novo, você entendeu? – Ela diz ao homem, sua voz baixa e ameaçadora. O homem sorri, finalmente abaixando as mãos.
- Adeus, senhorita Luthor. – Ele se vira e sai. Lena segura o envelope com tanta força que seus dedos doem.
- Vamos, Sam.
- Sim, senhorita Luthor.
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Sam e Frank voltam para a frente do carro. Lena fica na parte de trás onde Jess está esperando por ela.
- O que foi aquilo? – Sua assistente pergunta olhando o envelope nas mãos de Lena com curiosidade.
- Entrega especial do Bloco de Célula X. – Lena diz gravemente. Os olhos de Jess se arregalam pulando do rosto em branco de Lena para o envelope e de volta.
- Você gostaria que eu chamasse a polícia? – Jess pede gentilmente. Ela sabe o quão sensível Lena pode ser sobre sua família, especialmente seu amado irmão.
- Não.... Ainda não. – Lena diz, seus dedos brincando com o fecho no pacote. Sam fala do banco do passageiro.
- Senhorita Luthor, eu realmente gostaria que você permitisse que um de nós o abrisse primeiro pode ser qualquer coisa. – Lena já está balançando a cabeça.
- Leve-nos para a L-Corp eu estou atrasada o suficiente.
Sam parece que quer protestar então Lena aperta um botão e uma tela preta aparece separando a traseira do carro da frente. Jess está olhando para ela com preocupação.
- Senhorita Luthor...
- Todo esse tempo ele nunca alcançou esse caminho nem uma vez. – Lena sussurra, rouca de emoção.
Jess fica em silêncio com uma expressão triste no rosto. Lena não suporta a pena dela. Lentamente com cuidado, Lena abriu o envelope, suas mãos tremendo traindo seu medo do que poderia estar lá dentro. Lena puxa seu conteúdo timidamente. Jess desviou os olhos, respeitosamente, ocupando-se com seu tablet.
Lena para de respirar quando ela vê o que está dentro.
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Worlds Between Us
FanfictionLena e Supergirl se aproximam depois de Êxodo (2x15). Lena começa a baixar as paredes e vê a heroína como mais do que apenas uma salvadora alienígena. Quando elas não podem mais negar a conexão existente, elas entram no que é suposto ser um relacion...