GOSTARIA DE DIZER que eu consegui piscar e relembrar de tudo antes da merda acontecer.
Nós seguimos indo em linha reta, com muitos protestos por parte do sátiro em relação àquele caminho, Calvin ignorava-o e a garota bêbada... Lucy, só ficava gargalhando, enquanto se balançava no ar.
Queria perguntar qual o problema de ir na direção que estávamos indo, mas não tive coragem. Momentos antes de tudo ficar ruim, eu lembro do clima, estava ficando frio, acho que ia começar a nevar novamente. O céu estava completamente escurecido pela noite, até a Lua era escondida por nuvens.
Nossos pégasos relincharam alarmados em determinado ponto. Olhei lá para baixo e vi árvores grandes, uma estrada escura e o estreito de Long Island à distância.
Estávamos perto, definitivamente. Então, qual era o problema?
Lucy foi a primeira que apontou assim que os viu.
— Os grifos! — ela gritou, soltando uma risada, logo em seguida. — Oi, amiguinhos! Sentimos a sua falta!
Era uma espécie de monstro com corpo de leão e cabeça e asas de águia, era bizarro e assustador. E não era, tipo, só um, tinha uns cinco ou seis daquelas coisas.
Os grifos alçaram vôo em nossa direção, vindo com uma velocidade absurda. Os bicos e garras apontaram em nossa direção. Calvin gritou para todos:
— Para baixo!
Ambos os pégasos desceram ao mesmo tempo, desviando por muito pouco do ataque dos grifos. Olhei para cima e vi eles estalando os bicos, em poucos segundos estavam vindo de novo.
Vi um deles do nosso lado, ia cravar as garras na asa do nosso pégaso. Lucy soltou um grito esquisito e guiou o pégaso para o lado, fazendo ele girar umas duas vezes.
Fiquei meio tonto, mas consegui ver Calvin mirar com o seu arco e acertar uma flecha dourada na cabeça de um grifo, por um momento, o grifo continuou vivo e indo na direção deles, mas Calvin apenas estalou os dedos e a sua flecha girou na cabeça do monstro, abrindo um buraco e, em seguida, flutuando no ar, voltou para a aljava, pingando icor. O monstro explodiu em um monte de pó dourado e – por enquanto – aquela era a coisa mais estranha que eu tinha visto naquele dia.
O nosso grifo continuava nos perseguindo e, para piorar, ele se juntou com outro, felizmente, Gemom era muito bom com os pégasos, ele conseguia fazer o animal desviar com uma facilidade incrível.
— Faz alguma coisa! — Lucy gritou para o sátiro, na sua frente.
Ele estava apavorado, gaguejou enquanto abaixava a cabeça, de um ataque de grifo. Guiou o pégaso para o lado contrário, fazendo eu me desequilibrar por alguns segundos.
— N-não dá! Estam-mos no céu e está de n-noite! Você já viu p-lantas à noit-te e flutuando no a-ar?
Gemom fez o pégaso dar uma cambalhota no ar para desviar das garras de um grifo e Lucy gritou ao vento:
— Garoto da Luva! Faz você! Aquela coisa bizarra que fez com a Górgona!
Era ainda pior para mim. Eu precisava tocar naquelas aves para poder matá-las, mas elas eram muito rápidas e se eu tentasse tocar nelas, iam me destroçar em menos de um segundo.
— Você precisa se aproximar dessas coisas.
Lucy virou o rosto para mim, como se eu fosse louco. Mais uma, deuses.
— As garras de grifos possuem veneno, vão matar o nosso amigo aqui. — ela deu um tapinha no corpo do nosso pégaso.
— Desvia! — Lucy gritou, de repente, olhando apreensiva para frente.
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Flecha do Destino (PJO/HDO)
FanfictionCharlie era um semideus e ele já sabia disso o tempo todo. Não teve tempo para drama semideusístico. Então, ele teve que fugir. A feiticeira prometeu ajudar a resolver o seu problema e ele acreditou. Mesmo que Circe não fosse uma heroína. Mas, Charl...