41. Final feliz

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 Chanyeol terminou de ninar o bebê e finamente ele dormiu. Suspirou e saiu de fininho do quarto andando pé sobre pé para a sala e se jogando ali no sofá e suspirando aliviado. Que bebê mais difícil de adormecer, céus! Com a porta entre aberta podia ouvir se o bebê acordasse, então relaxou... e acabou se pegando pensando em seus filhos agora do outro lado do mundo. Chenchen estaria bem, estaria comendo direito? E o Nini, será que estava cozinhando algo bom para ele e os outros dois? Será que devia ligar... Nunca teve nenhum dos seus filhos tão longe e por mais que tentasse ser um pai resistente e forte, ele se sentia cheio de saudades e constantemente aflito por seus bebês longe dos seus olhos!

Tinha que deixar eles irem, sabia, eles não podiam viver a sua sombra para sempre, mas era tão difícil...

Mas tudo ia bem e as crianças sempre ligavam, sabia que estava bem, sabia...

— Olha meu querido marido pensando demais outra vez...

A voz de Soo soou baixinho em seu ouvido e ele fechou os olhos sorrindo. Tantos e tantos anos de casados e ainda estremecia com a voz do marido, seu dom, seu homem...

Seu marido contornou o sofá e veio se sentar ao seu lado tocando em seu rosto de forma amorosa.

— Estou com saudade das crianças.

Confessou baixo.

— Nini e Chenchen não são mais crianças meu amor e eles estão seguindo o caminho deles hun? Prometi que vamos visitá-los mês que vem não foi? Então não fique se remoendo, eles estão bem, eles ligam todos os dias.

— Eu sei.

Chan suspirou e foi para o colo do marido que o abraçou carinhoso e depois riu baixinho:

— Sabe onde eu estive hoje?

Channy ergueu os olhos para o Soo e se sentiu curioso, hummm ele sempre usava aquele tom sobre algo especial.

— Não, me diz, onde?

— Na doceria, a nossa doceria se lembra?

— A doceria dos Choi, quer dizer – Chan corrigiu o marido divertido, descobriu bem depois que a doceria onde Soo o levou e que ele adorava quando jovem era dos Choi, daddys do Ghan. Então foram embora de Seul e as vezes se pegava pensando nela nesses anos fora, no que tinha feito com seu marido nela da primeira vez... Eram boas recordações – Hummm ela também fechou?

Perdeu o sorriso, muita coisa mudou em Seul.

Eles ficaram muitos anos fora e quando voltaram, anos atrás, tudo estava mudado, tudo mesmo e eles tiveram alguns problemas, mas por fim conseguiram organizar a vida outra vez e reaver a antiga vila em que moravam, a vila onde morou logo depois de casar... O lar verdadeiro de todos.

Os seus filhos mais velhos já eram homens, Chin estava praticamente casado, seus gêmeos já estavam grandinhos e sua caçula já arriscava as primeiras palavras...

O tempo passava tão rápido, tão, tão rápido... Mas adorava todas as lembranças, fez boas lembranças em todos aqueles anos, tinha uma linda e imensa família, era tão absolutamente feliz que não sabia bem dimensionar, só faltava sua mãe, mas achava realmente melhor que ela continuasse achando que ele tinha morrido no acidente marítimo como o mundo achava.

Ela vivia agora com um novo companheiro, um homem que cuidava e a amava, eles eram felizes e Chan achava que tinha que continuar assim. Doía em seu peito as vezes? Doía, mas a história verdadeira seria demais para sua mamãe quase setentona.

Contrato indecenteOnde histórias criam vida. Descubra agora