capítulo sessenta e dois

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Olhos fechados cabeça abaixada e peito instável, era assim que Park Jisung se localizava na sala. Mente cheia de preocupações e medo incontrolável, era assim que Park Jisung estava.
Eu me levanto como se estive acabado de acordar depois de anos, o menino muda sua expressão para algo suave, mente vazia, coração sossegado, o que ele me esconde?

— Bom dia! Dormiu bem? — Ele pergunta com um largo sorriso no rosto.

Sorriso no qual - Se eu não o conhecesse - diria que era alegre, ele se aproxima acariciando levemente meus cabelos bagunçados por conta do sono.

— Dormi sim e você? — Digo analisando mais um pouco da reação do menino.

— Muito bem! — Mais uma mentira.

Olheiras grandes, a mesma roupa de ontem, cabelo organizado, olhos pesados e costas acorcundadas, mesmo seu tom de voz e sorriso estivessem de acordo com o que ele disse, o restante de seu corpo nega isso.

— Jisung, posso lhe fazer uma pergunta? — Perguntei me virando para o garoto que concorda rapidamente — O que você está escondendo? Por que está mentindo tanto para mim?! — Digo querendo a maior sinceridade do garoto — Não adianta inventar desculpas, eu vou te ler, sei que agora consigo.

Inicialmente Jisung era um ser humano que para mim, era impossível de ler, seus sentimentos eram muito explosiveis e suas razões em maiorias desconhecidas, sua maneira de agir era confusa e imprevisível, Mas depois de quase dois anos com o garoto, eu aprendi a ler o mais velho. De modo defensivo Jisung se afasta um pouco suspira jogando seu cabelo para trás.

— Incrível — Ele diz sorrindo, agora sim, sinceramente — Bem, eu sei que nada acabou ainda, eu sei que você tem dúvidas, eu sei que coisas não estão se encaixando aqui — Ele diz observando cada canto de minha expressão — E eu sei quem é a resposta — Ele se aproxima e da um leve selar em minha testa — E assim que você melhorar, vamos resolver isso, de maneira perfeita, sem medo e com um belo plano — Ele diz e sai da sala.

Bem, nem parece que toda a bagunça que mudaria tudo aconteceu ontem, depois de alguns investigadores me lotarem de perguntas, tudo estava ok, minha tia concordou em ficar com minha guarda e o resto era uma incógnita,  eu estava livre de ter que ir para delegacia e teria de ir embora com a minha tia. Estava tudo bem, eu só estava aqui para observação iria sair ainda hoje.
No final da tarde um médico veio para efetuar alguns exames e me liberar, minha tia me levou para casa, minha casa antiga, já que a da minha avó estava... Como podemos dizer? Um pouco quente. Entro no meu quarto, estranhamente ele estava montado, armário lotado de roupas novas - Todas muito bonitas - tudo organizado e enfeitado para mim.

— Bianca... — Minha tia bate na porta — Gostou? — Ela pergunta sorridente e eu concordo com a cabeça — Bem, eu e seu namorado arrumamos para você — Ela sorri de lado e entra no meu quarto — Você nos livrou, nos livrou dela, nos livrou de tudo! Obrigada, obrigada de verdade... Eu não sei se você sabe o que fez ou acabou fazendo sem querer mesmo...

— Disponha — Respondo a mulher sorrindo — Eu sei quem era a minha avó, sei o que ela fazia com você, eu sei de tudo — Eu observo a minha tia séria.

Ela nega com a cabeça e se senta em minha cama, ela enche os pulmões procurando palavras corretas para serem dirigidas a mim.

— Eu lhe devo desculpas, o que eu te disse naquele dia, foi péssimo, mas foi...

— Tudo planejado por ela? — A Interrompo sabendo do ocorrido.

— exatamente, eu e sua mãe não tínhamos como fugir do que a sua avó fazia, ela sempre tinha uma forma de nos controlar... Agora que ela se foi, estamos livres! Eu posso ser feliz, eu posso fazer o que eu quiser sem ter medo! E eu devo isso a você! Eu prometo que irei cuidar muito bem de você, tá? Eu vou achar um bom emprego, vou trabalhar duro para deixar você e Manu bem de vida — Os olhos da mulher brilhavam com os seus planos de futuro.

— Obrigada — Agradeço a mais velha por isso.

Ela me abraça e eu retribuo, eu sei que ela não teve culpa, eu sei que ela não tem culpa, e isso já era o suficiente para perdoar o que ela fez, Eu me jogo na cama e observo as diversas estrelas e planeta de plástico neon coladas em meu teto, logo meu telefone começa a tocar, era Jisung quem me ligava.

— Alô — Atendo abrindo um sorriso no rosto.

— Julieta, onde estás tu? Oh Julieta — Ele diz segurando o riso.

— Jisung, o que você quer? — Corto o barato do garoto rindo.

— Gente que menina chata — Ouço a voz de Renjun de fundo.

Estava no viva voz, ótimo.

— Olá Injunie como vai? — Digo rindo mais ainda.

— Bem, obrigada — Ele responde me acompanhando no riso.

— Olha, eu adorei o sua namoradarei de balanço no seu quintal, realmente agradável de mais! — Ouço Chenle dizendo.

— Desço em seis minutos, amo vocês — Digo desligando o telefone.

Me espreguiço, vou ao banheiro tomando uma ducha rápida, pego algumas roupas agradável em meu armário e visto, um dia quente pede um vestido leve com um tecido xadrez na cor verde claro com mangas caídas e uma pequena alça, ponho um tênis sem cadarço branco penteio e prendo meu cabelo em uma rabo de cavalo alto e desço as escadas correndo abrindo a porta lentamente.

— Eita quanta gente — Foi a primeira coisa que eu disse quando vejo meus amigos em meu quintal.

Sem pensar duas vezes corro em direção ao Jisung, pulando em seu colo e distribuindo alguns selares em seu rosto, depois comprimento o resto dos garotos com palavras graciosas e abraços longos.

— aliás! — Jisung chama minha atenção entregando uma caixinha.

Abro o pequeno compartimento e dou um sorriso agradável, era mais um pingente para minha pulseira, uma flor de Sakura.

— É linda — Afirmo encaixando o novo enfeite.

Aquele pingente sem dúvidas teria mais significado que os outros, afinal, foi comprado no aeroporto antes do meu voo de volta para a Coreia, Jisung e eu decidimos que iria por apenas depois deste plano dar certo, então temos um marco conquistado.

— Eu chamei alguém a mais para hoje, vamos para a praça marquei de encontrar ela lá! — Jisung anuncia para os demais presentes.

Hummy estava conosco, cabisbaixa mas estava, o grupinho estava completo a não ser que... Só pode ser.

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