19. Porque eu me importo...

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Zitao não conseguiu dormir. Ainda tinha todas as coisas que Baek lhe contou sobre o que houve com Chan e ele se sentia culpado, mesmo sabendo que era irracional e assustado por Chan ter sido machucado daquela forma. Não havia alma mais doce que seu amigo e ele sempre se sentiu responsável por ele mesmo tendo pouco tempo para dar atenção ao maior.

Ele trabalhava muito para dar conta das contas, não tinha mais família, estava sempre no vermelho e as aulas o consumiam. Zitao queria poder ter mais tempo para Chan e Baek mas o mundo não era justo, o mundo era difícil e só em pensar que Chan teve de passar pelas loucuras de Kris seu sangue gelava.

Kris foi o principal motivo dele ter pedido rescisão do seu contrato de baby, nunca tinha feito aquilo e na primeira vez que entrou, seus três daddys eram difíceis, mas ao menos Yifan e Sehun eram racionais, possessivos mais racionais e nunca o machucaram, sempre foram cuidadosos, já Kris... Era sádico e na frente dos irmãos se controlava, mas longe... Era um perigo.

Zitao teve uma única experiência para nunca mais, por isso ele conseguiu a rescisão, Yifan tinha lhe pedido desculpas e tinha lhe dado uma grande quantia para que ele mantivesse silêncio sobre aquilo e ele fez, por que sabia que Yifan amava o irmão mesmo com todos os seus defeitos... Tao detestava os Wu, mas entedia o lado de Yifan, aqueles gêmeos eram iguais só na aparência...

O mais velho devia estar sofrendo, calado e sozinho por que Sehun nunca estava naquela imensa mansão, Yifan deveria estar agoniado por causa de ter seu irmão escorraçado do continente como Baek lhe contou. Sabia que agora os Wu iam dever a vida aos Kim e era briga de cachorro grande pois ambas as famílias eram donas de um terço do país.

Kris merecia? Sem dúvida, merecia coisa pior, Chanyeol era um carneirinho, só pensar em violentar aquele garoto já seria pecado digno de morte, mas ir lá e tentar? Não entendia como o Kim mais velho não tinha matado ele a queima roupa.

Havia poucas leis naquele submundo dos sugar daddys, mas uma era soberana, nenhum daddy toca no baby de outro. Nunca, nunca mesmo. Ainda mais dos Kim...

Zitao desde aquele dia que soube que Chan entrou naquela vida, não conseguia ficar em paz, contudo Baek jurou que estava tudo bem, ele conversou com o Jongin, eles iam casar com Chan, assegurar o amigo de tudo de verdade, iam fazê-lo dele um Kim e se tudo o que já ouviu falar daqueles sete irmãos fosse meia verdade, Channy estaria bem. Ainda assim queria ouvir da boca do amigo que ele queria isso, Baek era tendencioso embora jurasse de pé junto que até cena de ciúme rolou...

Ahhh, ele estava tão cansado, queria tanto poder dormir apenas por um dia todo sem ter que voltar ao trabalho que o sugava pouco a pouco... Estava cogitando sobre o que de fato estava fazendo da sua vida!

Virou de novo na cama e desistiu, não ia dormir.

Então a imagem de Yifan sentado sozinho naquele imenso escritório na mansão grande demais em sua opinião que eles mantinham ali, em Seul, lhe veio na mente de novo.

Ele tinha tentado ajudar o irmão por que ás vezes ele desabafava com Tao sobre aquilo, ele não queria mandar o irmão para longe, Kris era um pedaço dele e ele não sabia onde tinha errado. Era só dois minutos mais velho, porém Tao sabia que ele sentia vinte anos de diferença, deixar aqueles daddys foi difícil para si por causa daquele homem... Mas sabia que não deveria pensar sobre isso e tinha feito bem no último ano, aquele não era problema dele, os Wu eram uns idiotas que se achavam deuses... Mas eram pessoas também... E Yifan era humano embora tentasse muito fingir não ser.

De repente memórias que não deveriam voltar a sua mente, retornaram.... Das vezes que ele lhe trazia um presente assim, do nada, coisas bobas e delicadas, coisas que Zitao gostava, às vezes em que o levou para ver o nascer do sol no rio central, mesmo que achasse isso algo idiota e de pobre, ou como quando o levou para jantar em um restaurante italiano que em sua opinião era uma graça, mas que para o todo poderoso Yifan era uma espelunca, ainda assim ele entrou lá, comeu e riu com Tao, mesmo tendo um dia longo, cansativo e difícil.

Contrato indecenteOnde histórias criam vida. Descubra agora