Capítulo quarenta / Ato cinco: Segredos

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Cada detalhe do rosto desesperado do garoto estava sendo guardado em minha vasta memória.

— Não... - Digo sincera sabendo que poderia me arrepender depois - Hoje eu não sei o que é amar - Fecho os olhos suspirando fundo.

— Como não sabe? - Ele diz se arrumando.

— Jisung, só esquece - Tiro o colar em meu pescoço e entrego em sua mão - Você sabe... Sabe que tentamos mas não irá dar certo - Digo sem expressão.

Eu caminho calma até a parte de fora da escola, eu retiro aqueles saltos desnecessários e caminho para a casa sozinha, chegando na mesma, meu telefone toca, era Jisung.

— Alô? - atendo o telefone.

— Eu não acredito - Ele solta uma risada nasal - Só quando brigamos você entende no primeiro toque.

— Jisung, não fui clara porem terminei com você, seja claro, o que quer? - Suspiro.

— Sei que terminamos e tudo mais, a mais ou menos meia hora atrás, mas por favor, abra a sua porta, juro que está é a última vez que tento correr atrás de você - Ele diz calmo.

— Não estou com cabeça hoje, tente outro dia - Digo sincera.

— Eu percebi que... Que você não está expressando sentimento algum hoje - Ele ri soprado novamente.

— Como sabe? - Digo calma.

— Porque eu te amo, e conheço a pessoa que eu amo - Ele diz sincero.

Eu desligo o telemóvel e jogo o mesmo na cama, eu desço as escadas e arrumo o vestido, coço meus olhos e abro a porta principal, Jisung estava lá, seus cabelos castanhos estavam levemente bagunçados por conta do vento, ele tinha aberto a camisa deixando amostra uma blusa azul bebê sem estampa, logo ele liga um rádio que havia trazido.

— Por céus! Pare isto é constrangedor e clichê de mais para mim - Dou um tapa em minha testa.

— Eu sei! Mas vamos fingir que estamos em uma história, certo? - Ele sorri sincero - Olá, querida desconhecida, acabei de chegar na cidade e estou sozinho, será que gostaria de dançar comigo? - Ele se aproxima e mostra a mão.

— Qual é o seu problema? - Digo séria tentando ir desligar o rádio.

O menino me impede me rodopiando, já havíamos feito isso antes, mas como eu ja disse não estou com cabeça para idiotisses.

— Só entre na brincadeira por dois segundos - Ele ri - Só por um instante, e veja como sua noite mudará - Ele afirma.

— Oh! Um homem desconhecido, seja bem-vindo a cidade, por que não dançar com você, não tenho nada a perder mesmo - Entro na brincadeira, levantando um leve sorriso.

Me junto a Jisung e começamos uma valsa, a noite escura deixava um ótimo destaque no sorriso do menino, ele me guiava desengonçadamente a dança, ele ria quando errava algo, pouco a pouco já estávamos nos acostumando.

— O quer com isso? - Digo não entendendo o menino.

— Uma grande paixão nossa, é a dança, então por que não descansar um pouco das coisas horríveis que passamos com algo que realmente gostamos? - Ele sorri - Eu quero juntar duas coisas que eu amo muito, a dança e você - Ele escolhe as palavras com cuidado.

— Você é péssimo com as palavras - Dou uma leve risada.

— Agora eu irei te girar - Ele da uma leve piscada sorridente para mim.

Ele me gira delicadamente e quando eu parei pude ver de perto a beleza do maior, seu sorriso delicado, seus olhos castanhos que levemente davam um contraste em seu cabelo, suas bochechas levemente avermelhadas, e seus rosto marcado.

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