Capítulo 18: No olho do furacão

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Estava sentada no banco próximo a piscina, olhando a perícia investigando o caso da morte do Jack. A Kelly não falava nada há horas, apenas escutava o delegado da região. O Jack foi morto igual a sua avó, com um corte na garganta. Depois jogado na piscina para que as digitais se apagassem entre a água.

- Você viu algo quando chegou? - Perguntou um policial.

- Não. Eu cheguei e ele já estava na água.

- Não viu nem algum movimento estranho na casa?

- Não! Eu estava no quarto quando aconteceu.

O policial se distanciou de mim anotando em seu folheto, e as meninas se aproximaram. Jack já estava na água há horas e ninguém o tirara de lá. A perícia nos dizia que deixar a cena do crime como está iria ajudar nas provas contra o assassino.

- O que você acha? - Disse a Alia.

- Eles sabem que estamos aqui? - Disse a Sunny.

- Na verdade, não sei. Mas essas mortes sempre acontecem quando estamos por perto, é como se fosse um sinal que se nós não nos rendemos, eles vão matar um por um até chegar até nós.

- Você acha que eles vão matar a Kelly?

A Kelly vinha se aproximando e nos mantemos caladas até então. Ela sentou no banco ao meu lado e tirou os óculos, deixando mostrar a sua maquiagem toda borrada.

- Também acham que foi o pessoal da Gradley? - Disse a Kelly.

- Sim. - Disse.

- Eu poderia dizer que isso foi culpa de vocês, mas estou exausta para fazer acusações.

Ficamos ali por alguns minutos quietas, até a Kelly se levantar e entrar na casa novamente.

- Vamos atrás deles, se ficarmos paradas todos no nosso lado irão morrer.

- No que você está pensando em fazer?

- Ir atrás do Senhor James.

Fomos para o lado de dentro da casa e pegamos algumas roupas. Avisamos para a Kelly que iríamos resolver uma coisa e ela se pôs a ir conosco. Insistimos até ela tirar aquela ideia da cabeça, nós não poderíamos colocar a vida de mais uma pessoa em jogo.

- Você já pegou tudo?

- Sim, as armas já estão carregadas. - Disse a Sunny.

- Meninas? - Disse a Kelly. - Ache todos e os matem!

Viramos para a porta e fomos saindo, quando um segurança trouxe uma carta em nosso nome. Pegamos e abrimos. Naquele pequeno tinha escrito um endereço.

- O endereço do Senhor James.

- Tem certeza?

- O homem do capuz preto nunca falha. - Disse.

Um dos motoristas da Kelly propôs em nos levar. Entramos no carro e o motorista acelerou. Fizemos um plano de improviso e quando terminamos estávamos de frente a casa do Senhor James.

Estávamos sozinhas em frente a grande casa. Tocamos a campainha e esperamos até que alguém manteria contado pelo câmbio da garagem.

- Olá, residência dos Senhores James.

- Olá, poderíamos falar com o Senhor James?

- Quem fala?

Olhamos uma para as outras, fazendo um grande silêncio. O homem do outro lado da linha continuou a repetir a pergunta.

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