Capítulo 17 - O irmão mais novo - Parte II.

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— Tá tudo bem, gatinha. Cuidado. - Ele proferiu quando esbarrei nele sem sem querer, já que estava um pouco escuro.

 Ao levantar o rosto pude ver seus olhos castanhos brilharem para mim. Sua respiração calma e lenta passaram pelos meus fios de cabelo loiros e seu cheiro mais que sedutor pairava sob meu nariz. 

  — Você tem certeza? - Foram as últimas palavras que saíram da boca do Kol antes do beijo acontecer. 

Ele sabia o quanto eu queria aquilo, até uma mula saberia. Bastou apenas um aceno com a cabeça para que Mikaelson segurasse meu queixo gentilmente e levasse-me de encontro as nuvens. Seu beijo era quente, aconchegante e tranquilo. 

Naquele dia eu soube qual era o significado de tortura... Os lábios de Kol deixando lentamente os meus, dando espaço novamente para o ar frio passar neles. 

— Vamos? - Ele proferiu após abraçar minha cintura, dando um breve beijo em minha testa. 

— Claro! - Peguei a bolsa e os baldes de pipocas vazios. Levamos nosso lixo até a lixeira e logo após saímos dali.

— Então, quer tomar algo agora? — Kol perguntou sorrindo.

— Eu não bebo mais . Pelo menos não estando longe do Niklaus.

—  Ual, então quer dizer que ele está pondo a loirinha na linha? - Riu.

— Não é sobre estar na linha, é sobre perder o controle de si.

— Surpreendente o que meu irmão sabe fazer. Mas, podemos tomar um guaraná. - Ele piscou e eu sorri.

—  Tem razão.  

Fomos para a praça de alimentação do Shopping. Além de refrigerantes e porções de batatas com cheddar, Mikaelson trouxe - me uma coroa.

— Uma coroa, para uma princesa. - Kol chegou trás, beijou minha bochecha e colocou a coroa em minha cabeça.

— Porque o Niklaus não é como você? 

—  Oh, minha querida, ele é. - Proferiu acariciando minha bochecha. - Tudo isso e muito mais. Verá com o tempo.

— Acho difícil. 

Rimos, comemos e conversamos durante mais de uma hora. Então, saímos do shopping e voltamos para o carro. Coloquei várias músicas e fomos cantando durante o caminho todo.

— Foi ótimo sair contigo, Caroline. - Kol disse assim que saímos do carro. — Espero repetir a dose em breve.

— Digo o mesmo. - Sorri docemente. 

—  Não vou dar outro beijo, por que se não já sabe né? - Ele riu e se aproximou com passos lentos. 

—  Já sei o quê? - Perguntei ao grudar meu nariz no dele. 

—  Sabe que eu vou perder todo o ar de mistério e de princepezinho dos contos de fada que eu consegui até agora. - Observei um sorriso malicioso surgir nos lábios do Mikaleson mais novo. 

— Ora ora, olha o que temos aqui. Estava perfeito demais para ser verdade. - Acariciei o rosto de Kol entrando na brincadeira também.

— Calma, lorinha. Eu ainda não terminei. - Kol segurou minha mão. - Só não esquece que eu posso até ser o seu princepezinho, mas o rei é o Mr. Klaus Mikaelson. - Sussurrou sedutoramente no meu ouvido.

— Pode deixar, sempre vai ter um lugar especial no meu coração pro Klaus. 

—  Ainda é debochada. - Kol riu e segurou minha cintura. —  Vamos ver até onde vai essa onde de odiar com todas as forças o seu noivo. 

— Só vou dizer uma coisa. Você é demais, Kol. - Coloquei as mãos em sua nuca e roubei um selinho.

— Folgada. - Rimos. — Toma cuidado para ele não descobrir. Sou jovem demais para morrer. - Fomos adentrando na mansão.

— Pode deixar, Kol.

— Deixando bem claro que eu não ia fazer isso, mas já que você implorou lá fora com aquele selinho, não tem como te deixar na mão. 

Mikaelson puxou - me para um canto da casa onde ninguém nos veria e deu - me mais um beijo daqueles. Confesso que nesse deu para aproveitar mais, já que Kol mostrou-me sua generosidade. Olha e como aquele garoto foi generoso, viu!? Enfim, logo após seguimos para nossos quartos. 

— Não vai me contar o que aconteceu? - Rebekah estava na minha cama me esperando com uma cara nada boa.

— Não aconteceu nada Bekah. 

— Claro, por isso que você está sorrindo igual a uma retardada. - Ela comentou. — Fala logo.

— Não tem o que falar.

— Claro, por isso que vi vocês se beijando na entrada da mansão. Fofo, não é mesmo?

— Rebekah, você diz aquele selinho? - Disse como se fosse nada. — Sabia que alguns irmãos dão selinho? Tem que repensar o que é um beijo de verdade.

— Você não me engana, Caroline Forbes. Aquele selinho que vocês deram na entrada. Sabe lá o que fizeram quando eu não estava vendo.

— O que não fizemos, só se for né Rebekah. Poupa meu tempo. - Proferi ao deitar na cama. 

— Eu vi todo aquele clima, seus corpos colados, os narizes juntos, as mãos na nuca e na cintura. Está na cara que aconteceu algo, conta de uma vez. 

— Rebekah pela milésima vez, não aconteceu! Se for para fica falando barbaridades, por favor se retire. - Sorri.

— Oh, não! Vocês transaram! Vocês transaram só pode. Caroline, por que você fez isso?

— Rebekah, se não se retirar desse quarto agora eu juro que vou até o quarto do Kol fazer coisas a quais você nem sequer ouviu falar na vida. - Alterei o tom de voz.

— É muito injusto você não me deixar saber o que aconteceu, Caroline. - Reclamou.

 — Injusto é o ridículo do seu irmão chegar amanhã cedo de viagem e vir me acordar para desfrutar da inconveniente companhia dele. - Disse brava.

— Ah, então aconteceu algo. 

— SAI DO MEU QUARTO! — Gritei.

—  Tudo bem, eu saio. Só espero que você esteja ciente de que é com o Niklaus que vai casar e não com o Kol.

— Claro que estou. Afinal, de dez palavras que você fala, onze são sobre o Klaus. - Abri a porta do quarto para a Rebekah. - Boa noite.

Finalmente ela se foi e eu pude dormir de vez antes que o maluco do meu noivo chegasse de viagem. Estou vendo que será um longo dia.

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⏰ Última atualização: May 19, 2019 ⏰

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