Capítulo sessenta

149 17 2
                                    

Checo as mensagens em meu celular - no qual havia recuperado - finalmente estava em dia, avisei a Hummy e aos garotos que estava tudo bem, deixo cada detalhe da casa arrumado para o grande triunfo, preparo as coisas com cuidado, me sento no sofá e ligo a TV, era terça feira, estava na casa de minha avó sozinha, logo ouço as trancas da casa sendo abertas.
A cena da mulher paralisando na porta e depois rindo era um tanto quanto amedrontador para mim, um calafrio percorre minha espinha, um medo me vem e eu percebi que não estava pronta, ponto final, agora não havia como voltar atrás, então enfrentar e se der errado viver - ou morrer - com a culpa.

— Diria que não estava esperando você mas... Previsível de mais querida - Ele sorri de maneira sarcástica.

— Obrigada, tento me comparar a senhora! Vejo que cheguei a nível - Uma piscadela rápida e eu me levanto - Seja bem-vinda de volta, como foi a viagem? - Uso uma leve falsidade envolvida com ódio.

— incrível diria eu! Lhe trouxe até um presente - Ela ri e logo em seguida busca algo em sua bolsa.

— Uau! Do Japão?! O que pode se... - Engulo seco ao ver uma pistola em sua mão.

— Você sabe que eu posso acabar com você de uma maneira na qual nem o seu nome irão se lembrar - O sorriso desagradável e a risada que amedronta aquela mulher fazia questão de demonstrar.

— Adivinha vovó - Ergo o mesmo sorriso que ela - Eu também posso - retiro da mesa de canto uma arma - péssimo esconderijo para alguém que limpa a sua casa, não acha? - A batida de canto de olho demonstrava que a mulher estava irritada.

Começo a examinar a mulher em minha frente.
Cabelos bagunçados e olheiras grandes indicando que dormirá no avião mas não durante a viagem, calças sujas com respingos isso prova que veio andando para casa, suor em  face e braços, estava por baixo do sol, ou seja, se agora está frio ela está desde manhã caminhando... Ela está exausta, isso é perfeito.

— Me lendo não é mesmo? - Ela ergue a sobrancelha calma - É claro que está.

Cabelos com continuação escura porém raiz branca, a mesma não pinta faz tempo, indicando algum tipo de falta de tempo ou preocupação, roupas manchadas de alguma tinta em tonalidade azul? O que isso significa.

— Evito fazer isso com gente horrível - Menti para ter mais tempo.

Tempo para fazer algo mas não se cuidar? Espere... Dinheiro dentro de envelope dentro de seu bolso iria para... Firtewood, agora o que é isso, eu não faço ideia... Espera! Em cima de seu criado mudo, um planfeto de um centro de idosos, perfeito, já sei onde meu avô está preciso realizar perguntas específicas com respostas viáveis.

— Então é verdade! A senhora realmente mandou meu avô para um centro se idosos? - Simples pergunta.

— Quem te contou?! Como você sabe? Foi ela? - Ela se assusta.

Ela? Ela quem? Preciso de mais detalhes... Eu ergo um sorriso de lado sarcástica, ela estava tremendo, estava em minha mão, eu só não sabia como manusear a mulher para que não haja uma maior desconfiança.

— Venha aqui, sente-se, vamos conversar de neta para avó - Ergo um sorriso prepotente e a mulher ri.

— Nunca, não vou te obedecer - Ela revira os olhos.

A torre quase desmorona, porém apenas me notifica que ela está cansada, mas não o suficiente... Preciso enrolar e ganhar tempo.

— Vejo que seu plano não está dando certo, não é mesmo? - Digo ergo uma sobrancelha de modo irônico.

— O seu está muito menos, não é?! - Ela sabia o tipo da minha arma.

A dela era uma pistola automática, a arma me pegaria antes de pensar duas vezes, mas por sorte, a minha tinha um gatilho leve, era apenas um deslize que a mulher em minha frente estaria no chão, por isso ninguém Tirou até agora.

— Relativo vovó - Estava na hora de arriscar - Eu fiz o almoço gostaria de um pouco? - Me viro e caminho até a cozinha.

Ela não atirou, estava claro que ela gostaria de saber como eu descobri isso. Ela não deixava de apontar a arma para mim, ela se senta na mesa mostrando seu imenso cansaço, ela limpa o suor de seu pescoço com um pedaço de papel, o que era aquela coisa azul em si?! Se fosse algo derrubado na rua ela teria percebido e batido na tentativa de tirar, mas eram gotículas perfeitamente alinhadas, que se afetaram somente com o vento e o movimento dos passos.

— Por onde andou? Quase matou seu tio e depois foi a onde? - Ela pergunta evoluindo um assunto.

— Aah! Você diz como se não soubesse - Me viro calculando sua expressão.

Primeiro confusa, depois instável? Não foi ela que mandou a bendita carta, como? Quem... Mary! Só pode ter sido, tudo faz sentido agora. Eu vou para a mesa mas deixo o gás do fogão ligado, o aromatizante funcionava para confundir o cheiro, logo estaria completo, mas preciso que ele chegue logo.

— We got that boom boom boom - Começo cantarolar leve e logo solto uma risada - Boom boom - A música havia algo com plano, ela precisa desconfiar, mas em um tempo certo.

Ela me olha estranha sem tirar a arma de minha mira, o olhar prepotente mostrava um medo no qual ela não expunha.
Batidas rápidas na porta, droga, não vou conseguir tirar nada dela e vou perder tudo! Foco, o principal objetivo é levar está velha para fora.

— Eu atendo - Ela ri e caminha até a porta.

— Antes da senhora finalizar isso acabando com a minha vida, retire uma leve dúvida de mim? Gostaria de morrer sem elas - Digo cerrando os lábios.

Passei uma certa confiança para ela, deixei alguns indícios de que meu plano havia falhado, através de expressões e ações como a parte do sofá ou a da carta, ou seja, ela me deu como rendida quando ela não faz ideia da metade.

— Claro, avontade - Ela vira para mim dando de ombros.

— Se você odeia tanto a família Park, por que as cartas? - Ergo um sorriso

— Você sabe delas, uau, impressionante, mas... Elas não são minhas - Meu sorriso desfaz - É mais longe do que imagina, aliás, seus pais não estão mortos - Certo a moça no qual ela afirma, não é minha mãe.

Não faz sentido! Mary trabalha para minha avó, mas não contou de primeira onde estávamos, cada vez mais duvidas estavão sendo criadas e nenhuma resposta concreta eu continha. Ea sorri e logo vira a maçaneta.
Eu dou dois passos para trás indo para o jardim, o meu amado "professor" entra apontando a arma para mim, logo o disparo é dado, duas armas, os tiros em meus ombros, como eu pensava, sou impulsionada para trás, a cerca já estava pronta, meu peso a empurra já que a mesma havia sido arrumada para cair com um leve impulso, atravesso com a força do tiro e boom, a grade casa estava no chão.

DOLLAR DOLLAR ←NCT DREAM (REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora