11. Meus daddys cuidam mesmo de mim.

4.5K 328 39
                                    



  Chan só conseguiu se acalmar quando saiu do carro do senhor Lay e correu para a mãe sentada na mureta baixa da casa da outra vizinha que não tinha sido destruída, diferente da sua antiga casa e da Dona Lee, ao lado.

Mas sua mãe ria com Dona Lee e Dona Hyung, logo ele se sentiu mais aliviado e calmo, embora tivesse levado uns vinte minutos no mínimo para ter certeza que sua mãe estava bem, aparentemente as três estavam indo para a missa da manhã quando tudo explodiu. Ele ainda se sentia um pouco frenético, podia ter perdido sua mãe naquele dia. Mas bem, aquela era sua mãe que lhe dizia, "o importante é que estamos bem" e blá blá blá. Então por fim recebeu um tapa do braço quando perguntou pela milésima vez se estava tudo bem mesmo.

— Ai mãe!

— Eu já disse que está tudo bem e que vamos ficar na casa da Hyung até arrumar as coisas Channie, eu não quero você se preocupando a toa.

— Mas mãe...

— Vai ser um prazer menino, sua mãe e Lee vão me fazer companhia, está tudo resolvido, o seguro vai cuidar disso, não tem com o que se preocupar.

— Vocês já ligaram para o seguro?

Chanyeol arregalou os olhos, sua mãe riu.

— Sim querido, somos velhas, mas temos cérebro.

Chan abriu a boca, ele nem tinha pensado naquilo... Então sacudiu a cabeça, ainda havia outras coisas:

— Mãe, temos que dar entrada em documentos novos então, e comprar coisas... Tudo foi perdido, a senhora não quer ir comigo no mercado... E a senhora Lee também, puxa, seu filho está fora do país! Vamos, eu levo vocês duas!

— Não precisa menino...

— Precisa sim senhora Lee, seu filho não está aqui, mas eu estou! - E ele olhou mais uma vez para sua antiga casa reduzida a escombros – Puxa... Foi feio mesmo...

— Está tudo bem meu anjo, os bombeiros já vieram, já foram, não há feridos, está tudo bem.

Chanyeol assentiu e depois se virou para o carro estacionado do outro lado da rua.

Sabia que eles tinham ficado lá para lhe dar privacidade e nem fazia ideia de como ia justificar para sua mãe a presença deles ao seu lado logo de manhã, mas a verdade era que precisava deles para levá-los para comprar coisas para as mulheres... Ai, por que tudo era tão complicado?

— Não vai apresentar seus amigos para nós, Channie?

A voz da sua mãe divertida o deixou petrificado.

Milhões de desculpas idiotas e infantis passaram por sua mente em segundos, mas sabia que se dissesse alguma mentira sua mãe ia descobrir, por que ele nunca conseguiu mentir para ela, na verdade ele era péssimo em mentiras no geral...

— São meus novos chefes mãe! – Perto da verdade, perto da verdade – Estava com eles essa madrugada quando me ligou.

— Não devia trabalhar tanto menino!

Dona Lee ralhou consigo e ele engoliu em seco assentindo, ela nem fazia ideia em como ele trabalhara muito nesses últimos dias. Seu corpo era a prova física disso e ele sentia cada pedacinho dele essa manhã.

— Eu sei, dona Lee, eu sei.

— Eu vou falar com esses senhores que andam fazendo nosso Channie trabalhar até o nascer do dia!

— Dona Lee...

Chanyeol tentou evitar, mas ela passou por ele como um furação e cara, dona Lee era uma senhora robusta e foi direto para o carro. Sua mãe riu e foi atrás dela e Chanyeol quis correr e se esconder nos escombros e ficar lá por uns mil anos, por que tinha certeza que ia passar vergonha, muito. Do tipo de quando era criança e alguém brigava com ele na escola e lá ia sua mãe e as duas amigas fazer pressão psicológica em quem estava envolvido.

Contrato indecenteOnde histórias criam vida. Descubra agora