— Tá tudo bem, gatinha. Cuidado. - Ele proferiu quando esbarrei nele sem sem querer, já que estava um pouco escuro.
Ao levantar o rosto pude ver seus olhos castanhos brilharem para mim. Sua respiração calma e lenta passaram pelos meus fios de cabelo loiros e seu cheiro mais que sedutor pairava sob meu nariz.
— Você tem certeza? - Foram as últimas palavras que saíram da boca do Kol antes do beijo acontecer.
Ele sabia o quanto eu queria aquilo, até uma mula saberia. Bastou apenas um aceno com a cabeça para que Mikaelson segurasse meu queixo gentilmente e levasse-me de encontro as nuvens. Seu beijo era quente, aconchegante e tranquilo.
Naquele dia eu soube qual era o significado de tortura... Os lábios de Kol deixando lentamente os meus, dando espaço novamente para o ar frio passar neles.
— Vamos? - Ele proferiu após abraçar minha cintura, dando um breve beijo em minha testa.
— Claro! - Peguei a bolsa e os baldes de pipocas vazios. Levamos nosso lixo até a lixeira e logo após saímos dali.
— Então, quer tomar algo agora? — Kol perguntou sorrindo.
— Eu não bebo mais . Pelo menos não estando longe do Niklaus.
— Ual, então quer dizer que ele está pondo a loirinha na linha? - Riu.
— Não é sobre estar na linha, é sobre perder o controle de si.
— Surpreendente o que meu irmão sabe fazer. Mas, podemos tomar um guaraná. - Ele piscou e eu sorri.
— Tem razão.
Fomos para a praça de alimentação do Shopping. Além de refrigerantes e porções de batatas com cheddar, Mikaelson trouxe - me uma coroa.
— Uma coroa, para uma princesa. - Kol chegou trás, beijou minha bochecha e colocou a coroa em minha cabeça.
— Porque o Niklaus não é como você?
— Oh, minha querida, ele é. - Proferiu acariciando minha bochecha. - Tudo isso e muito mais. Verá com o tempo.
— Acho difícil.
Rimos, comemos e conversamos durante mais de uma hora. Então, saímos do shopping e voltamos para o carro. Coloquei várias músicas e fomos cantando durante o caminho todo.
— Foi ótimo sair contigo, Caroline. - Kol disse assim que saímos do carro. — Espero repetir a dose em breve.
— Digo o mesmo. - Sorri docemente.
— Não vou dar outro beijo, por que se não já sabe né? - Ele riu e se aproximou com passos lentos.
— Já sei o quê? - Perguntei ao grudar meu nariz no dele.
— Sabe que eu vou perder todo o ar de mistério e de princepezinho dos contos de fada que eu consegui até agora. - Observei um sorriso malicioso surgir nos lábios do Mikaleson mais novo.
— Ora ora, olha o que temos aqui. Estava perfeito demais para ser verdade. - Acariciei o rosto de Kol entrando na brincadeira também.
— Calma, lorinha. Eu ainda não terminei. - Kol segurou minha mão. - Só não esquece que eu posso até ser o seu princepezinho, mas o rei é o Mr. Klaus Mikaelson. - Sussurrou sedutoramente no meu ouvido.
— Pode deixar, sempre vai ter um lugar especial no meu coração pro Klaus.
— Ainda é debochada. - Kol riu e segurou minha cintura. — Vamos ver até onde vai essa onde de odiar com todas as forças o seu noivo.
— Só vou dizer uma coisa. Você é demais, Kol. - Coloquei as mãos em sua nuca e roubei um selinho.
— Folgada. - Rimos. — Toma cuidado para ele não descobrir. Sou jovem demais para morrer. - Fomos adentrando na mansão.
— Pode deixar, Kol.
— Deixando bem claro que eu não ia fazer isso, mas já que você implorou lá fora com aquele selinho, não tem como te deixar na mão.
Mikaelson puxou - me para um canto da casa onde ninguém nos veria e deu - me mais um beijo daqueles. Confesso que nesse deu para aproveitar mais, já que Kol mostrou-me sua generosidade. Olha e como aquele garoto foi generoso, viu!? Enfim, logo após seguimos para nossos quartos.
— Não vai me contar o que aconteceu? - Rebekah estava na minha cama me esperando com uma cara nada boa.
— Não aconteceu nada Bekah.
— Claro, por isso que você está sorrindo igual a uma retardada. - Ela comentou. — Fala logo.
— Não tem o que falar.
— Claro, por isso que vi vocês se beijando na entrada da mansão. Fofo, não é mesmo?
— Rebekah, você diz aquele selinho? - Disse como se fosse nada. — Sabia que alguns irmãos dão selinho? Tem que repensar o que é um beijo de verdade.
— Você não me engana, Caroline Forbes. Aquele selinho que vocês deram na entrada. Sabe lá o que fizeram quando eu não estava vendo.
— O que não fizemos, só se for né Rebekah. Poupa meu tempo. - Proferi ao deitar na cama.
— Eu vi todo aquele clima, seus corpos colados, os narizes juntos, as mãos na nuca e na cintura. Está na cara que aconteceu algo, conta de uma vez.
— Rebekah pela milésima vez, não aconteceu! Se for para fica falando barbaridades, por favor se retire. - Sorri.
— Oh, não! Vocês transaram! Vocês transaram só pode. Caroline, por que você fez isso?
— Rebekah, se não se retirar desse quarto agora eu juro que vou até o quarto do Kol fazer coisas a quais você nem sequer ouviu falar na vida. - Alterei o tom de voz.
— É muito injusto você não me deixar saber o que aconteceu, Caroline. - Reclamou.
— Injusto é o ridículo do seu irmão chegar amanhã cedo de viagem e vir me acordar para desfrutar da inconveniente companhia dele. - Disse brava.
— Ah, então aconteceu algo.
— SAI DO MEU QUARTO! — Gritei.
— Tudo bem, eu saio. Só espero que você esteja ciente de que é com o Niklaus que vai casar e não com o Kol.
— Claro que estou. Afinal, de dez palavras que você fala, onze são sobre o Klaus. - Abri a porta do quarto para a Rebekah. - Boa noite.
Finalmente ela se foi e eu pude dormir de vez antes que o maluco do meu noivo chegasse de viagem. Estou vendo que será um longo dia.
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Sonhos mais loucos
RomanceCaroline Forbes, uma garota de dezoito anos orfã de mãe. Adora curtir tudo ao lado dos amigos (segunda família). Sua vida era perfeita, até o momento que Niklaus Mikaelson apareceu nela. A partir daquele momento, tudo mudou. Ele é um homem rico e...