Hope: A saga dos Dragões

Capítulo 5: Um mistério e o adeus

Hope acorda em seu quarto. Ela havia ficado lá desde a audiência que ocorreu no dia anterior. A fada se levanta e vai para a janela que ficava no canto esquerdo do cômodo. O dia estava bonito como sempre, o sol brilhava como sempre, o vento soprava como sempre, mas para Hope algo faltava.

"Léo..."

Todos os dias seus amigos iam até a janela do quarto para acordar a fada, dessa vez eles não estavam lá e aquilo foi como uma facada no peito da jovem. A morte de seu amigo ainda era recente e não seria esquecida tão facilmente. Hope dá dois tapas leves em suas bochechas.

"Não posso ficar me lamentando pra sempre. Léo não gostava de me ver chorando."

Com esse pensamento, Hope sai da janela e vai para o guarda-roupa se arrumar, ao que parece, ela ainda tinha coisas para resolver no dia. Pegou suas roupas normais, se arrumou como sempre e saiu do quarto.

No caminho para o salão do trono, Hope passa perto do quarto do dragão. "Será que ele está acordado?" foi o que ela pensou, bateu na porta, mas nem sinal de vida do dragão.

_ Ele não está filha.

Aquela frase foi dita pelo rei que estava se aproximando do quarto também, ele dá um sorriso para a filha que também sorri.

_ Bom dia pai. Para onde ele foi?

_ Ele disse que queria andar um pouco pelo reino, parece que queria pensar um pouco.

_ Eu entendo ele. Pai, você também sentiu a grande tristeza que ele guardava, não sentiu?

_ Sim filha e também descobri o motivo, mas falemos disso depois. Precisamos tomar logo o café da manhã.

_ Ok então...

Fafnir estava caminhando pelo reino das fadas, todos estavam olhando para ele. Claro que suas vestimentas eram o motivo disso, era visível que aquele era um traje feito pelo alfaiate do rei. O dragão estava meio envergonhado, mas não perdia a curiosidade. Eram muitas construções diferentes e ,agora que ele estava transformado, podia ver todas. Ele andou por todos os lugares que podia, foi até a praça central do reino e se sentou abaixo de uma árvore.

"Nunca tive a oportunidade de parar e conhecer os lugares que eu passava. Até que é legal eu vi a cachoeira mágica que, em vez da água cair, ela subia. Vi a estátua do Clayde e também vi a casa do ancião, pelo que ouvi, ele tem mais de 799 anos de idade. Engraçado que o ancião do meu reino tem 5000 anos, comprovei que dragões vivem bem mais do que as fadas. Bem, ainda falta um lugar para eu ver..."

Fafnir se levanta e vai para o sul, na direção do grande vulcão. Ele passou por toda a destruição causada pelo seu irmão, aquilo era insano até para um dragão. O dragão parou antes de sair da floresta, alguma coisa estava errada. Alguém o seguia desde que ele saiu do castelo, seja o que for estava rodeando o dragão.

"Pelo som não são várias pessoas. Deve estar usando magia para me iludir, seja quem ou o que for, está me incomodando. Preciso pensar rápido."

De repente, uma faca é lançada na direção do dragão que desviou rapidamente. O dragão observa todos os lugares, outra faca vem por trás, mas ele desvia de novo. O som de passos é ouvido por todas as direções. Fafnir começa a observar uma sombra o circulando, a sombra era rápida demais para ele continuar acompanhando com a visão. Fafnir desvia de mais uma faca, essa estava encantada com um encantamento sombrio que estava corroendo o solo perto dela.

" Se isso me acertar terei problemas. Tenho que dar um jeito na falta de visibilidade, preciso sair da floresta. O problema é que eu não vejo a saída, vou ter que ser agressivo. Que droga!"