Capítulo 16.

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🚫Proibido para mim?🚫

Essa semana estou indo à escola somente para resolver os últimos preparativos sobre minha formatura. Quando estou saindo, não acredito quem vejo me esperando, ainda bem que a escola está vazia, pois se essa cadela me provocar não respondo por mim. Passo por ela pra ir ao ponto de ônibus, já que a van está de férias.

– Caso você não saiba, sua pirralha, estou aqui para falar com você. – Ela fala com ódio na voz e me puxa pelo braço.

– Não tenho nada para falar com você! – Eu a olho com deboche.

– Você acha mesmo que vai ficar com seu tio, se enxerga Sophie! Ele é homem e você uma menina

– UMA MENINA! que o deixa louco na cama e fora dela também. – A interrompo, não quero continuar com esse bate-boca que não vai levar a nada.

– Sua pirralha! – Helena vem para cima de mim e só espero o tapa que não vem sou puxada e protegida por uma muralha, aí é que noto que é o Pedrão.

– Quando Marta me disse, não acreditei! Você está ficando louca, Helena! – Pedrão tenta argumentar com ela, enquanto me abraça.

– Só queria deixar claro para essa pirralha que não vai ficar assim o fato dela ter melado meu namoro com seu tio. – Ela aponta o dedo com fúria no olhar.

– Para com isso, Cadelena. – Falo com deboche.

– Você me chamou de quê? – Ela pergunta incrédula.

– Ah! Me esqueci que você não conhece seu apelido! – Comento como se esse apelido não significasse nada

– Sua vadiazinha ordinária! – Ela vai com tudo pra cima de mim e Pedrão fica no meio de nós duas.

– Sophie, vai embora depois conversamos. – Ele segura Helena, enquanto insiste para que saia logo dali.

– NÃO! Pode deixar que vou embora, não quero mais saber de vocês! Pedrão pode me soltar, estou mais calma, realmente não sei o que se passou na minha cabeça, por me rebaixar a esse nível.

Pedrão a solta e rapidamente ela vem atrás de mim, me derruba com um empurrão, corre em direção ao seu carro e sai em disparada.

– Pedrão me levanta do chão e me dá um abraço. Começo a chorar – Não fica assim, Sophie! – Ele me pede enquanto alisa meu cabelo, tentando me acalmar. – Você se machucou? – Ele pergunta preocupado, enquanto me analisa.

– Não! Estou bem! Pedrão, preciso ir! Tenho aula e já estou atrasada.

– Então vem, vou lhe deixar em casa. – Ele segura minha mão e me guia até seu carro, abre a porta, com toda gentileza, para eu entrar e saímos logo dali.

– Obrigada, se não fosse por você, talvez estivesse com um vídeo no YouTube mostrando a Cadelena, em fúria, agarrar e puxar meus cabelos. – Falo sem graça pela situação.

– Só quis ajudar, não precisa agradecer.

– Posso lhe pedir uma coisa? – Pergunto meio sem graça.

– Pode. – Ele me olha curioso.

– Queria que você não contasse essa palhaçada, não quero trazer mais aborrecimento ao Héctor. – Peço com os olhinhos de cachorro que caiu da mudança, esperançosa por ele aceitar.

– Tudo bem! Entendo o que você quer dizer, é muito problema para um casal só, não vamos levar mais esse pra ele.

– Muito obrigada! – O abraço em agradecimento e beijo seu rosto. Saio como uma bala para me arrumar e chegar a tempo no cursinho.

Proibida pra mimOnde histórias criam vida. Descubra agora