ESPIRITO (GAY)

16. MARIO P.O.V

Estavamos na escola, como sempre, havia passado 3 semanas desde o acontecido com o Thiago, que me intriga até hoje o fato dele não existir para nenhuma pessoa além de mim, de ninguém se lembrar daquele maldito menino, ninguém sabe de absolutamente nada sobre ele e isso me deixa louco, nem na direção há rastros como esses, os meninos consideraram como mais uma de minhas paranóias, o que me deixa mais revoltado, meio que desconfio dessa possibilidade mas não pode ser o suficiente para sustentar a ideia de que ele salvou o Pedro e fez trabalho em dupla com o Gabriel e mesmo assim não tem nada com eles, e nada que faça com que eu consiga provar de que tinha um garoto aqui, esse tempo todo.

Muito bom saber que o ano está acabando e que teremos que suportar a faculdade, o controle se um futuro diferente e vidas esplendidamente diferentes do que temos hoje. Creio que vivi tanto tempo no meu mundinho de ensino médio que esqueci a expansão pela qual posso enfrentar num futuro... São tantas possibilidades e com todas elas tantas chances de um fracasso enorme que só de pensar me da arrepios.

Fico imaginando também o que os garotos tinham planejado para o futuro deles, nunca tivemos essa conversa já que o nosso relacionamento foi bem recente e nossas vidas tenham sido reservadas de formas bem distintas, como o Pedro, por exemplo que quer fazer faculdade mas nunca disse sobre o quê, o garoto diz que quer prestar enem e fazer da vida todo um conceito bastante louco.

Acordo ansioso, meu aniversário chegou e coincidentemente hoje é véspera do Baile de final de ano.

-agora é tarde demais, por que você não impediu? Ouço

Quem está me chamando, dessa vez, Thiago? Quase não me assusto mais com espíritos, eles aparecem com muita freqüência e nem todos são tão ruins assim quanto imaginamos. Provavelmente mais uma da minhas paranóias, em parte, os garotos podem até estar certos pois estou tendo esse problemas ouvindo vozes a tempos.

Me arrumo para ir pra escola, mesmo sendo meu aniversário e último dia de aula, tinhamos um teste final de matemática que, por sinal , eu havia estudado muito sobre, então não iria deixar ele para trás, Pedro e Gabriel me encontram no caminho e eu desconfio de algo, eles nunca me encontram nesse caminho, sempre é perto da escola.

Pedro para e me diz:

-Oi, amor! Tudo bom?

-Bom dia! Feliz aniversário!_Diz Pedro vindo em minha direção para me abraçar.

-ownt, amor! Obrigado! Fico feliz por passar essa data ao seu lado.

-Eu sei, dia 14 de dezembro é realmente um dia para se recordar...

-Como assim?

-Mário, quero lhe falar algo e creio que o Gabriel também.

-Pedro, tenho teste hoje, por favor não me faça perder o foco.

-Eu prometo que não é algo ruim!

-Mas amor...

-Vida, vem comigo?

Eu amo quando o Pedro me chama de vida, a forma em que ele faz com que eu me derreta é bastante fofa, eu não consigo entender muito bem como essa conexão é fortalecida apenas por um "vida" mas é bastante curioso, e eu amo.

-Sei que eu sou o mais durão do nosso relacionamento, e não estou falando de sexo._Ele me olha no fundo dos olhos e solta um sorrisinho de lado que me faz perder a cabeça.

-Não vai rolar se tu me olhar com essa cara de safado.

-Mário, eu treinei essa fala durante dias, da pra você esperar e ouvir? Poxa, vida! Estou tentando.