Zitao se ergueu da cama com cuidado para não acordar Yifan e foi até a janela para ver o sol nascer.
As lembranças do dia anterior vieram a sua mente rapidamente enquanto a estrela surgia no horizonte bela e poderosa.
Baek conseguiu o que ele tinha esperanças de o amigo fazer, distrair e divertir Yifan. Quando chegaram ele ficou na defensiva, Os Wu nunca gostaram de visitas, mas aos poucos, com o humor, ironia e cinismo tão característico de Baek Yifan relaxou, porque de certa forma ele era um pouco assim também, antes de Kris fazer toda essa bagunça e complicar a família.
Ficaram até bem tarde na noite conversando e criticando o mundo, todos e tudo e Tao pode ver um pouco do antigo Yifan de volta. Baek era maravilhoso, era inegável. E então quando ele foi embora com o motorista, Tao viu Yifan se voltar para ele com brilho nos olhos e um sorriso doce e agradecido. Era tudo o que queria.
Subiram em silêncio, tomaram banho e dormiram em uma cumplicidade que nunca tiveram antes dentro daquela casa e Tao percebeu que Yifan levaria todas as suas promessas à risca, de fato ele não o tocou de forma nem remotamente sexual, tudo o que ele fazia era apenas tocá-lo com cuidado e carinho.
Aquilo tudo abalou demais aquele homem e Tao já sabia que iria ficar, por que dar as costas a Yifan ia além da sua natureza. Tao gostava de quem ele era, Tao queria vê-lo bem e de volta a vida como antes.
Era insanidade e sabia disso, estava apostando alto e correndo um risco enorme, mas assim como foi difícil dar a costas a ele da primeira vez, seria impossível repetir tal feito.
Suspirou e saiu do quarto, precisava pedir demissão e principalmente falar com Sehun, precisava entender o que estava acontecendo totalmente e Sehun fazia parte daquilo.
Pegou sua bolsa que deixou no quarto ao lado que antes foi dele e que ainda tinha roupas de si passadas e bem cuidadas no local. Era como se nenhum dia tivesse passado, Yifan deixou tudo ali, tudo o que Tao deu as costas e desejou jamais ver, cada peça de roupa que ganhou, joias e objetos... Como o destino era estranho...
Ligou o celular e como esperava uma lista gigante de chamadas não atendidas do seu chefe insuportável e mensagens pouco educadas. Trabalhava em um escritório que detestava fazendo um trabalho estafante e sempre acumulado enquanto os demais que nem eram estagiários jogavam tudo nas suas costas... E pelo visto não precisava pedir demissão, tinha sido demitido. Suspirou.
Foi melhor assim.
Então pegou o aparelho e discou um número que jamais pensou que discaria de novo. Provavelmente ele estava dormindo ou acordado em algum bordel, era o mais comum. Sehun foi um daddy que seguiu à risca o contrato, foi fiel e diligente, mas Tao sabia que ele era quase um viciado em sexo, era bissexual e muito atraente para não se aproveitar disso, ainda mais na China onde sua família tinha mais poder e prestigio. Sehun era um filho da mãe que sabia usar sua beleza ao seu favor, mas Tao gostava dele. Ele era divertido, inteligente e uma companhia agradável.
O telefone foi atendido no sexto toque e a voz sonolenta envolta de um silêncio estranho e anormal atendeu. Tao se arrepiou um pouquinho, a verdade era que sempre gostava de ouvir a voz dele ao acordar. Sehun nunca foi nem remotamente amoroso com ele e ele era bem explícito nisso, Tao era sua companhia e seu amante, só. Mas Tao...
Gostava dele de forma mais humana e se sentia muito idiota por isso.
Sehun nunca mentiu, ele era franco até demais, porém em seu coração Tao se sentia magoado, muito. Engoliu em seco e falou por que se demorasse mais um pouco desligaria como um covarde e ele não podia fazer isso, ele estava cuidando de Yifan agora.
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Contrato indecente
FanfictionSete irmãos com gostos exóticos, um Chanyeol desesperado e uma proposta indecente, uma que jamais imaginaria em sua vida receber. Teria mais dinheiro do que era capaz de contar e todas suas despesas pagas, uma vida confortável e tudo o que precisava...