15. MARIO P.O.V

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Nossas vidas estavam maravilhosas, nada de ruim tinha acontecido nesses últimos dias, parecia até que o destino tinha algo completamente ao meu favor, minhas crises haviam diminuído e Saymon estava cada vez menos presente em minha vida, mesmo que eu ainda o ame, ele era especial pra mim, me sinto culpado por não tê-lo amparada antes mas infelismente não posso voltar ao passado, acabei decidindo por seguir em frente e não deixar que isso me apavore.

O namoro está sendo o máximo pra mim, acho que para os meninos também, eles são pessoas adoráveis quando os conheço à fundo, de todas a formas. Gabriel sempre sendo o apavorado e com medo de tudo e Pedro sempre mais calmo e quieto, conseguindo nos ajudar sempre. Por causa desse namoro Gabriel está em uma bagunça com a familia, os pais o julgam bastante por causa de sua sexualidade, com muita freqüência ele liga chorando falando que seus pais o ameaçou a sair de casa e muitas coisas do tipo, já os pais do Pedro não se importam com ele, semore viajam e deixam ele casa sozinho, o que, de acordo com Pedro, não é uma coisa ruim mas faz ele se sentir sozinho, a gente se completa, cada um.completa o problema do outro e assim ninguém sai perdendo, e por fim complementados o que falta com amor e paciência.

Hoje, o Pedro disse que iria me visitar pea gente fazer trabalho de espanhol (que era em dupla e infelizmente eles escolheram entre si que iriam fazer o trabalho), chegando em casa ele disse que queria transar, e transamos! Meio escondidos dos meus pais, óbvio! E foi muito louco ter que esconder dos meus pais que estava fazendo outro tipo de "trabalho".

Terminamos o trabalho (o verdadeiro) e fomos ligar pro Gabriel, que fez a maior birra por causa do trabalho, típico dele fazer isso, ele praticamente nos obrigou a irmos pra casa de Pedro. Ficamos lá conversando sobre a vida e outras inúmeras possibilidades de estarmos juntos futuramente.

-Ah, eu acho que a gente vai ficar bem velhinho e teremos netinhos bem estranhos falando sobre maconha e a gente falando que isso é errado igual nossos pais falavam pra gente que pegar outro cara é._Fala Gabriel

-Netinhos? Foi longe!

-Eu não quero ter filhos! Pra falar a verdade nunca pensei em ter filhos porque imaginava uma vida completamente diferente, meus planos sempre foram bem individuais, ok relacionamento nem fazia parte dos meus planos.

-Ah, mas eu quero ter filhos, Mário!_Retruca Gabriel fazendo bico

-Não estou dizendo que a gente não deva ter, apenas que eu não imaginaca coisas que estão acontecendo e a ideia de ter filhos parece ser radical pra mim.

-Você falou sim que não quer ter um filho, Mario, e não tem nada demais em você não querer ter um filho, eu gosto da ideia da gente estar junto e isso pra mim, por enquanto também é o suficiente._Diz Pedro

-Ai, vocês são uns chatos. Com quem que eu vou jogar futebol?

-Ta me chamando de planta? Babaca!_Pedro retruca

Gabriel falou que havia feito um trabalho na sala com um menino chamado Thiago, ele era meio nerd mas tinha cara de psicopata, acho que ninguem da escola mexia com ele por causa disso, as pessoas sempre cochichavam que ele conversava com espiritos, demônios e coisas do tipo, mas acho que ele não era esse tipo de pessoa. Pra mim, ele só era alguém incompreendido que não se encaixava no padrão da sociedade moderna, por isso era julgado.

Depois dele ter feito todo um drama e nós Termos consolado ele, conversamos sobre a escola, os amigos e as pessoas que se afastaram da gente, percebemos que muitas dessas pessoas não nos acrescentavam em nada, exceto para o Gabriel, ele sempre se preocupou mais com o que as pessoas pensam dele e acho que, para ele, foi muito precoce.

Volto pra minha casa e meus pais estavam falando sobre alguns assuntos aleatórios, o de sempre. Janto e vou dormir.

Acordo cedo e, como sempre, atrasado pra aula, chego na escola aos pulos e entro na sala, assisto aula normalmente e tudo parece normal.

ESPIRITO (GAY)Onde histórias criam vida. Descubra agora