Capítulo oito

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Pensar que acreditar nas pessoas é algo realmente inovador chega a ser engraçado, estava a caminho da escola, o moletom escondia tudo e mais um pouco, a tonelada de livros em minha mão e os fones em volume alto em meus ouvidos me deixava viva até a entrada da escola. Dou passos largos até meu armário, depois de errar algumas vezes a senha consigo abrir ele, arrumo minha mochila e finalemente esvazio minha mão, sinto um olhar sobre mim, ao me virar para o lado, Jisung disfarça mexendo em seu armário, tiro o ar pelo nariz e começo a andar, ainda sinto a sensação de ser observada, quando me viro lá estava ele, Park Jisung com suas lindas esferar amarronzadas grudadas em meu rosto.

— O que quer? — Me aproximo do garoto — Eu não aguento mais você com este olhar meia boca para cima de mim — Dou um sorriso sinico para o menino

Ele engole seco e olha para baixo, sem me responder começa a caminhar, eu me aproximo do mais velho puxando o seu ombro, ele volta com o olhar extremo de preocupação, seu peito subia descia ansiosamente, suas mãos tremulas e pálpebras que não paravam por um segundo, ele estava mais assustado que eu nesta situação.

— Você prometeu que ficaria ao meu lado no dia seguinte — Foram as únicas palavras que eu consegui soltar antes de começar a caminhar para longe, o menino segura s minha mão, não me deixa sair mas não diz nada. Fica assim por um longo período de tempo, encarando fixamente o chão, depois ele levanta o olhar e prende ele em mim.

— Me perdoe, de verdade — Ele tenta erguer um sorriso.

— Você é um ótimo ator sério, merece um prêmio por fingir que realmente se importa — Ironizo o desculpar do mais velho — Jisung eu só não queria te contar quem está me prejudicando, mas veja você, está me machucando também — Me solto do garoto — Posso ser irritante, problemática, chata, dramática pra caralho, mas foda-se! Você disse que ficaria, mesmo me conhecendo, você mentiu para mim, e isso me matou, então pare de fingir que se importa e nao agir como tal

Ando para o jardim que agora tinha ranço, mas o que eu poderia fazer? Identifiquei aquele lugar como refúgio e era assim que ele deveria se manter, me sento na janela e observo a rua através da mesma, a aula iria começar logo.


— Acho que não deveria se isolar tanto assim, se prender desta maneira não é bom — Uma voz agradável e grossa saia de um canto atrás de mim.

— Viva o que eu vivo, saiba o que eu sei, e entenda o significado de proteção assim você pode opinar sobre o que eu faço — Digo e olho para trás.

Olho para trás e vejo a imagem de meu sumido amigo, Jaemin, o sinal bate eu olhos para porta e logo volto o olhar para o espaço anterior e ele não estava mais lá. Minha mente criando soluções banais novamente, sendo assim eu estava errada, ela sabe muito bem a definições daquelas palavras. Caminho até minha sala, entro, me sento abaixo a cabeça e espero tudo começar, Hummy sempre perguntando se tudo estava bem, quando na verdade, estava tudo muito confuso para mim, se o karma existe, eu devo ter feito algo muito ruim pra estar tudo sendo uma bela de uma merda. Jisung entra e sem comprimentar ninguém se senta na carteira, coluna reta e cabeça abaixada, era assim que ele lida com as informações que lhe passei, a aula começa, espero o final da segunda aula para finalmente aceitar o fato de que estava perto de um ataque de ansiedade, peço para ir ao banheiro e o professor permite, corro para uma das cabines e me perco por ali mesmo, respiração realmente difícil, tremia incontrolavelmente, coração a mil e uma dor terrível no peito, certo desta vez não haveria treinamento de respiração e água que me salvasse do horror que começaria a passar, o medo me mergulhar em mágoas e como ato eu me abaixo, isso iria demorar, perdi o costume de passar por isso, já que faz aproximadamente quatro anos que isso não acontece, faz aproximadamente quatro anos que eu pude parar de pensar em meu futuro, e agora aqui estou, tendo de formular planos "infalíveis" para sobreviver e fazer que tudo reine em paz para as pessoas próximas, tento me regenerar depois de tanto choro e medo, me levanto e caminho até as torneiras me olhando no espelho, respirando fundo e lavando o rosto, tudo iria voltar ao normal, bebo água e retorno para a sala, os olhares preocupados direcionados a mim e cochichos que estavam entrando em meus ouvidos como zumbidos irritantes, eu odeio está sensação de ser observada e questionada de longe, aquilo me sufoca, me sento e Hummy limpa a garganta, ela sabe que perguntar não iria adiantar, então a garota se cala por um tempo.

— Olha... — Ela chama minha atenção enquanto o professor anotava algo na lousa — Eu não sei o que está havendo, o tamanho do problema mas... Eu estou aqui! E vai ficar tudo bem, ok? — Ela me conforta sorrindo de lado.

— Ok, obrigada Hummy — Suspiro levemente aliviada.

Era só isso que eu precisava ouvir, são essas simples palavras que irão me acalmaram e eu não fazia ideia.


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