Capítulo cinquenta

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Eu solto um longo suspiro, olho para os lados evitando o choro, eu encaro Jisung e meus olhos estavam cheios.

— Você sabe que isso tem acerto, que tem solução! Sua mãe já não está mais aqui, ela não tem como te manipular! Para de se machucar - Ele afirma, Jisung estava certo.

— Jisung, ainda tem minha avó, ela que começou essa merda. - Comento e o menino trava

Mas ainda havia a minha avó o que ele não sabia é que a história é muito mais longínqua do que ele sabe, eu vou arriscar, eu preciso acabar e sei como por um ponto final nisso, as possibilidade de dar certo são pequenas mas ainda existentes.

— Pior ainda! Sua avó tem menos haver com sua vida do que sua mãe! - Ele suspira - Bianca o que você esta fazendo, não  está ajudando a você e muito menos a mim - Ele afirma certo do que dizia e se aproxima - Eu não consigo te esquecer, e não é porque eu não quero, é porquê é impossível para mim! O que você está fazendo não está me ajudando, ajudando a minha família ou te ajudando! Eu só quero ter você, mesmo que isso signifique tirar meu nome ou até fugir, mas pare de me torturar, por favor, deve haver alguma solução, sempre tem uma... - Ele olha em meus olhos.

Tinha uma, eu sempre tive esse plano, mas nunca quis ocorrer a ele, pois é demorado e complexo para ser concluído, e caso eu de algum passo em vão tudo vai para os ares e eu posso até morrer... Mas, o que eu tenho a perder? Aliás, está perto do tempo, então se eu for fazer, tem de ser agora.

— Jisung... - Ele me olha - Tem solução, eu vou tentar... se algo me acontecer, se eu apenas sumir sem se quer dar motivos, fale com o seu pai, sei que parece loucura, mas acredite em mim, pode dar certo ou apenas... - Eu suspiro - Fique longe de minha família, qualquer parte dela, e não contem nada para Humny, Até mais - Começo a correr em direção à minha casa.

A história de nossa família é muito mais longínqua do que Jisung sabe, isso começou pelos nossos avós e se bobear bisavós, minha avó manipulou minha mãe e está disposta a me usar também e tudo isso na base do dinheiro que ela quer, toda a base de meus problemas são causados por causa de dinheiro, isso é a realidade que vivo, eu preciso me concentrar e efetuar cuidadosamente o plano que acabei de montar, qualquer deslize e tudo irá dar errado, por isso preciso que tudo dê certo.
Chego em casa depois de uma longa caminhada, abro a porta me preparando para o plano, jogo a mochila em um canto pensando nas palavras corretas.

— Como foi a aula hoje? - Minha avó sorri.

— Terrível! Eu não aguento mais - Afirmo subindo as escadas.

— Como assim? - Ela pergunta.

— Pare com esses joguinhos! Desista! Não finja um interesse em mim! Não serei manipulada por você, eu não suporto o fato de pensar estar traindo alguém que gosto, ou seja, nunca na vida a senhora vai conseguir algo de mim, eu vou conseguir ser feliz sem você ter um dedo no meio de meu relacionamento com o Jisung! - Aperto minha mão nervosa e ameaçadora.

— Você se envolveu emocionalmente com quem não deveria, você sabe disso, não sabe?

— Me envolvi com quem eu queria me envolver - Me defendo.

— Olha aqui, eu te coloquei perto dele, e posso muito bem tirar.

— Co-como? - Digo quebrando minha imagem ameaçadora.

— Pois muito bem, será castigada - Ela abre o celular e depois de um curto período de tempo sorri - Arrume suas coisas, você irá para longe amanhã - Ela sorri de lado.

— Ficarei longe? Até quando - Pergunto intrigada.

— Sem passagem de volta, vai morar com seu tio no Japão - Ela pisca para mim, arranca o celular de minhas mãos e desce as escadas.

— Seu plano nunca irá dar certo sem mim - Afirmo descendo e parando no meio das escadas.

— Se acha tão importante assim? Você não é nada, pode ser facilmente trocada e jogada fora como um peão, Manu ela é mais agiu que você, agora vá arrumar suas coisas! Amanhã de manhã  eu não quero mais ver a sua cara - Ela apenas abana as mãos.

Eu subo pisando forte empurro a porta com força e mergulho em lágrimas... Começamos com o pé esquerdo já, estou surtando, estou em um completo caos, está dando errado, isso não vai dar certo, me arriscando e ficando longe de quem amo por quê? Para quê?
Rápido e extremamente nervosa jogo todas as roupas em minha cama, alguns cabides acabaram quebrados no processo, armário vazio pego fotos dentro de alguns álbuns e guardo, sem celular, computador ou qualquer fonte de ligação com o mundo eu tinha no momento, e duvido ter um tão cedo... Pro Japão? Não sei falar nem o básico de Japonês direito, a única sorte que eu tenho é que o coreano é parecido com Japonês, ela quer me deixar burra, leiga ao mundo, nem piedade com a menina que cuida da casa ela se opôs a ter... É claro que não, não teve piedade nem com as filhas imagina com suas netas, conturbada e perturbada! Essa mulher é completamente louca e deveria estar presa, ou em um centro psiquiátrico.
Assim que as malas estavam prontas, o horário batia as seis horas da manhã, passo a noite em claro e chorando deixou uma dor de cabeça extremamente insuportável.

  — Um carro te aguarda na frente de casa - Minha avó bate na porta.

— Estou com fome... - Afirmo fraca.

— Bom, vai logo embora que o quão mais rápido chegar mais cedo irá comer, agora saia logo daí - Ela diz fria.

Eu abro a porta carregando duas das quatro malas, ela sorri cinicamente para mim e pega as outras duas malas, as malas são jogadas no porta malas do Taxi, ela abre a porta pra mim alegre.

— Se alguma coisa estiver por aqui, me mande pelo correio - Digo entrando.

— Se alguma coisa foi perdida, é porque não é necessária, e se não é necessário, deve ir para o lixo, entendido? - Ela fecha a porta do táxi.

Ela acena falsamente enquanto o táxi anda. Simplesmente descartada...

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