- Como assim? - Gritou a Alia. - Como ele pode ser o Jack?
- Lembra que nós podemos ver espíritos de pessoas mortas, vivas ou de pessoas que ainda vão nascer? - Disse.
Ficamos ali sentadas no sofá vendo o tempo passar e pensando no que iríamos fazer a partir dali. Eu tinha simplesmente ficado com o fantasma do ex da minha mãe, e isso não era bom pra mim e nem para ele mesmo.
- Nós devemos simplesmente esquecer isso, ele não pode perceber que sabemos quem ele era antes mesmo que ele dissesse quem ele era.
- Você está me confundindo! - Disse a Sunny.
- Mas se bem que se nós não estamos aqui por acaso. Estamos na casa do ex da sua mãe, e os espíritos quer que nós estejamos aqui.
Levantamos do sofá e nos colocamos no quarto onde o Jack estava hospedado. Ele trouxera uma mochila consigo e nos colocamos a abri-la. Tinha algumas planilhas de pacientes e agendas de consultas, sem falar que tinham bastantes remédios controlados com diversos nomes, no qual percebemos que era o de seus pacientes.
Quando estávamos no topo da nossa procura sobre algo, a porta do quarto abriu e o Jack aparece de lá como um foguete.
- Mas que droga vocês estão fazendo na minha mochila?
Ele correu e pôs tudo dentro rapidamente, nos fazendo afastar da mochila com um passo para trás.
- Desculpe, nós estávamos apenas...
- Chega! Não aguento mais tanto segredo, venha... Irei contar tudo para vocês. - Disse o
Jack.
Minha mãe estava no meio da varanda assistindo as estrelas no céu, enquanto o Jack fazia o fogo na lareira da sala. Ela estava linda no seu vestido azul marinho longo, e ele nas camisas sociais azul turquesa que lhe caía bem com seus olhos, também azuis. Ele terminou de ascender o fogo e caminhou em direção a ela. A agarrou pelas costas dando enormes beijos em seu pescoço e sussurrou algo em francês que não pude entender. Ele a virou e deu um enorme beijo em sua boca, fazendo ela o agarrar pela cintura.
- Preparada para a França? - O Jack disse.
- Sempre estive. Eu amo a França.
- Quero te mostrar o Louvre.
- Você terá tempo de sobra para me levar onde quiser.
Eles andaram em direção ao centro da sala, pegaram um champanhe e abriram. Preencheram os seus copos e deram um brinde.
- Um brinde a felicidade.
- Felicidade? Não... Felicidade é clichê. Um brinde a aventura!
Eles brindaram e deram um gole no champanhe, minha mãe riu e ele pôs seus dedos em seu rosto para sentir a sua pele macia.
- Eu adoro o seu jeito perigoso. - O Jack disse abrindo o flash do seu vestido.
Um estrondo veio do lado de fora da casa. O portão havia explodido, e vários homens com armas nas mãos haviam invadido o jardim. Minha mãe ficou desesperada e o Jack a pôs dentro de um esconderijo secreto debaixo do tapete. Ela não pode ouvir mais nada, mas eu sim. Eles queriam saber onde ela estava, mas o Jack insistiu a dizer que ela não estava ali. Eles apontaram suas armas e desferiram tiros no Jack, fazendo com que o mesmo caísse e ficasse imobilizado no chão. Minha mãe saiu do esconderijo quando eles já se foram, e pôs-se a chorar quando o viu ali. Mas se acalmou quando viu que as balas eram apenas sedativos, para que ele desmaiasse.
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A Estadia
Misteri / Thriller[OBRA AUTENTICADA NA BIBLIOTECA NACIONAL] Sonhos são apenas sonhos para quem não tem nada a perder. Mas quando você mora em um sanatório há quase quatro anos e começa a ter sonhos com sua mãe que morrera desde seu nascimento, as coisas são totalment...