Capítulo 14: Novo aliado

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- Como assim? - Gritou a Alia. - Como ele pode ser o Jack?

- Lembra que nós podemos ver espíritos de pessoas mortas, vivas ou de pessoas que ainda vão nascer? - Disse.

Ficamos ali sentadas no sofá vendo o tempo passar e pensando no que iríamos fazer a partir dali. Eu tinha simplesmente ficado com o fantasma do ex da minha mãe, e isso não era bom pra mim e nem para ele mesmo.

- Nós devemos simplesmente esquecer isso, ele não pode perceber que sabemos quem ele era antes mesmo que ele dissesse quem ele era.

- Você está me confundindo! - Disse a Sunny.

- Mas se bem que se nós não estamos aqui por acaso. Estamos na casa do ex da sua mãe, e os espíritos quer que nós estejamos aqui.

Levantamos do sofá e nos colocamos no quarto onde o Jack estava hospedado. Ele trouxera uma mochila consigo e nos colocamos a abri-la. Tinha algumas planilhas de pacientes e agendas de consultas, sem falar que tinham bastantes remédios controlados com diversos nomes, no qual percebemos que era o de seus pacientes.

Quando estávamos no topo da nossa procura sobre algo, a porta do quarto abriu e o Jack aparece de lá como um foguete.

- Mas que droga vocês estão fazendo na minha mochila?

Ele correu e pôs tudo dentro rapidamente, nos fazendo afastar da mochila com um passo para trás.

- Desculpe, nós estávamos apenas...

- Chega! Não aguento mais tanto segredo, venha... Irei contar tudo para vocês. - Disse o

Jack.

Minha mãe estava no meio da varanda assistindo as estrelas no céu, enquanto o Jack fazia o fogo na lareira da sala. Ela estava linda no seu vestido azul marinho longo, e ele nas camisas sociais azul turquesa que lhe caía bem com seus olhos, também azuis. Ele terminou de ascender o fogo e caminhou em direção a ela. A agarrou pelas costas dando enormes beijos em seu pescoço e sussurrou algo em francês que não pude entender. Ele a virou e deu um enorme beijo em sua boca, fazendo ela o agarrar pela cintura.

- Preparada para a França? - O Jack disse.

- Sempre estive. Eu amo a França.

- Quero te mostrar o Louvre.

- Você terá tempo de sobra para me levar onde quiser.

Eles andaram em direção ao centro da sala, pegaram um champanhe e abriram. Preencheram os seus copos e deram um brinde.

- Um brinde a felicidade.

- Felicidade? Não... Felicidade é clichê. Um brinde a aventura!

Eles brindaram e deram um gole no champanhe, minha mãe riu e ele pôs seus dedos em seu rosto para sentir a sua pele macia.

- Eu adoro o seu jeito perigoso. - O Jack disse abrindo o flash do seu vestido.

Um estrondo veio do lado de fora da casa. O portão havia explodido, e vários homens com armas nas mãos haviam invadido o jardim. Minha mãe ficou desesperada e o Jack a pôs dentro de um esconderijo secreto debaixo do tapete. Ela não pode ouvir mais nada, mas eu sim. Eles queriam saber onde ela estava, mas o Jack insistiu a dizer que ela não estava ali. Eles apontaram suas armas e desferiram tiros no Jack, fazendo com que o mesmo caísse e ficasse imobilizado no chão. Minha mãe saiu do esconderijo quando eles já se foram, e pôs-se a chorar quando o viu ali. Mas se acalmou quando viu que as balas eram apenas sedativos, para que ele desmaiasse.

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