Capítulo 15: Halloween

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KYLE

HONES

Olhava no espelho e via uma bruxa. Era do que eu estava vestida. Depois da tarde que tivemos, ainda temos que ir para uma festa fantasia, ordem feita pelo homem do capuz preto. Já estava pronta então fui até a sala.

Alia estava vestido de marinheira, e a Sunny de cigana. O Jack não gostou da ideia de irmos a uma festa fantasia naquela situação onde nós nos encontrávamos.

- Como não podemos dizer que isso é uma armadilha? - O Jack perguntou.

- O que o homem do capuz preto faz não são armadilhas.

- Vocês confiam muito nele.

Arrumamos as últimas coisas e fomos para o carro. O Jack ainda estava com cara de que não estava gostando nada daquilo, mas precisávamos nos arriscar. Estávamos muito atrás das pistas, deveríamos avançar mais no jogo.

- Então jogue o dado! - Exclamou a Sunny.

- Como assim? - Disse a Alia.

- Eles estão jogando conosco, querem que nós demos as caras para vim cortarem nossas cabeças. A festa vai ser no salão do clube, e sabendo bem a Senhorita Hones era presidente do sindicato, acho que temos uma grande coisa para ser feita lá.

O Jack acelerou e ficamos ansiosas para chegar à festa. Além de bebidas e comidas, teremos mais pistas das nossas mães, nada estava ficando melhor naquela noite. Ou até agora não, pois o Jack parou no meio do caminho se queixando de algo que estava na estrada.

- O que foi agora? - Disse a Sunny.

- Tem algo na estrada, irei dar uma olhada.

Saímos do carro com o Jack, para evitar mais catástrofes. Chegamos à frente do carro e tinha uma arvore jogada no chão, impedindo a passagem. Não tínhamos como passar a não ser uma multidão para nos ajudar a levantar a árvore.

- Não vamos ter como passar. - Disse o Jack.

- Encoste o carro e vamos andando. Não perco essa festa por nada. - Disse a Sunny.

O Jack encostou o carro entre os arbustos e fomos andando. Ele não tinha nenhuma fantasia, mas ele iria ficar de tocaia como um segurança nos vigiando do lado de fora. Andamos entre a floresta até que avistamos o clube. Estava decorado e simplesmente assustador, com pessoas de várias fantasias.

Entramos e reconhecemos quase todos que estavam ali, existiam membros do próprio clube e da mesma cidade que nós. Era quase difícil não reconhecer alguém, além dos garçons que estavam ali nos servindo.

- Vamos nos separar. Kyle, você deve reconhecer alguém aqui no clube que pelo menos falava com sua mãe. Eu e a Alia, ficaremos de olho.

Ela disse e nos separamos na multidão. Andei entre todos e levei vários puxões para o meio da pista, mas não me deixei levar. Até que alguém me puxou para a pista e me abraçou em ritmo de uma música romântica.

- Caio?! - Gritei.

Era um menino do meu antigo colégio, que praticava bullying comigo por todo meu colegial. Já fui trancada no armário, presa no banheiro, melada de mostarda e várias outras coisas pelo Caio Marshall.

- O que você está fazendo aqui?

- Só você pode sair do Havaí e querer uma vida melhor na Califórnia?

Eu o observei enquanto a música tocava. Ele continuava lindo com seus cabelos curtos e lisos, e aquele sorriso que brilhava mais que uma folha de papel.

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