33. Se beber, não assine contratos

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    Baek despertou se sentindo quentinho e aconchegado.

Sua primeira reação foi se espreguiçar maravilhosamente bem naquela cama deliciosamente macia e imensa. O sol entrava por uma janela que tomava toda a parede e um cheiro maravilhoso que seu olfato super apurado identificou como chá de hortelã preenchia o ambiente. Ele rolou na cama se esticando de novo e então parou de súbito a se dar conta que ele não tinha uma cama gigante, que o quarto de hotel em que ele ficaria depois do casamento não tinha uma janela imensa e o principal. Hotéis não cheiravam a chá de hortelã.

Abriu os olhos confusos e um pouco sem foco e então uma dor de cabeça chata o recebeu maligna... Não! Ressaca?

Se sentou na cama tentando se lembrar de como foi parar ali, contudo sua mente estava em branco.

A última lembrança era que estava dançando na pista de dança do salão do hotel muito que divertido por sinal e que bebeu alguns drinks a mais porque estavam tão gostosos e era de primeira qualidade e que achou que uns a mais nem seria nada, afinal ele tinha resistência a álcool. Viu Chan sair com os maridos e logo depois Tao sair também, então decidiu que ia dançar mais um pouco antes de subir, já que suas tentativas de paquerar foram por água baixo... Ele não sabia exatamente o porquê, mas ninguém se aproximava muito e ele queria saber o que diabos significava.

Será que Park falou para os maridos controlar os amigos ou sei lá? Chan tinha dessas coisas, ele podia querer usar lingerie escandalosa, mas no fundo ainda era um filhotinho tímido que tinha medo do tio da cantina.

Se Park fez aquilo ele ia matar o amigo quando voltasse das núpcias, Ah se ia!

Suspirou e se ergueu da cama, onde diabos ele estava?

Olhou para si mesmo e se viu com a roupa da noite anterior e seu corpo não estava dolorido nem nada, assim era óbvio que sexo ele não fez. Culpa de quem? Do Park claro, quem era seu empata foda frequente, porque tinha medo de dormir sozinho em noites de chuva, em noites de neblina ou em noites sem lua? Park Chanyeol! Aquele poste tinha sorte de Baek adorá-lo porque do contrário já teria esganado o amigo!

— Ele agora é casado Baek, relaxa, os Kim vão cuidar dele, vão sim, você mesmo ameaçou Kim Jongin, relaxa!

Resmungou a si mesmo por que sim, precisava desapegar do amigo, ele tinha evoluído bastante já, agora podia se virar sozinho embora o acidente ainda o tirasse o sono. Park Chanyeol era só uma criança em corpo de adulto... E era desastrado...

Sacudiu a cabeça. Agora ele era um Kim também e eles iam mesmo cuidar dele, Chan estava feliz do tipo de dar diabetes nas pessoas, ele ficaria bem. E também estava cheio daqueles rastreadores psicodélicos, não era como se ele fosse se perder de novo... Ahh ele ia ficar duas semanas longe, Baek ia sentir saudades...

Então riu sozinho enquanto saia pela porta do quarto.

Ele não se lembrava da noite anterior, podia estar na casa de um assassino, embora aquilo fosse uma mansão e seu assassino poderia ser um bilionário, mas enfim, podia ser um assassino e ele se preocupando com o Chan, quando ele tinha virado a segunda mãe do poste?

Alcançou uma escadaria em caracol e olhou a sala elegante lá embaixo.

Aquilo ficava cada vez mais estranho...

Desceu e ouviu uma discussão seguida de risadas e ficou curioso. Assassino sequestradores não ficam dando risada por aí. Onde diabos estava?

— Bom dia Baekhyun, dormiu bem?

Baek se retesou. A voz baixa e levemente rouca soou atrás de si e ele se virou lentamente para se deparar com o homem alto, moreno, lindo e vestido em roupas de academia cuja regada marcava o peito definido de tirar o fôlego de qualquer ser humano que tinha um bom par de olhos. Baek respirou fundo e fingiu que aquilo não afetou em nada sua libido.

— Quem é você para começo de conversa?

Ele arregalou os olhos e depois piscou algumas vezes antes de responder confuso.

— Você não se lembra?

— Se eu me lembrasse ia ficar perguntando? - E então Baek o encarou fixo, embora fosse difícil porque ele era alto e muito gostoso também... Fez um muxoxo, aishiii, ele estava mesmo precisando de sexo por que olha, estava difícil — Vamos começar pelo nome, quem diabos é você e onde estou?

— Son Hyunwoo, mas pode me chamar de Shownu e você está na casa da minha família, como ficou decidido ontem – Então Baek o viu suspirar — Olha, acho melhor você ver o nosso contrato, sei que tem experiências neles e vai entender melhor, ontem você parecia bem lúcido quando nos reunimos, não pensei que estava alcoolizado. Você inclusive fez vários adendos no documento e disse que assim era melhor do que a ideia original de um leilão – O moreno sorriu então de maneira muito graciosa e em qualquer outra circunstância Baek ia desejar morder aquela boca, mas não era o caso ali, mesmo que sua mente conjecturasse que seria muito bom se fizesse — Eu prefiro que seja só entre nossas três famílias sabe, os Irmãos de JB são loucos, irritantes e Leeteuk você sabe, são dez irmãos... E tem Heechul, você conheceu ele no casamento, o juiz. Ele é problemático. Foi melhor assinar só conosco mesmo, ao menos Namjoon sabe controlar a família e o Onew, bem, ele é ele né. E Minho é um cara fácil de lidar.

— Ei, vai com calma bonitão. Espera um pouco, está me dizendo que eu assinei um contrato de Baby noite passada com três famílias? É isso?

— De baby não, de experiência pré nupcial, uma semana em cada casa e no fim você escolhe quem você quer...

— Para daddy?

Perguntou começando a ficar realmente com dor de cabeça aguda. Ele tinha assinado um contrato de baby? Com três famílias em regime poligâmico? Era isso produção?

— Não, para casar Baekhyun, a experiência é para casamento.

Baek ofegou e depois sentiu tudo rodar. Casar? CASAR?





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