Capítulo cinquenta e cinco

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Jaemin pov on ~

Assim que Jisung começou o seu primeiro descanso depois de semanas pegamos rumo para fora, roupas escuras e máscaras nos disfarçavam, não poderíamos arriscar e ser assaltados, estava apenas eu e Jeno que saímos escondidos dos de mais, o únicos em casa que sabiam eram Haechan, Renjun e Chenle, que iram ter de tomar cuidado. Pegamos algum táxi até a rua escura.
Caminhos por lá, havia casas caindo aos pedaços, casas instáveis e até algumas queimadas, aquele lugar era realmente deplorável e assustador, permanecemos atentos a janelas portas na esperança de ter alguma coisa que deixaria óbvio que era ali onde a mais nova se situava, vejo em uma das janelas a pista que buscavamos, o pequeno filtro do sonhos que eu havia feito para ela.

— É ali! - Pego o braço de Jeno e aponto aliviado.

— Como sabe? - Ele pergunta rindo.

— O Filtro do sonhos! Eu dei para ela a muito tempo, precisamos chamar a atenção dela de alguma maneira - Eu afirmo pensativo.

Logo ouço um som leve, Jeno jogava algumas pedras em sua janela, o que funcionou, lá estava a imagem da garota.
Meu coração dispara, era ela, estava com cabelos bagunçados e um moletom grande, assim que ela vê a gente suspira de alegria fazendo um sinal para que a gente espere. É possível ouvir passos rápidos vindo de dentro da casa, assim que a porta marrom é aberta, sai uma garota de braços abertos, ela nos abraça juntos, ela soluça de saudade e nos aperta forte, mas logo se separa suspirando.

— Vocês estão aqui - Ela desliza a mão em nossos rostos - Precisamos ser rápidos, vou levar apenas uma mochila mas preciso acabar de colocar coisas importantes lá, eu consegui juntar dinheiro essa semana para um hotel, preciso que um de vocês fique aqui fora para ver se meu tio irá chegar, ele deve estar vindo correndo agora que a porta foi aberta - Ela diz e tentamos acompanhar o seu rápido raciocínio.

— Jeno fique de olho, se esconda, se ele estiver vindo, me liga - Eu digo puxando a garota para dentro da casa.

Eu a ajudava guardando as coisas em sua mala, eu recebo o toque de Jeno, ele estava na porta, a garota tranca sua porta com diversas fechaduras.

— Droga, não temos mais tempo - Ela fecha a mala - O que podemos fazer.

— Bianca! - O homem sobe aos berros e começa a espancar a porta da menina.

Porém a expressão da garota era suave, ela estava calma e não tinha medo.

Bianca Pov on ~

Diria que medo não me definia, mas frustação sem dúvidas, o ponto final de meu plano acabou de ser encaixado, meses pensando e repensando, lutando e descobrindo, mesmo ele sendo frágil, ele tem aquele 01% de chances de dar certo.
Eu... Não vou deixar, sangue de amigos iram ser derramados se eu não intervir nessa destruição, se terei que derrubar sangue que não é meu para salvar meus amigos, assim farei, esse sangue será derramado sem piedade.
A porta de madeira é quebrada, deixando a imagem de meu tio aparente, ele suava e sua aparência estava deplorável, mas não me dava medo, ele avança para cima de mim, e logo se afasta com sangue escorrendo de seu peitoral.

— Sempre ando com canivete por precaução, lembra? - Olho para Jaemin que estava assustado.

  Uma risada exagerada e estrondosa sai do homem mais velho do local, o olhar sanguinário do meu tio se volta para mim.

— Sua avó irá pisar em seus órgãos espalhados pelo chão - Ele ri de mim.

— Não se eu pisar primeiro - Aponto o canivete pra sua jugular - Um leve corte nessa aveia e você morrerá lentamente as poças de sangue - Digo séria.

— Então vá! Me mate! Diferente do resto de sua família você é a UNICA que não consegue matar alguém, a única fraca - Ele alega ms desafiando.

Passo o canivete perto do local levemente fazendo um arranhão que até liberava uma grande quantidade de sangue, ele põe desperado a mão no local.

— Diferente de toda minha família eu tenho piedade do humano, eu posso sim te matar, passei perto por vontade própria, mas se continuar essa brincadeira adorável, seu corpo gelado terá contato quase que inteiro com esse chão - Digo piedosa.

Ele ainda tentava estancar o sangramento, o homem ameaça se aproximar e eu mexo em sua ferida na barriga com a mão, ele recua, e acaba se batendo contra parede e caindo ali mesmo, eu me aproximo rindo e limpo o canivete em sua roupa, ele me olha sério.

— Não quer ficar suja de sangue familiar? - Ele pergunta rindo.

Logo ele joga o sangue de sua mão em mim, apenas para me irritar, me levanto  saindo de perto, se não bastasse o homem pega meu braço e desliza sua mão cheia de sangue sobre meu braço e torço.

— Vamos embora - Digo pegando minha mochila e puxando Jaemin para fora.

Assim que na rua Jeno se aproxima preocupado, ele me analisa assustado.

— Está machucada? Da onde surgiu esse sangue? O que está havendo? - Ele me roda.

— Está tudo bem - Afirmo na tentativa de acalmar o garoto, o que foi em vão - O sangue não é meu - O garoto estica seus olhos assustados.

Um clarão obstrui minha vista, era um farol de carro, logo um garoto alto de cabelos esverdeados saiu irritado do carro, ele olhou para os meninos extremamente exausto e magoado.

— Qual o problema de vocês e... - Ele olha para mim assustado e congela - vo-você está bem? A quanto tempo não - Ele põe ambas as mãos em meu ombro preocupado - O que aconteceu? - Ele pergunta tentando não parecer assustado.

— O sangue não é meu e não... Eu não matei ninguém - Eu olho para baixo ainda confusa.

  O mais alto olha para os garotos que se mantinham perto de mim, eles tinham medo, o maior apena aponta o carro jogando a cabeça, indicando que os mais novos deveria entrar.

— Cadê sua mãe, pai, avó... Sei lá! Quem cuida de você - Ele ainda estava preocupado.

— Taeyong... Longa história - Fico meio inquieta.

— Vou ligar para a polícia - Ele pega o celular no bolso.

— Não faz isso! Por favor... Eu vou morrer se fazer isso - Digo segurando a mão do maior.

— Céus você matou alguém - Ele se afasta - Se for por legítima defesa você ficará impune.

— Eu não matei ninguém, esse sangue é de uma pessoa que se auto mutila - Não vou mentir - Esse sangue é do meu tio, ele é meio louco, e eu quase morri em suas mãos, se ligar para a polícia eles vão vir e me levar para lá, meu tio tem contatos lá, apenas uma ligação para que me liberem pra ele e bom... Minha morte é garantida - Digo séria - Não gosto de contar essas coisas.

— Eu não sei o que fazer - Ele afirma - Eu confio em você, afinal os meninos estavam ao seu lado sabem o que aconteceu - Ele coça a nuca - O que eu faço com você?

— Me deixe aqui, eu sei me virar

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