capítulo sessenta e três

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Estávamos no parque, Jisung vire e mexe observava o relógio ansioso, ele me olha alegre como se fosse me entregar o maior presente de minha vida, o que até então, não era mentira.
Eu olho para os lados esperando alguém perder no pedra papel e tesoura para a decisão de quem iria no balanço primeiro, Jisung se aproxima de mim me abraçando por trás.

— Olha, quem diria — O garoto inicia a sua linha de raciocínio — Estamos juntos, sabemos que vamos ficar juntos... Não tem nada para nos impedir, quem diria não? — A alegria do menino sem dúvidas era contagiante.

Eu solto o ar pelo nariz e um sorriso sincero, meu olhar se focaliza na imagem masculina vindo em nossa direção.

— Kawan? — Pergunto incrédula — Eu achei que era a... — Antes da frase ter seu fim a menina se aproxima de nós olhando para nós estranho — Mary.

— Ora ora! Chegaram! Até que enfim — Jisung se afasta de mim alegre.

Ele sorria igual uma criança e sua energia era boa, o garoto olhava para os dois com olhos manipuladores. A menina que acabará de chegar olha para Kawan confusa, o mesmo retribui com um olhar similar, sendo assim... Eu fui enganada por anos? Eu não acredito...

— Eu não acredito! — Digo antes de Jisung começar as suas explicações — Você me traiu por anos! Anos! Eu estou incrédula... O que, o céus — Eu começo a andar de um lugar para o outro.

Eu acreditei conhecer Kawan, eu pensei que sabia o ler! Mas era tudo parte do plano! Mas... Dela ou...

— Você saca as coisas rápido minha rosa — Jisung da uma piscadela para mim.

— Quem foi? — Me aproximo de Kawan apontando o dedo em sua face — A mãe dela? — Aponto direto para Hummy que fica completamente confusa — Ou o pai dele? — Agora era Jisung em frente ao meu dedo.

— Quem foi o que? — Olhar falso e boca trêmula, ele sabia.

— Vai continuar se fazendo de sono filho da puta? Eu posso ter sido uma idiota pra caralho, mas eu já percebi ok? Percebi que durante tanto tempo, era você! Você do meu lado fazendo isso — Lágrimas irritadas saem de meu olho.

— O que está havendo aqui? — Jaemin se aproxima de nós confuso.

— O pior... É que faz todo sentido! Você chegou logo depois do Jisung ter terminado com Hummy e-e o Jisung estava com uma relação estranha com Mary, a mãe dela sabia disso! Sabia que eu e o Jisung iríamos acabar voltando a se falar, ela não poderia deixar... Então ela trouxe você de volta ao jogo não é? Você sabia que eu gostava de você... E aquilo foi falso. O pior é que eu senti, senti que faltava vontade sua naquele beijo! Eu sabia eu só me fiz de cega! É claro! — O quebra cabeça estava finalmente se encaixando direito.

— O que a minha mãe tem haver com isso? — Hummy me pergunta confusa.

— Hummy... A sua mãe e a minha se odeiam. A minha família tem intriga com diversas outras — Eu me aproximo da menina apoiando a mão em seu ombro — E a sua não deixa de ser uma delas.

A menina fica confusa com a informação contida, um choque talvez, mas sua mente encaixa as peças lentamente, seus olhos esticados e boca semi aberta indicam que ela entendeu.

— Rápida como um gatilho — Jisung estava alegre com finalmente expor a verdade — Ela é invenção de meu pai, já ele, da mãe dela — Suspiro longo.

— Obrigado — Kawan revira os olhos.

— Eu poderia meter um tiro no meio dessa sua cara de japonês filho da puta, eu ia adorar ver seu sangue escorrer pelo chão — A ameaça ao garoto deixam todos assustados — Desculpa — Fecho meus olhos voltando a mim — Eu só... Não estou sabendo lidar — Começo a caminhar para um pouco mais longe dali.

— Candy! Não é bem assim — Ouço a voz de Kawan e ele corre para me acompanhar.

— Então é como? — Pergunto para o menino.

— Eu queria ser seu amigo, eu juro, eu sou! — Ele se desespera, mas não era por preocupação direta a mim.

— Kawan você sabia sobre meu irmão? — Pergunto e o garoto balança a cabeça negativamente, mas era óbvio a mentira — Por sorte suas mentiras não me atingem mais — Olho para o garoto procurando respostas. Roupas novas, celular novo, cabelo cortado recentemente — Perdeu sua fonte de renda foi? Não vai sobreviver muito tempo.

Me afasto do garoto novamente,  eu vou para bem longe do grupo de pessoas, as ameaças da minha tia vieram da minha avó sem dúvidas, agora os da minha mãe, vieram da mãe de Hummy, sendo assim, eles estão com ela. E era exatamente para onde meu corpo estava me levando,  me aproximo da casa da menina e toco a campainha, a moça de cabelos tingidos de preto abre, estava sem avental e pantufas, estava assunto televisão provavelmente pelo som.

— Onde estão meus pais? — Eu digo e a moça ri.

— Não sei do que você está falando — Ela nega com a cabeça.

— Acabou, minha avó morreu, a briga pode ter seu fim, eu quero os meus pais! — Grito com a pessoa na qual eu já recebi muito carinho — Me devolva — Bato em minha cabeça, oh céus eu estava explodindo.

— Não é tão simples menina, dedurar é fácil de mais para você — Ela observa meu desespero e ri.

Um suspiro fundo, olho para baixo uma batida na minha roupa e eu fecho meus olhos voltando ao meu normal... Ou quase isso.

— Me diga onde eles estão, ou a sua morte será um acidente — Ergo a cabeça abrindo lentamente meus olhos — Você quer brincar comigo? Eu tenho armas poderosas contra você vadia — A ameaça nunca foi tão séria em minha vida.

Sim, eu estava disposta a matar, a destruir e destroçar qualquer um que me fudeu e ainda me fode de alguma maneira. A moça realmente se assusta mas toma a si, ela joga o cabelo para trás pensativa.

— Mentiras não me atingem — Ela engole seco assustada.

— Você realmente acha que a minha avó foi um triste acidente? E o meu tio no Japão? Eu posso ter alma e coração ainda, mas manipulação comigo não mais — Nego com a cabeça certa do que dizia — Hummy precisa de uma mãe não é? Então sem derurar você.

— É... Mas você também precisa — Ela me observa com uma expressão preocupada.

A carta não era falsa...

DOLLAR DOLLAR ←NCT DREAM (REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora