Capítulo 26.

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Proibida pra mim

- Héctor... - Me ajoelho perto dele para ver se está machucado.

- Você está bem? - Pergunto preocupada.

- Estou. - Ele senta e lança um olhar triste para meu pai.

- Me diz que é mentira Héctor. - Meu pai está transtornado. – Me diz que não ouvi isso da sua boca.

Héctor está com as pernas encolhidas e as mãos abraçando o joelho, ele ao ouvir o que meu pai diz abaixa a cabeça entre os joelhos.

- Eu amo a Sophie! - Ele ergue a cabeça e olha profundamente pro meu pai.

- Seu filho da puta... – No momento que meu pai ia partir pra cima do Héctor, eu não permito, assim como minha mãe.

- Não pai, não Heitor! - Falamos juntas. Ele para com minha mãe segurando seu braço.

- Vamos para a casa, aqui não é lugar de termos esse tipo de conversa. - Minha mãe pede ao meu pai.

Ele se vira nos fuzilando com o olhar. - Quero os dois em minha casa agora. - Meu pai aponta o dedo entre nós dois e sai com minha mãe.

Olho ao redor e vejo algumas pessoas no jardim, junto estão os amigos dos meus pais, Dona Neide fica com a mão na boca com uma expressão horrorizada, Dr. Juarez está com as mãos no bolso balançando a cabeça em negativo.

Héctor se levanta e vamos em silêncio para o carro, a única coisa que eu quero é sumir daqui.

- PORRA! - Ele grita batendo com força no volante, fazendo-me dar um salto no banco do passageiro, pelo susto que levei. - O que eu temia aconteceu, Heitor descobriu da pior forma possível.

- Não fica assim, vamos resolver isso e o que eu temia não aconteceu, ele não passou mal.

- Antes levar um soco do que vê-lo indo parar em um hospital. Héctor comenta decepcionado.

- Aonde você conheceu esse mauricinho idiota Sophie? – Héctor me questiona.

- O conheci em uma casa noturna, tinha perdido uma aposta e as meninas o escolheram para eu beijar. Héctor... – Seguro sua mão. – Do mesmo jeito que você me disse ter cometido uns erros que não se orgulha eu também cometi, então não adianta ficarmos remoendo o que aconteceu, temos um problema maior para resolver e esse problema se chama Heitor.

- Você tem razão. – Ele levanta minha mão e a beija.

Vamos para a casa dos meus pais e ao chegar ouço seus gritos em uma discussão acalorada com minha mãe.

Meu pai ao nos ver se cala e aponta para o sofá, onde minha mãe está sentada.

- Quero saber de tudo! - Ele fala com rancor na voz.

- Pai, Heitor... - Héctor e eu falamos juntos.

- Quero falar primeiro Héctor. - Coloco minha mão na sua, meu pai as fuzilam com o olhar, mas não retiro minha mão da dele, pelo contrário entrelaçamos nossas mãos, lhe mostrando que nós dois juntos somos fortes.

- Pai... - Suspiro e começo meu relato, contei-lhe que me apaixonei pelo Héctor desde o momento que desci as escadas para conhecê-lo, que nunca o vi como tio e que nós tentamos não nos envolver, mas nosso amor foi maior e acabamos ficando juntos, contei que minha mãe descobriu e foi por isso que ficamos esses anos separados, e mesmo assim não deixamos de nos amar e agora queremos ficar juntos, sem medo, receio ou vergonha e não queremos mais esconder isso de ninguém.

Meu pai em momento algum me interrompeu somente me observou com seu olhar de águia, analisando todo contexto.

- Heitor, eu amo a Sophie, nunca amei um pessoa como a amo...

Proibida pra mimOnde histórias criam vida. Descubra agora