Capítulo 12: O cair das máscaras

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Eu tinha sete armas viradas em minha direção, e não sabia o que fazer. Eu estava fazendo telepatia com a Sunny para que ela pelo menos me ajudasse. O Senhor James chegou mais perto de mim e esticou sua mão como se eu fosse pegá-la, eu o ignorei quando ouvi tiros no local. Eram-se um... Dois... Três guardas caídos no chão, e os outros procurando de onde vinham os tiros. Corri com a maca por entre eles, e vi a Sunny apontando a arma entre uma coluna de concreto e fazendo uma guerra de balas com os outros guardas que restavam. Empurrei a Alia na caixa de lixo, que por sua sorte estava vazia quando senti uma mão pesada em meu ombro.

- Para onde você vai? - Disse o Senhor James atrás de mim, segurando uma seringa com o líquido que fazia com que você perdesse todos seus sentidos.

Ele desferiu a seringa em direção a minha garganta, quando eu desviei e o golpeei nas suas genitálias. Ele se ajoelhou no chão com as mãos em seus testículos. Dei um chute em seu rosto o fazendo cair no chão e sangrar. Quando peguei a seringa com a substância química e injetei em seu braço esquerdo.

- Vão! - Disse a Sunny, ainda trocando tiros com os seguranças.

O Jack me ajudou a empurrar o carrinho por fora do elevador. Algumas enfermeiras tentaram nos parar quando estávamos quase chegando ao pátio, mas nós fomos mais rápidos. Saímos pelo buraco no muro, e retiramos a Alia da caixa, que por ventura estava desacordada. Ficamos esperando a Sunny ali, quando resolvi entrar e ela apareceu de repente. Entramos no carro e desaparecemos na poeira da estrada de terra.

- Ela ainda está desacordada? - Disse a Sunny olhando atrás do carro.

- Sim, e eles estão nos seguindo?

- Não, é melhor pararmos em um hotel, tenho dinheiro sobrando podemos ficar um dia.

Fomos para o hotel mais próximo da cidade. Pedimos a chave e subimos. Como iríamos ficar apenas um dia, a recepcionista não nos fez muitas perguntas. Alia já tinha acordado, mas ainda estava muito cansada e não conseguia andar sozinha. Quando entramos no hotel, a colocamos em um sofá e demos um pouco de água já que ela estava muito desidratada.

- Vai ser difícil se deslocar com ela nesse estado. - Disse a Sunny.

- Mas precisamos.

- Não se preocupem eles precisam me dar a substância em seis e seis horas. Sendo assim estarei bem logo. - Disse a Alia.

Subi para tomar um banho e o Jack estava no quarto. Ele estava olhando a janela, apertando o celular entre seus dedos como se estivesse com muito ódio. Aproximei e o agarrei por trás, ele se desviou fechando a porta com chave e jogando o celular na cama.

- Recebi uma ligação do senhor Will... Governador da Vila Alta.

- O que ele dizia? - Perguntei sentando na cama.

- Ele disse que fizemos uma péssima escolha em fugir. E o mais interessante... Eu perguntei sobre meu pai, e ele me deu os pêsames por eu não saber que ele morreu faz uma semana. - Uma lágrima veio no olho do Jack, mas ele a enxugou antes que ela derramasse. - E ele também disse que vocês sabiam de tudo.

Olhei para o chão me desviando do olhar do Jack, aquilo me dava forças pra dizer a verdade, pra dizer que fui eu quem matei o seu pai, pra dizer que eu não sou perfeita. Mas tudo veio na minha cabeça muito rápida. Então resolvi mudar o roteiro.

- Jack, eu fiquei muito triste com a notícia, e eu era apenas amiga dele. Imagine você que é filho...

- Mas eu deveria saber, eu merecia saber. Eu te ajudo desde o dia que vocês saíram da Gradley, e não queria saber nem o porquê que vocês tinham fugido. Eu acreditei em você, acreditei que pudesse confiar em você, mas não é mais possível.

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