Capítulo 16: De volta ao castelo

17 0 0
                                    

Na entrada do reino de Lancer, um homem estava se se aproximando. Ali, dois cavaleiros ficavam vigiando e perceberam sua aproximação. O sol brilhava forte e não dava para vê-lo claramente. Quando o homem finalmente chegou perto da entrada, os cavaleiros cruzaram suas lanças, impedindo a sua entrada.

_ Alto lá! Quem é você?

O homem era alto, tinha cabelos escuros e curtos, chegando até a metade do pescoço. Usava uma máscara de madeira, pintada de preto com detalhes em roxo. Usava um manto velho, que cobria todo o corpo, deixando apenas as pernas para fora. Nas pernas, usava grevas de ferro, tingidas de preto e com detalhes em prata. Os cavaleiros perceberam que se tratava de outro cavaleiro, mas uma medalha em seu manto mostrava que ele estava em um cargo mais alto.

_ Por decisão da Cavaleira Helena, nós devemos lhe revistar. Por favor, tire sua máscara. _ Disse um cavaleiro.
_ Acho que isto não será necessário. _ Respondeu o homem, puxando algo do manto.

Os cavaleiros ficaram em alerta e apontaram suas lanças para o homem que, tranquilamente, estendia os braços para os dois. Usando manoplas do mesmo estilo que as grevas, abriu a mão e mostrou um brasão na forma de um escudo redondo. O brasão era de ouro e tinha um cérbero com uma coleira escrito "Tyrannus". Os homens se espantaram e voltaram a posição de ordem unida, abaixando suas cabeças.

_ Pedimos perdão, senhor!
_ Está tudo bem. Vocês só estavam cumprindo ordens, eu também não pareço muito com alguém tão importante. Podem erguer suas cabeças.

Os cavaleiros ergueram as cabeças, mas o homem já não estava mais na frente deles. Seguiu caminho até a entrada do castelo, onde mostrou o brasão novamente e um cavaleiro se ofereceu para levá-lo ao encontro do rei. 
Andando pelo o castelo, o cavaleiro e o homem passavam em um largo corredor, já era possível ver a escadaria até o trono e duas pessoas estavam descendo.

_ Para onde está levando esse homem, cavaleiro? _ Disse uma das pessoas
_ Grã-mestre Helena, esse homem tem assuntos a tratar com o rei.
_ Com o rei? E o que nos garante que esse homem não é o traido-

Antes que Helena terminasse de falar, Blair pôs a mão em seu ombro e falou:

_ Não é ele. Sua aura é totalmente diferente.

As duas olhavam fixamente pro homem, que as ignorou e seguiu o caminho até as escadarias. Helena e Blair olhavam enquanto ele subia as escadas.

_ Quem é esse cara, Helena?
_ Não faço a mínima ideia.

O homem chegou ao último degrau das escadarias, lá estava um grande portão que abriu lentamente. Uma pressão monstruosa caiu sobre o homem, que se manteve parado, observando. A sala era totalmente escura, mas haviam umas janelas no alto, fechadas e com cortinas. Haviam pilares nas paredes e, no topo deles, estavam gárgulas que pareciam estarem o observando. Continuou adiante na sala. Estava muito quieto e ele não sabia até onde ia andar. De repente, ouviu um ruído de pedras caindo e, para sua surpresa, uma das gárgulas saiu do pilar e foi para cima dele. Quando a gárgula se aproximou para tentar o atingir com suas garras, o homem rapidamente pulou para o lado deu lhe um chute bem na cabeça, que se partiu em vários pedaços.

_ Maravilhoso!

A voz apareceu atrás do homem, era o rei. Vestindo um terno branco e uma cartola da mesma cor, segurando uma bengala e dando um sorriso. Sua aparência representava mais um conde do que um rei.

_ Você deve ser o primordial de Tyrannus. Auden, não é mesmo? 
O homem, Auden, acenou com a cabeça em sinal de concordância.
_ Hm... Vejo que não é de falar muito, que pena. Mas realmente temos assuntos a tratar.

Hope: A saga dos DragõesOnde histórias criam vida. Descubra agora