Bites

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- Você está sangrando. - Lena afirma o óbvio, pressionando seus lençóis na ferida no ombro de Kara. Kara cerra os dentes, obviamente desacostumada à dor física.

- Bala de kryptonita. - Kara rosna saindo de cima dela. É quando Lena percebe que a mão de Kara está sangrando também.

- Quantas vezes você foi atingida? - Ela pergunta estudando o buraco na mão de sua amante. Kara balança a cabeça apertando a mão ferida contra o peito.

- Só uma vez eu tentei pegá-la. - Ela tira o lençol do ombro com a mão boa e chia de dor. - Foi direto através de mim.

Kara Danvers, sua Supergirl estava agachada no chão sangrando, suando, parecendo totalmente humana demais.

- O que eu posso fazer? - O coração de Lena está acelerado, batendo em seus ouvidos. Você pensaria que ela deveria estar acostumada com a adrenalina de agora. Mas não, cada situação com risco de vida vem com sua própria onda de inferno, incendiando seu corpo.

"Quem está atirando em nós? Você vai morrer? Não morra. Porra, por favor não morra. Não podemos ter a porra de um pouco de paz? "

- Nada. - Kara diz balançando a cabeça. Sua expressão dolorida rapidamente se transformou em raiva, suas sobrancelhas se uniram de um jeito desconhecido. - Eu já estou me curando.

Lena se vira de lado estendendo a mão para olhar a ferida, mas Kara já está se movendo. Ela tira o lençol do ombro e se agacha nas pontas dos pés descalços.

- Onde você está indo? - Lena já sabe a resposta, mas o pensamento de Kara correndo em um ataque de balas de kryptonita transforma seu cérebro em mingau.

"Você não pode deixá-la ir. Ela vai morrer".

- Fique aqui. - Kara rosna desaparecendo em sua super velocidade.

"Você não pode pará-la. Ela vai matar o atirador". Lena percebe.

Lena espreita por cima da beira da cama a tempo de ver uma janela no último andar do prédio ao lado quebrar. Ela ouve vários tiros seguidos a chegada de Kara. Ela se vira e se agacha fora de vista. Do chão, ela pega o telefone da mesinha de cabeceira, puxa o cartão da agente Danvers do bolso do roupão. Com as mãos trêmulas ela disca o número. Leva só duas tentativas para acertar porque o sangue de Kara em suas mãos continua estragando a tela de toque.

Agente Danvers.

- Ela está aqui! - Lena diz a ela. - Supergirl está aqui.

"Kara está aqui comigo". Lena pensa.

- Lena? - Alex pergunta soando frenética.

- Sim! - Lena assobia frustrada, assustada e com raiva de uma só vez. Ela respira fundo e tenta acalmar a adrenalina em suas veias. - Supergirl está na minha cobertura estamos sob ataque!

- Estou a caminho, ela está atacando você? - Alex pergunta. Lena sacode a cabeça com tanta força que seu cérebro balança.

- Não! Estamos sendo baleadas!

- Eu estou a caminho. - Alex repete, mas Lena não ouve o que ela diz a seguir.

Um baque sólido soa atrás dela, assustando Lena. Ela deixa cair o telefone e gira ao redor. Um homem deita no chão do seu quarto enrolado em si mesmo, claramente com dor. Kara fica do lado de fora da parede quebrada das janelas olhando para ele com uma fúria que Lena nunca viu.

Ela espreita para o homem que ela atirou. Ela o agarra pela nuca dele e o empurra do chão. O homem grita de dor, futilmente arranhando o braço de Kara. Kara o joga através da sala e bate na parede com tanta força que o gesso racha. Ela o segura no chão com a mão ilesa, os lábios puxados para trás em um grunhido.

Worlds Between UsOnde histórias criam vida. Descubra agora