4. Chanyeol é nosso

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   Suho entrou em casa soltando a gravata com uma das mãos enquanto equilibrava as caixas na outra.

Seu mordomo veio pegá-las e ele mandou que colocassem no quarto de Chanyeol. Ele saiu tão silencioso como sempre. Discrição a final era o principal atributo para trabalhar em sua casa e todos os empregados seguiam à risca.

Suho foi para o escritório onde sabia que Minseok estaria. Precisava resolver algumas coisas com ele para finalmente ficar livre do escritório pelo dia. Queria ir para o evento com a mente relaxada, afinal seu par não conhecia o seu mundo e precisaria de atenção durante a noite.

Ao pensar no garoto sorriu.

Se lembrava com perfeição do primeiro segundo em que olhou para o garoto que suava frio ao entrar em sua sala.

Já tinha pedido a ficha dele com antecedência e sabia que ele era um dos vendedores da concessionária que teve cortes necessários e sabia que ele estava desesperado com aquilo. Suho não gostava que nenhum dos seus empregados saíssem da empresa sem ser realocados se fosse possível, mas ele era um empregado de meio período, não havia muito a se fazer naquele caso e ele até pensou, antes do garoto entrar em sua sala, que podia dar uma ajuda de custo a ele até que ele fosse admitido em outro emprego, todavia todas as suas boas intenções caíram por terra quando viu os olhos assustados, inocentes e sem um pingo de malicia caírem sobre si antes do garoto descer os olhos e ficar parado no meio do grande espaço sem saber o que fazer.

Sua mente analítica traçou o perfil em segundos.

Tímido, desengonçado, inocente, perdido, desesperado, assustado, um garoto simples, universitário e muito bonito embora estivesse escondido atrás de óculos até que graciosos e roupas largas de gosto duvidoso.

Seu segundo pensamento era que ele era perfeito, perfeito como companhia para si e seus irmãos.

No último ano tinha se tornado ainda mais meticuloso sobre aquilo por que a última experiência não foi boa a longo prazo. Na verdade, não durou nem dois meses por causa do escolhido e seu rápido raciocínio malicioso e ânsia por poder. Aquele tipo de vida que ele e seus irmãos levavam era uma faca de gumes, o fato de ter um contrato descrevendo tudo e assegurando ambas as partes de todos os deveres e direitos, naquele tipo de relacionamento também dava margem para um amante esperto o suficiente cavar entre as linhas uma forma de tirar ainda mais proveito da situação, o que no caso da última companhia foi usar a carência de um de seus irmãos como mola propulsora de status. De repente, o dinheiro que ganhava mais todos os bônus já não eram suficientes, ele queria mais, ele queria poder.

Ele queria ser definitivo e até poderia ter alcançado seu intento se Suho não descobrisse sua falha, por que infelizmente por mais atento que fosse e seletivo, falhas humanas de caráter mais sutis só eram descobertas com convívio e o último homem era muito bom em se fazer de ideal e perfeito, mas quando acreditava que ninguém estava olhando, tratava os empregados da casa como se fossem escória e fazia pressão psicológica em Lay para ganhar ainda mais coisas. Malicia e ambição sem controle eram terríveis e por isso desistiu de usar os meios mais comuns para encontrar sua companhia, decidiu que não seriam mais sugar babys convencionais, ele ia achar outra forma e passou um ano procurando as escondidas e naquele segundo em que ele viu Chanyeol, ele sabia que o garoto era o que vinha procurando.

Deixou o mais jovem explicar sua situação e o ouviu atento pegando mais um pouco de suas ações e as traduzindo em perfil de caráter.

O garoto realmente precisava de dinheiro e estava desesperado o suficiente para aceitar o que ele tinha em mente, mas teria de ser rápido, não dar tempo de reflexão a ele ou o jovem iria fugir por que acima de tudo, ele era virgem.

Contrato indecenteOnde histórias criam vida. Descubra agora