15. Meus heróis são radicais

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Ele mordeu sua boca e Chanyeol tentou se afastar mais, contudo estava preso entre a porta do carro e as mãos grandes e fortes apoiadas em seus ombros de forma bruta. Ele machucava, era doentio e ele passou a ser mais violento, rasgou sua camiseta enquanto Chan se debatia, ele rezava para todos os santos que conhecia para aquele pesadelo acabar, ele não queria nada daquilo, só queria voltar para casa e para seus daddys, só queria se sentir seguro.

Naquele segundo em que o maior mordeu seu peito Chan soube distinguir muito bem a diferença de ser tocado com carinho e com violência, nunca as palavras do senhor Kyungsoo fizeram tanto sentido e ele chorou em silêncio desesperado, mas sabendo que não tinha escapatória. Ele ia ser agredido igual aquelas pessoas tristes que ele via nos jornais, ou nos filmes de abuso e tudo por que um louco decidiu que estava curioso...

Ele soltou um de seus ombros para usar a mão para abrir seu jeans e Chan reagiu por instinto, o empurrou o mais forte que conseguiu e tentou abrir desesperadamente a porta, naquela situação preferia cair do carro em movimento, mas era óbvio que ele estava trancado e o loiro voltou para cima dele lhe dando um tapa tão forte no rosto que por alguns segundos Chan perdeu todo e qualquer pensamento.

— Nada de tentar fugir Lindo. Você é meu agora, aprenda.

— Não!

Gritou voltando a se debater, ele não ia aceitar aquilo quieto droga!

Então levou outro tapa e foi empurrado com violência no vidro do carro o deixando de novo tonto e com dor antes de ser arrastado para o banco de novo e beijado com mais fúria, ele sentiu o gosto de sangue na boca e sua cabeça começava a latejar, dedos abriam sua calça frenéticos e as pernas dele limitavam seus movimentos como se ele tivesse bastante prática com aquele tipo de ação. Talvez ele tivesse mesmo, talvez aquele homem fosse um estuprador treinado.

Ele queria morrer, só queria morrer e acabar com aquilo. Se ao menos...

E então um baque no carro sacudiu tudo e ele só não foi jogado com força por que o corpo do maior prendia no banco. O carro derrapou e parou.

— Mais que por...

Ele nem teve tempo de falar mais nada, um tiro soou e depois Chan ouviu pneus de carro cantando antes do motorista ofegar assustado. Chanyeol não conseguia ver mas ouviu quando o motorista tentou dar ré e outro som de pneus cantando fez soltar o volante. O loiro saiu de si e passou a gritar com o motorista em outra língua.

Chan não sabia o que estava acontecendo, mas agradecia fervorosamente enquanto seu peito tentava puxar ar digno para dentro do corpo. Então mais tiros soaram, embora não fosse no vidro e o motorista acabou erguendo as mãos para os faróis altos tanto os que vinham de frente quando de trás. Seria a polícia?

Então ele ouviu o clique das portas liberadas e mais gritos em outra língua do loiro, porém ele nem pensou duas vezes, embora o alto tentasse agarrá-lo enquanto gritava com o homem da frente, ele abriu a porta como um doido e saiu do carro cambaleante. Preferia levar um tiro àquela altura da situação do que permanecer lá dentro. Mas suas pernas tinham uma ideia diferente por que deu três passos e perdeu as forças e a adrenalina, pelo visto.

— Paixão!

Ele ergueu os olhos incrédulos e viu Luhan correr para ele o abraçando de qualquer jeito no chão enquanto ele ouvia a voz congelante de quem ele menos esperava. Senhor Jongdae.

Ele se virou e viu ele como um anjo da morte com duas armas uma em cada mão, se aproximando do carro, estava escuro mesmo com o monte de faróis a redor deles, mas Chan podia sentia a fúria dele mesmo dali. Era uma imagem estranha por que ele estava de terno. Parecia um mafioso...

Contrato indecenteOnde histórias criam vida. Descubra agora