28. Mimado. Quem? Eu?

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— Tem certeza disso Chan? Ainda acho que deveríamos fazer as coisas em separado.

A voz de Tao soava preocupada. Chan negou com a cabeça mesmo que estivessem por telefone e o amigo não o visse. Nada disso, eles fariam aquilo juntos.

— Vamos fazer juntos Tao, você também quer praia, nós dois amamos praia. Vamos fazer juntos.

— Ok, ok – E o amigo falou com alguém e depois retornou para a ligação deles — Eu preciso ir Chan, tenho que organizar a reunião de daqui a pouco, agora que Sehun está aqui na sede também, todo mundo está meio louco.

— Então faça ele ter seu próprio secretário Tao, não é justo você trabalhar para os dois agora! Eles são seus noivos, não seus donos!

— Ele não quer Chan e eu não vou forçá-lo, eles ainda estão se recuperando e tudo... Eles precisam de tempo.

Chan ergueu os olhos do sofá e se certificou de que estava sozinho na sala antes de fazer a pergunta:

— Você e eles ainda não... Você sabe?

Tao riu.

— Ai ai Chan, só você... Não, não faremos nada por enquanto, os meninos não estão emocionalmente saudáveis ainda. E você, continua de greve?

Chan suspirou.

Tinha voltado do micro coma há duas semanas.

Fisicamente estava ótimo, mas assim que despertou ainda com a mente confusa por um sonho mirabolante onde outro dele e de Lay surgiam em uma margem de rio estranha, o médico tinha surtado por ele estar consciente quando o impacto foi suficiente para fazê-lo talvez nem voltar do coma, além disso ele estava bom de memória, o que aparentemente os médicos não entendiam também.

O fato era que todo mundo tinha enlouquecido com seu acidente, inclusive Baek e Tao e ele ficou três dias aparentemente em estado vegetativo também. Resultado? Seus namorados se culpavam como loucos, Lay tinha sido sedado também pelo nervoso e todo mundo começou a se desculpar desesperadamente. Baek tinha dito a eles seu estado antes do acidente e agora tinha a promessa que nenhum deles iriam esconder nada dele de novo. Eles queriam fazer uma surpresa, mas eram péssimos naquilo e Chan descobriu um pouco assombrado que discutiam sobre seu casamento surpresa na praia.

Uma bagunça, todos eles fizeram uma bagunça. Ainda assim, Channy achou justo não fazer sexo com nenhum deles até o casamento, afinal se eles tivessem sido mais discretos e não tão óbvios ele não tinha ficado magoado e nada daquilo aconteceria.

Sua surpresa foi que os mais velhos concordaram. Concordaram muito rápido e não era como se sua greve tivesse o efeito que desejava, pensou até que eles iam sei lá, tentar burlar, porém duas semanas depois ele tinha plena consciência que seu acidente causou mais impacto do que imaginava. E que ele estava em estado lastimável também, por que queria sexo, queria ser possuído por eles e só tinha atualmente o chuveiro como consolo. Era frustrante. E ainda tinha uma semana para o casamento.

Pelo menos sua mãe tinha aceitado seu relacionamento e agora morava perto. Ela vinha visitá-lo todas as manhãs e ele se sentia bem mais aliviado... Mas ainda não tinha recebido alta do médico para voltar as aulas e aquilo também o frustrava. Se continuasse assim ia perder o semestre...

— Eu não devia ter dito aquilo, falei no momento de raiva e agora estou frustrado, eu quero mais do que dormir agarradinho...

— Mas Channy, eles estão seguindo mesmo? Não tentaram nada?

Contrato indecenteOnde histórias criam vida. Descubra agora