Fiquei ali, em pé, olhando as três bonecas que estavam em minha cama. Eu as recebi ontem pela noite em uma caixa de papelão, e estava as observando desde quando acordei. Elas vestiam vestidos brancos e tinham feições parecidas comigo, Alia e a Sunny.
Dormi mal esta noite pensando em quem poderia ter mandado isso para cá, justo no apartamento do Jack. Alguém que sabe que nós estamos aqui. Estava pensando quando a Sunny veio gritando da cozinha até o quarto pelo meu nome.
- Kyle, você precisa ver isso! - Disse a Sunny batendo em uma das bonecas, fazendo a mesma caí ao chão.
Ao cair no chão. A boneca abriu uma parte do tecido em suas costas, fazendo aparecer uma ponta preta. Peguei a boneca e puxei a ponta preta fazendo revelar sua verdadeira função, era uma arma. Fizemos o mesmo movimento com todas e nos demos de cara com três armas, uma para cada uma de nós.
- Alguém quer que nós usemos isso? - Perguntou a Sunny.
- É o que parece. - Respondi.
- Olhe isso... - Disse a Sunny me mostrando a foto que ela pegara do Senhor Leroy. - Nós vimos quem está nela, mas nós não vimos onde eles estão.
A Sunny apontou para o galpão onde se faziam produtos químicos que ficava há trinta minutos dali. Eles estavam de frente do galpão, mas não tinha nenhum movimento de trás.
- Vamos, temos que ser rápidos.
Pegamos algumas coisas importantes e botamos na bolsa. Expliquei ao Jack sobre as armas e ele pegou uma que o pai dele guardara para ocasião de emergência. Coloquei-as em minha bolsa e seguimos em direção ao carro.
- No diário tem algo falando sobre galpão químico? - Perguntou a Sunny.
Abri o diário e comecei a ler de onde parei.
"21 de agosto de 1998.
Fomos ao galpão químico da Califórnia hoje. A Kelly adorou e disse que iria fazer química quando crescer. A Beth é uma ótima professora, já que ela fizera química antes de psicologia. Vimos como se faziam remédios, e o mais importante, tive minha família comigo."
Já estávamos na estrada de terra e então fomos preparando. Pedi para o Jack deixar o carro longe do galpão para não fazer com que ninguém do galpão nos visse.
- Estranho não ter nenhum guarda na frente. - Observou o Jack.
O galpão estava velho, e não tinha ninguém o vigiando na frente. Demos passos em direção ao galpão e observamos para que não fosse uma armadilha. Chegamos à porta principal e abrimos. Era o mesmo lugar do meu sonho, fedia a esgoto e o corredor era muito estreito. Os quartos estavam vazios e não tinha nada além de ratos e baratas.
- Como alguém poderia ficar aqui? - Disse a Sunny.
- A Alia não estava aqui, eu vi no meu sonho que ela ficava numa sala que tinha vidro aos redores.
Andamos até o final do galpão, quando achamos o lugar onde a Alia estava. Tinha centro de comando e de segurança, e uma cúpula no meio do vão com uma maca e algumas máquinas hospitalar.
- Estavam fazendo experiências com Alia? - Perguntou a Sunny.
- Não tenho certeza. - Respondi observando uma coisa no chão.
Era o celular da Alia, ela tinha deixado cair propositalmente quando estava se deslocando de lugar. Na tela estava aberto em um rascunho de mensagem onde estava escrito: "Lanchonete Café Preto, estrada de terra - Posto Central.".
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A Estadia
Misteri / Thriller[OBRA AUTENTICADA NA BIBLIOTECA NACIONAL] Sonhos são apenas sonhos para quem não tem nada a perder. Mas quando você mora em um sanatório há quase quatro anos e começa a ter sonhos com sua mãe que morrera desde seu nascimento, as coisas são totalment...