Hailey's POV
Hotel Montage, Los Angeles, Califórnia, 8 de outubro de 2015.
Tomar banho deveria me acalmar. A-CAL-MAR. Mas não era isso que estava acontecendo.
A água morna que caía sobre mim deveria aliviar a tensão, o desejo e todos os pensamentos impuros que eu estava tendo sobre Justin. No entanto, não era isso que estava ocorrendo.
Droga! Ele tinha mesmo que ficar me provocando? Falando aquelas... Aquelas besteiras. Pelo amor de Deus! Onde já se viu ficar falando de vibradores e suas possíveis utilizações como... Como é que ele tinha dito mesmo? Ah, sim, como complementos sexuais. Isso era inadmissível! Isso sim!
Nada contra vibradores, mas era inadmissível que ele ficasse me dizendo aquelas coisas, dando a entender o que fazia ou deixava de fazer na cama, o que já tinha feito.
Se bem que... Agora me pegava pensando em como ele utilizava um vibrador como complemento na hora de dar prazer a uma mulher. Quero dizer, existiam muitas possibilidades e ele parecia ser bastante criativo quando queria...
O QUE EU ESTAVA PENSANDO?
Tentei frear meus pensamentos, mas não era muito fácil. Nada fácil na verdade. Ainda mais que agora tinha uma excitação crescente dentro de mim.
Ouvi uma batida na porta do banheiro e dei um pulo.
— Hails, trouxe sua calcinha. - era a voz de Justin que vinha do outro lado.
Revirei os olhos. Tinha essa ainda! Aquele garoto tinha visto minha gaveta de lingeries. O problema, obviamente, não era exatamente ele ver, mas sim tocar nelas. Porém, esse era o menor dos meus dilemas no momento.
— Deixe-a pendurada na maçaneta.
— Ok.
Respirei fundo. Saber que Justin havia retornado não diminuía meu nervosismo. Pelo contrário. Agora eu não confiava em mim mesma para sair daquele banheiro e encarar o Jay.
Minha imaginação continuava a mil e eu sabia que a excitação que eu sentia não diminuiria em nada ao vê-lo, só aumentaria. E essa era uma combinação muito arriscada já que, dependendo do que ele fizesse, podia terminar com nós dois na cama quebrando o nosso pacto.
Eu sei exatamente o que você está pensando: "oh, Hailey, que idiotice, vai logo pra cama com ele".
Honestamente, eu sei que nosso pacto era meio ridículo. Quero dizer: olá, já havíamos feito sexo, já estávamos ficando, grande coisa continuarmos fazendo sexo! Mas a minha parte racional me dizia o quanto eu poderia me magoar ainda mais caso me permitisse continuar sexualmente tão íntima de Justin. Porque não era só sexo, não para mim. Se fosse só isso, eu já tinha ido pra cama com ele novamente, pode apostar.
Mas não era. Por mais que eu quisesse dizer que era, por mais que eu mesma tivesse tentado acreditar nisso, eu sabia que não era. O tempo todo eu soube. Era mais do que sexo.
Claro, ficar aos beijos com ele não facilitaria a minha vida caso tudo desse errado, porém, era algo com o que eu poderia lidar. Se tudo terminasse mal, eu ao menos teria aproveitado alguma coisa, teria os beijos e uma noite de amor para reviver e podia lidar com isso.
Agora, se eu me permitisse ter sexo sem compromisso com ele... Oh, Deus. Eu sabia que não haveria volta. Cada vez eu iria querê-lo mais, desejá-lo mais e iria amá-lo mais. Iria me sentir conectada e sabia que iria sentir como se lhe pertencesse e como se ele me pertencesse também. E aí estava o problema! Ele não me pertencia. Talvez um dia, mas não agora. E o fato de ele não me pertencer iria acabar comigo lentamente.
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A Love Like This
Roman d'amourEle é um garoto, ela é uma garota, será que as coisas poderiam ser mais óbvias? Eles são melhores amigos há apenas alguns meses, mas parece que se conhecem a vida inteira. Inseparáveis? É, eles são inseparáveis e todos sabem disso...